8 projetos de estudantes que discutem a valorização da mulher negra - PORVIR
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Inovações em Educação

8 projetos de estudantes que discutem a valorização da mulher negra

No Dia da Mulher Negra, programa Criativos da Escola reúne iniciativas protagonizadas por alunas que promovem reflexões e combatem preconceitos

por Redação ilustração relógio 25 de julho de 2019

Autoestima, empoderamento e combate ao preconceito. No Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, que marca a luta e resistência das mulheres negras em todo o mundo, o programa Criativos da Escola, do Instituto Alana, fez uma seleção de oito projetos transformadores criados por estudantes para discutir a valorização da mulher negra.

Entre as iniciativas, estão casos de ações e coletivos formados por alunas do ensino fundamental ou médio que promovem reflexões sobre lutas que mulheres negras enfrentam no seu cotidiano, seja na escola, no trabalho ou até mesmo na família, sendo impactadas de forma dupla pelo preconceito de gênero e de raça. Conheça os projetos:

Cabelo, autoestima e construção da identidade da menina negra
Um grupo de três alunas 6º e do 8º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Professora Leila Mara Avelino, em Sumaré (SP), não se sentia representado pelos conteúdos expostos em sala de aula sobre cultura africana e afro-brasileira. As práticas racistas que aconteciam na escola, principalmente envolvendo “piadas” sobre seus cabelos, incentivaram as meninas a se mobilizar para dar um basta na situação. A partir de pesquisas com colegas, elas criaram um projeto para valorizar a autoestima e incentivar que as garotas assumam a beleza natural dos seus cabelos.

Minas na Ciência
Com a proposta de evidenciar o trabalho de mulheres cientistas, inclusive com destaque para brasileiras e negras, alunas de São Miguel das Matas (BA) criaram um aplicativo e um jogo da memória. Com apoio de outros materiais, elas participam de eventos e visitam espaços da cidade para debater a representatividade de mulheres na ciência e inspirar outras meninas.

Meu cabelo é um ato político
Motivadas por atos de racismo, um grupo de meninas negras da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Construindo o Saber, de Maracanaú (CE), deram início a um projeto para transformar suas realidades. Entre as ações desenvolvidas por elas, está a criação de um espetáculo de dança e uma exposição fotográfica, que inclui o ensaio de fotos “Florescer”, com uma série de 40 retratos de estudantes negros e negras.

Lugar de mulher é onde ela quiser
Por meio da arte, estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Mozart Lago, na zona norte do Rio de Janeiro (RJ), promovem o debate e educam a comunidade escolar sobre direitos das mulheres. Uma das primeiras atividades foi confecção de cartazes com frases de apoio aos direitos das mulheres.

Bonecas Negras, Cadê?
Para aumentar a representatividade na escola e combater o racismo na infância, estudantes da Escola Municipal Flávio Mercês de Oliveira, de Serra Preta (BA), começaram a confeccionar e distribuir bonecas de pano negras para as crianças do colégio. O projeto incentivou o debate sobre preconceito racial e possibilitou que meninas negras se sentissem representadas pelos brinquedos.

Danças Ancestrais
Com foco na valorização da cultura quilombola, estudantes de Candiba (BA) criam grupo de dança de ritmos africanos. As apresentações contam com danças tradicionais quilombolas e africanas, mas também incluem músicas contemporâneas que têm suas raízes nos ritmos, como forró, axé e funk.

Crespianas
Em Senador Pompeu (CE), diante de preconceitos sofridos por serem negras e terem cabelos crespos, alunas do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual de Educação Profissional Professor José Augusto Torres, criaram um grupo de estudos e rodas de debates sobre os padrões de beleza.

Solta esse Black
Para empoderar garotas e combater machismo e racismo dentro da escola, um coletivo de meninas Rio de Janeiro (RJ) também desenvolveram um projeto de valorização da identidade negra. Entre as atividades, elas fazem oficinas de turbante e de penteado afro, compartilham de ideias para cuidar do cabelo crespo e promovem debates sobre as consequências do machismo e do preconceito racial.


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aprendizagem baseada em projetos, competências para o século 21, ensino fundamental, ensino médio, gênero

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