Escolas públicas vencem prêmio de sustentabilidade e disputam etapa internacional

A preocupação com a sustentabilidade precisa ocupar cada vez mais espaço em projetos e ações escolares. Diante das mudanças climáticas, cuidar do meio ambiente é tarefa de todos, e a sala de aula é terreno fértil para desenvolver atividades nesse campo. 

Reconhecer práticas inovadoras no Brasil, Colômbia e México é objetivo do Prêmio Escolas Sustentáveis, iniciativa da Fundação Santillana, Santillana e OEI (Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura). Os vencedores da etapa brasileira da 3ª edição foram anunciados nesta quarta-feira, 17, em evento no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

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Dez escolas chegaram à final nacional, apresentando projetos que abordam desde o combate à dengue e a renovação de espaços escolares até o reaproveitamento criativo de resíduos sólidos e a valorização de práticas ancestrais. As vencedoras da etapa brasileira foram a Creche Municipal Magdalena Arce Daou, de Manaus (AM), e a Escola Estadual Brasil, de Limeira (SP).

Cada uma das instituições premiadas receberá R$ 17,5 mil e avançará agora para a final internacional, que acontecerá no Rio de Janeiro, no dia 21 de outubro, ao lado das instituições vencedoras das etapas locais no México e na Colômbia.

Inclusão em foco

Com foco em arte, inclusão e sustentabilidade, o projeto “IncluARTE – SustentART”, da Creche Municipal Magdalena Arce Daou, em Manaus (AM), conquistou o prêmio na categoria de educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. A iniciativa reúne famílias de crianças com deficiência em ações de conscientização ambiental, como oficinas de terrários, construção de brinquedos sustentáveis, hortas e jardins comunitários, além de atividades artísticas e pedagógicas.

A iniciativa mobilizou cerca de 1,5 mil pessoas, reduziu o descarte inadequado de resíduos, fortaleceu os vínculos familiares e comunitários e criou espaços mais acessíveis, saudáveis e acolhedores, promovendo o sentimento de pertencimento e cidadania.

“A arte é a ponte, a inclusão é o foco e a sustentabilidade é o fio condutor de todo esse processo”, afirma a professora Maria Raquel dos Santos, representante da creche. O trabalho de Maria Raquel já é amplamente reconhecido no Porvir: em 2023, ela foi vencedora da primeira edição do Prêmio Professor Porvir, na categoria educação infantil, com o projeto ‘Das Arepas ao Tucumã: uma proposta intercultural de cidadania em ambiente de creche‘. Ao acolher crianças venezuelanas e indígenas do povo Warao, a professora manauara desenvolveu projetos que envolvem famílias, parceiros e trocas culturais na comunidade.

Alerta de emergência

Outro projeto reconhecido nesta edição do Prêmio Escolas Sustentáveis foi o “AquaTerraAlert”, da Escola Estadual Brasil, de Limeira (SP). Vencedor na categoria ensino fundamental anos finais, ensino médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos), estudantes desenvolveram um sistema inédito de alerta antecipado para enchentes e deslizamentos.

“Nosso projeto surgiu quando eu vi uma notícia que Limeira fazia parte da área de risco para deslizamento e enchente. E eu levei a proposta para os alunos, a gente começou a pensar em soluções para tentar minimizar um pouco o problema”, conta a professora Nayra Rafaela Vido.

A tecnologia criada pela turma integra sensores, protótipos e inovação digital para proteger a comunidade. Cerca de 40 alunos lideraram o projeto, impactando diretamente a vida de 660 pessoas, enquanto aprendiam conteúdos de ciências, matemática e tecnologia. A proposta une inovação, educação e responsabilidade social, contribuindo para cidades mais seguras e resilientes.
Ambos os projetos seguirão para a etapa internacional, onde representarão o Brasil. O evento ocorre no dia 21 de outubro, no Museu de Arte do Rio.

Para conhecer as iniciativas vencedoras e os demais projetos finalistas, acesse o site do prêmio: https://premioescolassustentaveis.com/home.

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*Com informações da Agência Brasil

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