Alfabetizado aos 20, índio faz doutorado e diz que vai curar doenças da cultura
por Redação 31 de dezembro de 2014
Aos 52 anos, Joaquim Kaxinawá tornou-se doutor em linguística pela Universidade de Brasília (UnB) e é o primeiro indígena a defender tese sobre sua própria língua. Ex-seringueiro, nascido no Acre, Joaquim começou a ser alfabetizado aos 20 anos, em um programa coordenado pela Comissão Pró-Índio no estado. Entrou para o mestrado na UnB em 2008 e, agora, conclui o doutorado na mesma instituição, pesquisando sua língua, a Hãtxa Kuin.
“Não foi fácil, são muitos desafios. Sair da comunidade, aprender outra língua, outros costumes e conceitos culturais, ficar longe da família. Mas, vale a pena. O aprendizado dá horizontes para pensarmos em políticas educacionais para os povos indígenas”, conta.Joaquim.