Com livros digitais, bibliotecária leva a experiência de clube de leitura para aulas remotas - PORVIR
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Diário de Inovações

Com livros digitais, bibliotecária leva a experiência de clube de leitura para aulas remotas

Educadora relata como o uso de tecnologia facilita encontros virtuais e permite que alunos adotem trilhas de acordo com seu interesse e ritmo de leitura

Parceria com Árvore

por Amélia Cristina Ferreira ilustração relógio 23 de setembro de 2020

Desde 2009, desenvolvo o Clube de Leitores, um trabalho que consiste em interagir com os alunos a respeito de livros, filmes e cultura geral. É como uma gincana: no início do ano, as crianças se reúnem em equipes, escolhem cor e grito de guerra e ao longo do ano desenvolvemos desafios e atividades. Com a pandemia, tudo isso ficou restrito porque o colégio ficou fechado.

É claro que, nas aulas remotas, os professores incentivam a leitura, mas como não poderíamos ficar parados esperando tudo voltar ao normal, pensei em promover encontros virtuais com a biblioteca no sentido mais amplo dessa palavra, que é o encontro com o aluno de uma forma mais prazerosa, na qual ele vai buscar o que realmente quer ler.

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Como mediadora da leitura, promovo reuniões voluntárias de estudantes do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, que são realizadas no contraturno das aulas. Começamos com um bate-papo em que pergunto o que eles estão fazendo, o que gostam de ler, quais filmes e séries assistem e, assim, eles se soltam. É uma conversa em que dou voz ao leitor, e isso acaba instigando ele a querer saber mais. Muitas vezes, eles não sabem que uma série ou um filme que gostam foram inspirados em um livro, e dessa forma começo a apresentar a literatura de forma geral.

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Também realizo brincadeiras e dinâmicas, como jogos de perguntas sobre uma obra específica, ou sobre um tema ou gênero. Em seguida, vem a hora da história, onde leio uma obra e depois discutimos sobre ela. Reservo o momento final para indicar outros livros com temas parecidos ao do encontro.

Tanto os livros que eu leio e indico, assim como os paradidáticos que os professores das disciplinam sugerem, estão na plataforma de leitura digital Árvore. Presencialmente, não tínhamos tanto tempo para explorar a ferramenta, mas agora durante a pandemia surgiu essa necessidade de buscar livros digitais. Com um vasto acervo, a ferramenta trabalha com editoras renomadas, livros de qualidade que tocam o imaginário infantil e criatividade e autores que dialogam muito bem com a área de educação.

Além disso, também conhecemos a ferramenta Conquistas dentro da Árvore, que é como se fosse um joguinho que, quanto mais obras os alunos leem, mais ganham recursos para plantar árvores na brincadeira. O aluno entende essa dinâmica, mas não faz apenas por conta do jogo. Ele desenvolve prazer em ler. Ainda é um pouco cedo para afirmar, mas percebo que as crianças estão explorando mais a ferramenta.

Quando o professor não tem tempo de planejar uma sequência didática, os alunos podem acessar trilhas de leitura disponíveis na plataforma e selecionadas pelo professor.

Com essa prática, percebi que os alunos estavam buscando um espaço como esse dos encontros, onde poderiam interagir com os colegas e com uma pessoa além do conteúdo das aulas e tivessem mais liberdade para falar. As famílias também notaram que o momento é uma chance de discutir e incentivar leituras que proporcionam novas aprendizagens.

Eu já trabalho há 17 anos nessa área e acabamos conhecendo os gostos das crianças de cada faixa etária. Mas fica claro que, para ser um bom motivador de leitura, você também deve ler. Não adianta apenas falarmos que é importante. Se não demonstrarmos que nos encantamos e maravilhamos com livros e suas histórias, não adianta. O seu filho ou aluno vai perceber que a importância da leitura é só um discurso se você não aplicar isso em seu cotidiano.

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Árvore

Amélia Cristina Ferreira

É bibliotecária do Colégio Salesiano Santa Rosa, em Niterói (RJ). Formada pela Universidade Federal Fluminense, tem pós-Graduação em Alfabetização e Letramento. Trabalha na Rede Salesiana há 16 anos e orgulha-se de ter uma profissão que possibilita o encantamento pelas histórias e a formação de leitores.

TAGS

aplicativos, aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem colaborativa, ensino fundamental, tecnologia

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