Curso ensina inglês para situações emergenciais - PORVIR

Inovações em Educação

Curso ensina inglês para situações emergenciais

Método English Around Health Emergencies foca ensino do idioma para profissionais de saúde, socorristas e enfermeiros

por Vagner de Alencar ilustração relógio 30 de agosto de 2012

Que aprender um novo idioma se tornou uma necessidade no mundo global todo mundo está cansado de saber. Mas e quando a falta do domínio de uma língua pode implicar numa questão de sobrevivência? Imagine, por exemplo, um incidente em que um enfermeiro brasileiro precise se comunicar com um paciente estrangeiro para diagnosticá-lo e encaminhá-lo a um especialista.

Pensando em situações como essa a Pearson Brasil e a editora Difusão desenvolveram o English Around Health Emergencies, método de ensino da língua inglesa voltado especificamente para profissionais da área da saúde. O foco da iniciativa é prepará-los para enfrentar os atendimentos médicos a estrangeiros, cada vez mais frequentes no país.

Palco dos maiores eventos esportivos do mundo – como a Olímpiada e a Copa – e vivendo um cenário econômico positivo, cada vez mais em evidência internacionalmente, o Brasil deverá receber 600 mil turistas durante os 30 dias de jogos em 2014 e alcançar, no mesmo ano, 7,2 milhões de visitantes estrangeiros, segundo dados da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo). “É o momento de o país se conscientizar de uma vez por todas sobre a importância de se falar inglês. Esses eventos estão, de alguma maneira, fazendo com que a população amadureça e perceba essa necessidade”, afirma Piri Szabo, gerente acadêmica e de soluções em Idiomas da Pearson Brasil.

English Around Health Emergenciescrédito Gina Sanders / Fotolia

Como forma de aproximar o aprendizado do idioma ao cotidiano dos profissionais de saúde, as editoras elaboraram um conjunto de materiais baseado em situações práticas do dia a dia, por meio de livros ilustrados com diálogos que costumam acontecer no pronto atendimento. Por exemplo, o profissional aprende números para explicar o horário correto em que um paciente deve tomar um medicamento ou até mesmo conhece as principais expressões de sintomas e doenças mais comuns no idioma inglês.

A primeira turma, piloto, está tendo aulas na escola de enfermagem da USP, em São Paulo, e segue até outubro. Após o módulo básico, serão trabalhados também os níveis intermediário e avançado – que podem ser adquiridos por hospitais, centros de enfermagem ou por professores.

As aulas acontecem presencialmente, com dois encontros semanais, e também são realizadas à distância através de uma plataforma virtual onde o aluno ainda encontra exercícios de compreensão auditiva e treinamentos de pronúncia por meio de ferramentas de gravação de voz e CD.

Isabella Ramos Rota, 29, é coordenadora de um curso de enfermagem e está assistindo as aulas de inglês. Para ela, todo enfermeiro precisa saber falar pelo menos o básico em inglês. “É preciso saber fazer o atendimento básico de enfermagem para se comunicar com o paciente. Hoje em dia, os hospitais de grande porte têm um público bastante diferenciado, que fala outro idioma. Além dos profissionais trabalharem também em outros eventos internacionais como na Fórmula 1”, afirma.

No Brasil, de acordo com levantamento realizado pela Catho – Executivos 2011, apenas 3,4% da população consegue falar e entender o idioma fluentemente. Segundo Piri, por muito tempo vendeu-se no mercado nacional uma imagem de que aprender um idioma acontece muito rápido e facilmente. “Os adultos procuravam os institutos de idiomas para aprender inglês de uma maneira muito rápida, por prazer ou lazer, sem considerar que para reforçar o aprendizado é preciso ter dedicação, com práticas e processos a serem seguidos”, afirma.


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