F1 nas Escolas leva educação mão na massa ao ensino fundamental e médio - PORVIR
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Inovações em Educação

F1 nas Escolas leva educação mão na massa ao ensino fundamental e médio

Presente em 42 países, programa usa a construção de carro para desenvolver habilidades por meio de metodologias ativas

por Vinícius de Oliveira ilustração relógio 9 de novembro de 2018

Quem vê o piloto inglês Lewis Hamilton conquistar o quinto título mundial de Fórmula 1, pode até achar que é fácil sair pelo mundo vencendo corridas e mais corridas. Por trás de um grande piloto sempre existe uma grande equipe, e é esse o espírito que o projeto educacional F1 nas Escolas (F1 in Schools) busca levar para estudantes de 42 países, incluindo o Brasil, por meio de aprendizagem ativa e desenvolvimento habilidades de empreendedorismo.

A versão nacional é resultado de uma parceria da empresa de tecnologia educacional ZOOM com a Associação Projetando o Futuro, Ong que atua pelo desenvolvimento de programas de engenharia e empreendedorismo em escolas. O público alvo engloba estudantes das etapas de ensino fundamental e médio, com idade entre 12 a 19 anos de idade.

Essa aproximação entre o mundo do automobilismo e a educação tem tudo a ver com a expansão pelo mundo da metodologia STEM (sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharia e matemática) e dos projetos mão na massa, que já ganharam até guia aqui no Porvir.

“No desafio de F1, assim como acontece em batalhas de robô, os alunos têm total liberdade para criar seus carros. A única coisa padronizada é a cápsula de gás carbônico de alta compressão e o disparador que faz o carro atingir até 200 km/h em uma pista 24 metros ele comprimento”, afirma Marcos Wesley, diretor-presidente da ZOOM.

Carrinho é posicionado para largada durante competição F1 nas EscolasDivulgação

Como o programa chega às escolas
As escolas interessadas em oferecer o projeto a suas turmas recebem da ZOOM orientação para adaptar o programa à grade curricular e a formação dos professores como mentores, uma vez que o desempenho em pista é só um dos quesitos analisados pelos jurados durante as competições.

Como acontece em campeonatos de robótica, os professores são incentivados a promover a interação dos alunos com a comunidade e auxiliá-los em todas as etapas, desde a criação da equipe, a construção do carro propriamente dita, a divulgação do projeto e a fase de competição.

Com um forte apelo multidisciplinar, o projeto não fica restrito à área de exatas. Por mais que seja importante dominar conceitos de física para entender o impacto do peso e da aerodinâmica no desempenho do carro, o processo até a formação da equipe demanda o desenvolvimento de diferentes habilidades por parte dos alunos. Se fazer o carro acelerar envolve uso de programas de criação 3d e análise de planilhas, a parte humana pede que estudantes desenvolvam um plano de divulgação em mídias sociais e façam o famoso pitch (apresentação curta e impactante) para avaliadores.

“O contexto do F1 nas Escolas é de tutoria e mentoria, não de aula. Durante a avaliação, os jurados perguntam como é que eles conseguiram viajar para os torneios e construir o carro. Se sentirem que existe um ‘paitrocínio’, não pega bem”, explica Wesley.

Expansão no Brasil
Em nova fase após a parceria ZOOM-Associação Projetando o Futuro, a projeção para a temporada 2018-2019 do F1 nas Escolas é que o número de times passe dos atuais 20 para até 90. Segundo Wesley, o barateamento dos kits, para cerca de R$ 400, pode atrair redes e escolas públicas.

Calendário de provas
A nova temporada do F1 nas Escolas teve início logo após o mundial de Singapura, em setembro, e deve ter suas finais regionais nos próximos meses de fevereiro e março (uma delas vai acontecer na próxima edição da Campus Party em São Paulo, entre 12 e 17 de fevereiro). A etapa nacional será realizada em abril e serve como classificatória para a decisão que acontece no final de 2019.

O programa e o currículo
Física: projeto, aerodinâmica, atrito, cinemática;
Química: teoria dos gases, materiais;
Matemática: elaboração de orçamento, controle, planilhas;
Português: elaboração de portfólio, site, página e textos para Facebook, plano de marketing, material para patrocínio;
Artes: logotipo, criação da marca, artes para postagens no site, facebook, material promocional, estande;
Inglês: entendimento das regras e regulamentos do projeto (original na língua inglesa);
Comunicação: apresentações para patrocinadores, mídia e juízes.

Assista ao vídeo com os melhores momentos da final de Singapura


TAGS

aprendizagem baseada em projetos, autonomia, competências para o século 21, educação integral, educação mão na massa, empreendedorismo, ensino fundamental, ensino médio, redes sociais, socioemocionais

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