Minha filha não se conformava de não ir à escola, diz afegã refugiada no Brasil
por Redação 16 de agosto de 2022
Ativista pelos direitos femininos em um dos países com maior desigualdade de gênero no mundo, a afegã Khatera Mohmand, 38, enfrentou muitas batalhas para combater a violência contra a mulher no serviço público que chefiava.
Mas poucos momentos foram tão difíceis quanto ter que explicar à própria filha, Lema, 8, que ela não poderia mais ir à escola. “Ela me perguntou: ‘o quê? Por quê? Eu adoro a escola, eu quero ir’”, conta. “Como eu iria explicar isso para ela? Como dizer que ela não pode estudar, mas os meninos, sim?”.
Chefe do departamento de equidade de gênero de uma organização do governo, Khatera deixou seu escritório às pressas no dia 15 de agosto do ano passado, quando o Talibã entrou em Cabul e, em um ofensiva relâmpago, assumiu o poder central.
Leia a matéria original em Folha de S. Paulo