Neurocientista dá 7 dicas de estudo para o Enem
Porvir conversou com pesquisador do Instituto do Cérebro da UFRN para reunir dicas de como se preparar melhor para a reta final do exame
por Marina Lopes 14 de outubro de 2015
Faltam poucos dias para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). De acordo com a balanço divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), cerca de 7,7 milhões de candidatos deverão fazer a prova. Para quem está se preparando para a reta final do exame, conhecer melhor o funcionamento do cérebro e o processo de aprendizagem pode ser útil na hora de otimizar os estudos.
Para reunir dicas de como se preparar melhor, o Porvir conversou com o professor Antonio Pereira, pesquisador do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e membro da Rede Nacional de Ciência para a Educação.
“Existem muitas coisas que são importantes que o estudante tenha conhecimento para otimizar o aprendizado”, diz o pesquisador. No entanto, é importante lembrar que não existem receitas de como fazer, mas apenas orientações que podem auxiliar. Confira:
Treinar a fluência na leitura
Em uma prova extensa como o Enem, ter fluência na leitura é fundamental. Para ampliar a competência leitura não existe segredo, senão criar o hábito de ler. Segundo o pesquisador, os livros de ficção podem ser bons aliados. “Além de favorecer a fluência, a leitura de ficção também é muito importante em outro aspecto. Ela permite que criar cenários e fazer simulações que ajudam a entender melhor o mundo”, explica.
Resolver simulados
Fazer testes regulares ajuda a solidificar um conhecimento. De acordo com Pereira, forçar a recuperação de memória para resolver um teste ajuda na consolidação de uma determinada informação. “Se você pratica essa recuperação regularmente, a memória se consolida de maneira mais eficiente”, conta.
Fazer um teste inicial
Antes de estudar um conteúdo, submeter-se a um teste de múltipla escolha pode ser uma boa estratégia. Pereira afirma que isso ajuda a estruturar a mente e preparar o foco para o conteúdo que vem adiante, facilitando o aprendizado.
Separar um tempo para dormir
“O sono é importantíssimo para consolidar a memória”, diz o pesquisador. Segundo ele, não é produtivo deixar de dormir para tentar estudar um determinado assunto.
Estabelecer intervalos de estudos
A fadiga mental pode dificultar a manutenção de atenção por um tempo muito longo. Para explicar sobre a necessidade de estabelecer intervalos durante o período de estudos, Pereira compara a função cerebral com o desenvolvimento de uma atividade física. Segundo ele, é necessário fazer pequenas pausas para descanso.
Variar as disciplinas enquanto estuda
Estudar física, matemática ou português o dia inteiro pode não ser a estratégia mais eficiente para manter o foco. “Quando você muda de disciplina, você se depara com informações de outra natureza ou categoria.”
Não deixar para estudar nas vésperas
O pesquisador afirma que é necessário um tempo para que o aprendizado ocorra de maneira eficiente. Portanto, estudar nas vésperas da prova não é recomendado. Além disso, o estudante também deve controlar a sua ansiedade.
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