Onde estão e o que fazem as empresas de tecnologia educacional no Brasil - PORVIR
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Inovações em Educação

Onde estão e o que fazem as empresas de tecnologia educacional no Brasil

CIEB e a Associação Brasileira de Startups do Brasil lançam o Mapeamento Edtech 2018, que detalha a atuação de 364 empresas

por CIEB ilustração relógio 4 de setembro de 2018

Realizado em parceria entre o CIEB e a Associação Brasileira de Startups do Brasil (Abstartup), o Mapeamento Edtech 2018 – Investigação sobre as tecnologias educacionais no Brasil é uma publicação inédita, do ponto de vista de abrangência e análise do mercado de empresas com foco em tecnologia educacional. O estudo, realizado entre janeiro e março deste ano, abrangeu 364 empresas, das quais 61% são negócios na área de produção de conteúdo, e 19% na área de coleta de dados e processos. Apesar de a maior concentração estar em São Paulo, foram encontradas edtechs em 25 dos 26 estados brasileiros, sendo que 19 estados têm, ao menos, três startups educacionais.

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Analistas responsáveis pelo mapeamento apontam que o mercado brasileiro de edtechs está em um momento de evidência devido à combinação de seu potencial de impacto social com o potencial de um grande mercado em expansão. Porém, destaca Mairum Andrade, gerente de tecnologias educacionais do CIEB, ainda existem muitos desafios a serem superados: “O primeiro é que se trata de um mercado em que mais de 80% das escolas de ensino básico são públicas, e a aquisição ou a contratação de tecnologia pelas redes públicas de ensino ainda é muito baixa, pouco estruturada e muito burocratizada. O segundo motivo é a mudança de cultura dos educadores, pois a inserção da tecnologia na educação requer novas formas de ensino. Os educadores precisam estar confortáveis com isso, as empresas precisam apoiar todo o processo dessa mudança, desde os gestores até os professores”.

Comparado com outros países, o Brasil está em um cenário inicial, em que as edtechs ainda estão concentradas em alguns nichos de mercado, com baixa diversidade nas soluções, principalmente porque esse é um mercado, em geral, bastante fragmentado. Andrade acrescenta: “Além disso, os investimentos são baixos, devido aos próprios desafios desse mercado, e também ao ciclo de desenvolvimento do mercado, que é mais longo – os ciclos de implantação e avaliação do mercado educacional geralmente estão associados ao ciclo educacional, que é anual”.

O Ministério da Educação (MEC) lançou, no final de 2017, o Programa de Inovação Educação Conectada, que tem por objetivo acelerar o uso pedagógico da tecnologia nas escolas públicas brasileiras. Associadas a esse programa, diversas ações do governo devem propiciar a aquisição de tecnologia pelas redes públicas, levando a uma melhoria no cenário das edtechs brasileiras. “Também é importante que os investidores nacionais entendam esse ciclo diferenciado do mercado, tenham mais confiança e participem mais ativamente do mercado”, diz Andrade. (Para mais informações sobre o ciclo do mercado, veja a nota técnica do CIEB #7 ).

O Mapeamento de edtechs revelou que as iniciativas estão bem concentradas no ensino básico (48%), com foco na produção e na distribuição de conteúdo. Na maioria, são iniciativas de venda direta ao usuário final (aluno ou professor), como plataformas de videoaulas ou cursos. Quando são para escola, estão associadas a processos de gestão escolar.

Confira a íntegra do Mapeamento Edtech 2018: Mapeamento de Edtechs (PDF).


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aplicativos, empreendedorismo, negócios de impacto social, plataformas adaptativas, tecnologia

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