Site ajuda a fazer próprio app em minutos
Universo.mobi já tem mais de 30 mil usuários, dentre eles, um professor de medicina da USP, que usa a ferramenta em suas aulas
por Vinícius Bopprê 31 de janeiro de 2013
Se você não é uma daquelas pessoas que fica com os olhos vidrados no celular, navegando nas redes sociais ou jogando, certamente conhece alguém assim. Já deve ter ouvido histórias de aplicativos que em poucos dias alcançaram milhões de usuários e pode ter se questionado: será que é difícil fazer um aplicativo? O site Universo.mobi permite que qualquer pessoa crie o seu próprio app em poucos minutos, de maneira simples e intuitiva. Com mais de 30 mil ferramentas criadas em seu primeiro ano, essa “fábrica de apps” já rodou o mundo e chega a registrar, em um dia, mais de 100 novos aplicativos. “Nossa principal missão é incluir, permitir quem não tem acesso à criação de aplicativo possa construí-lo de forma gratuita. Assim, a manicure, o massagista, qualquer pessoa pode desenvolver seu app”, diz Gregório Marin, cofundador da Universo.mobi.
Com o foco direcionado para os microempreendedores, que podem fazer a propaganda do seu negócio por meio das redes sociais, criar galerias de fotos ou vídeos e outros serviços, a Universo.mobi pode ser usada para criar apps com as mais distintas finalidades. O Doa Zezinho, por exemplo, é um app que direciona os valores de tributos das notas fiscais em doações para A Casa do Zezinho e o Via Certa Natal Trânsito traz notícias em tempo real de Natal e da Região Metropolitana. Tem até professor da USP entrando na brincadeira.
O app Patologia Geral foi desenvolvido por Luiz Fernando Ferraz da Silva, que leciona Patologia na Universidade de Medicina da USP. Nele, seus alunos têm acesso ao conteúdo da disciplina, toda a agenda de provas, além de poder acessar vídeos no YouTube e até mesmo compartilhar conhecimento via rede social. “O app tem ajudado os alunos o acesso a três importantes conteúdos das aulas: a agenda do curso, a apresentação da aula em PDF e o link direto ao canal da disciplina no YouTube com os vídeos das aulas”.
A iniciativa de Silva é comemorada pelos fundadores, que veem muito potencial no uso da ferramenta para fins educacionais. “O celular não deveria ser proibido na sala de aula. Ele pode ser usado como meio de pesquisa, onde o aluno pode encontrar um artigo ou um vídeo”, diz Marin. Sobre o desafio de inserir o app em sua prática, Silva, mais conhecido como Burns, pode afirmar que os alunos receberam bem a iniciativa, apesar de ainda estarem se acostumando com ela. O professor aplicou um questionário e cerca de 80% dos alunos consideraram a ideia útil, mas apenas 32% relataram fazer uso frequente da plataforma móvel. “O impacto específico em aprendizado ainda é difícil de mensurar, mas a avaliação do curso melhorou após a introdução das plataformas digitais, site + app”, disse ele.
Planos
A Universo.mobi disponibiliza três tipos de serviço para criação dos apps: o gratuito, em que basta acessar o site e desenvolver o aplicativo que, depois de criado, levará a logo da empresa no rodapé; o segundo, chamado de Sem Banner, em que o app desenvolvido não terá o nome da plataforma e custará R$ 9,90 por mês; e, por último, o Plano Pro, que vai auxiliar o usuário a colocar seu app à venda nas lojas, seja da AppleStore ou o PlayStore, do sistema Android do Google.
Durante a entrevista, o cofundador Guilherme Santa Rosa exibiu os aplicativos criados nas últimas horas. Dentre eles, apps espalhados por todo o Brasil e até um em árabe. “A gente adora ver esses exemplos”, disse ele. Já Marin até se diz feliz com os atuais resultados, mas afirma esperar quadruplicar esse número em breve. “Queremos chegar a 144 mil pessoas, porque é um número que vai nos dar a escala que esperamos”, disse ele, animado.
Nota da Redação: A empresa Universo.mobi passou a se chamar Fábrica de Aplicativos a partir de julho de 2013.