Projeto vai mapear coletivos escolares e grêmios estudantis da Amazônia
Iniciativa da Campanha Nacional pelo Direito à Educação engloba 49 cidades do Amazonas, Amapá e Maranhão
por Redação 8 de novembro de 2021
“Euetu” é uma palavra do povo Sateré-Mawé, do Amazonas, que significa vento. E, desde o começo de novembro, é usada no título da nova iniciativa da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. O Projeto Euetu – Mapeamento de Grêmios e Coletivos Estudantis na Amazônia vai mapear grupos existentes em 49 cidades do Amazonas, Amapá e Maranhão. A ideia é ampliar o alcance da pesquisa em breve.
De acordo com a coordenadora geral da Campanha, Andressa Pellanda, a iniciativa faz parte de um programa da Campanha que busca fortalecer a educação integral e dar visibilidade a comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, entre outras, por vezes excluídas do sistema educacional no campo.
Como funciona?
A ferramenta de contato com os estudantes das redes municipais e estaduais é o chatbot (um software de bate-papo) também chamado Euetu. Via WhatsApp ou Messenger, ela pode ser acessada pelo celular, com baixo uso de dados de internet.
Pretende-se, ainda, a partir do banco de dados, apoiar a gestão democrática e inclusiva desses coletivos.
“O projeto é também parte de uma estratégia de fortalecer os movimentos locais, inclusive junto às juventudes, e ampliar o trabalho de incidência política e de fortalecimento dos espaços democráticos nos estados e, a partir deles, para a agenda nacional”, complementa Andressa.
Por que apostar em grêmios
Como você encontra no Guia Participação dos Estudantes na Escola, aqui no Porvir, as escolas no Brasil têm problemas crônicos, que comprometem a qualidade e a equidade da educação pública, além de manterem práticas antigas e desconectadas das demandas dos alunos e do mundo contemporâneo.
As principais tendências de inovação em educação estão relacionadas à intensificação da participação dos estudantes. A tão falada personalização da aprendizagem, por exemplo, requer que os alunos sejam cada vez mais considerados em suas especificidades e tenham crescente autonomia e flexibilidade para escolher o que e como aprender. As novas tecnologias também criam condições para que os alunos sejam mais autônomos e possam fazer escolhas. E abrir espaços para grêmios é o primeiro passo.
Conheça o Guia Participação dos Estudantes na Escola.