Novas avaliações vão medir criatividade de alunos, diz educador
por Redação 18 de janeiro de 2016
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o professor e pesquisador brasileiro Paulo Blikstein, da Universidade de Stanford, nos EUA, fala de sua trajetória escolar (aprendeu em uma escola de Madalena Freire, filha do educador Paulo Freire) e de como as novas metodologias só estão disponíveis atualmente em escolas de elite. Além disso, comentou como seu trabalho de pesquisa mostrou que alunos que colocam a mão na massa conseguem um desempenho 25% melhor.
Antes que escolas saiam comprando equipamentos caros, Blikstein faz um alerta: “Para cada R$ 1 investido no hardware, é preciso R$ 9 no currículo e na formação de professores”. Por fim, o pesquisador defende que a educação brasileira avance porque “se a gente não fizer nada […], vai ficar claro que somos ruins em matemática, em ciências e que também somos pouco criativos. Não dá mais tempo de parar 20 anos para consertar os problemas de matemática e depois olhar o resto. Precisamos cuidar das coisas básicas, mas também precisamos avançar.” Como bons exemplos de governos que resolveram mudar seu sistema, ele cita o uso de fablabs nas escolas públicas da Tailândia. ‘Imagine se tivéssemos “fablabs” nas escolas públicas brasileiras? Quando o aluno se interessa pelo laboratório, ele passa a se interessar por outras coisas também”, explica.
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