Concurso elege melhores produções digitais para crianças
Festival comKids Interativo reconhece aplicativos, jogos, livros digitais, plataformas e projetos transmídia de cinco países
por Redação 20 de agosto de 2018
Em um cenário de consumo cada vez maior de recursos digitais na infância, a responsabilidade social dos produtores de conteúdos aumenta. O que uma produção deve oferecer para esse público? Na última sexta-feira (17), o Festival comKids Interativo, dedicado à cultura digital, elegeu os melhores aplicativos, jogos, livros digitais, plataformas e projetos transmídia desenvolvidos para crianças e adolescentes.
Realizado pelo Midiativa (Centro Brasileiro de Mídia para Crianças e Adolescentes), do Goethe-Institut São Paulo, e pelo Ministério da Cultura, com parceria da Singular, Mídia & Conteúdo, da UnibFaculdade Melies e da EBAC (Escola Britânica de Artes Criativas), neste ano o festival reconheceu produções em cinco categorias: aplicativos, jogos eletrônicos, livros digitais, plataformas e produções transmídia, que poderiam ser desenvolvidas tanto por grandes produtoras quanto por startups e coletivos independentes.
Entre os 16 finalistas, participaram do concurso produções desenvolvidas no Brasil, na Argentina, na Colômbia, no Chile e no Equador. Os premiados foram escolhidos a partir de uma votação do público, que também contou com a participação de especialistas em conteúdo de qualidade para crianças e adolescentes.
Como prêmio, as equipes responsáveis pelas produções digitais reconhecidas receberam smartphones de última geração, vagas em um curso online de pintura digital Crayon e uma bolsa de estudos para curso presencial na EBAC (Escola Britânica de Artes Criativas).
Conheça os vencedores de cada categoria:
– Categoria plataformas
Entre as plataformas, ganhou destaque o projeto Maguaré y MaguaRed, desenvolvido pelo Ministério da Cultura da Colômbia. O portal Maguaré é dirigido para crianças de zero a seis anos, suas famílias, cuidadores e educadores, com um acervo que reúne mais de 500 conteúdos como músicas, quebra-cabeças, séries, histórias e jogos. Já o portal MaguaRED, reúne informações atualizadas sobre primeira infância no Brasil e no mundo.
Nesta categoria, também conquistaram, respectivamente, o segundo e o terceiro lugar as plataformas Multimediando (Ipanc, CAB Unesco, Equador) e Sumérgete: Una travesía por el Océano Pacífico (Instituto Milenio de Oceanografia, Chile).
– Categoria livros digitais
O livro digital “Nautilus”, desenvolvido pela produtora brasileira StoryMax, foi vencedor desta categoria. A adaptação interativa da obra “Vinte mil léguas submarinas”, de Júlio Verne, voltada para leitores de 13 a 15 anos, conta a história de um professor obcecado por conhecimento que desbrava os mistérios do fundo do mar.
Em segundo lugar, a categoria reconheceu o livro “Marina está do contra”, da editora brasileira Caixote, e “El Llamado de Inti”, da produtora colombiana Juanete Comunicaciones.
– Categoria transmídia
Entre os produtos da categoria transmídia, o projeto vencedor foi a obra “Juana y Pascual”, desenvolvida pelo Ministério de Educação do Governo da Província de San Luis, na Argentina. Em um formato multiplataforma, que conta com uma série animada, oficinas de animação para crianças, revistas, aplicativos, uma comunidade web e um jogo físico, ela introduz temas históricos, científicos e ecológicos no universo infantil.
Em segundo e terceiro lugar, respectivamente, foram reconhecidas as produções “Chico na Ilha dos Jurubebas 2” (Roquette Pinto, TV Escola, Brasil) e “El Chigualo” (Fosfenos Media, Colômbia).
– Categoria apps
O aplicativo Inventeca, também desenvolvido pela produtora brasileira StoryMax, foi o destaque da categoria apps. A ferramenta reúne narrativas visuais e recursos para crianças e adultos soltarem a imaginação e criarem novas histórias, incluindo recursos que possibilitam o registro de voz
Entre os aplicativos, ainda foram reconhecidos o “Camusi Camusi Palabras” (Señal Colombia, Atomic Studio, Colômbia), em segundo lugar, e “O nome das coisas” (Webcore Games, Brasil), em terceiro.
– Categoria games
Na categoria games, o primeiro colocado ficou com o “Alpha Beat Cancer”, desenvolvido pelo Mukutu Game Studio, do Brasil. Em um estilo de jogo de aventura, ele é baseado no guia oncológico “de A a Z”, criado pelo Beaba.org, uma organização que tem como objetivo desmistificar o câncer e informar de maneira clara sobre a doença e o seu tratamento. Para preparar as crianças para o que aconteceria em casos de diagnóstico da doença, o game traz uma mensagem lúdica e positiva.
Em segundo lugar ficou o Cidade em Jogo (Fundação Brava, Brasil) e, em terceiro, o jogo Starlit Adventures (Rockhead Studios, Brasil).
Outras menções
Além das cinco categorias principais, o festival ainda concedeu o prêmio de menção honrosa ao professor e programador visual Rafael Costa, da rede municipal do Rio de Janeiro, que desenvolveu com seus alunos o projeto Projeto Modern Art, que usou realidade virtual para trabalhar conteúdos relacionados a Semana de Arte Moderna de 1992. O game “Cidade em Jogo”, desenvolvido pela Fundação Brava, que coloca alunos para administrar uma cidade virtual e discutir política, também foi reconhecido pelo prêmio EBAC (Escola Britânica de Artes Criativas).
Por fim, o prêmio comKids Primeira Infância também reconheceu o aplicativo “Camusi Camusi Palabras”, que traz conteúdo pré-escolar programado em uma série de animações stop-motion em que dois personagens brincam com sons e nomes de instrumentos musicais tradicionais da América Latina.