Educação inclusiva: conheça 10 materiais pedagógicos acessíveis para criar e aplicar na escola - PORVIR
Crédito: timsa/iStock

Inovações em Educação

Educação inclusiva: conheça 10 materiais pedagógicos acessíveis para criar e aplicar na escola

O Porvir convidou Doug Alvoroçado, especialista em educação inclusiva, para selecionar atividades e jogos que apoiam o ensino

por Ana Luísa D'Maschio ilustração relógio 22 de agosto de 2022

Que tal aproveitar jogos e atividades lúdicas, ligadas à BNCC (Base Nacional Comum Curricular), para diminuir barreiras e promover o aprendizado das crianças com e sem deficiência? A plataforma DIVERSA, iniciativa do Instituto Rodrigo Mendes (IRM) em parceria com o MEC (Ministério da Educação) e outras organizações ligadas à temática da equidade, é uma das principais fontes de materiais pedagógicos acessíveis para professores interessados em levar a inclusão à sala de aula em escolas comuns.

“A biblioteca de materiais pedagógicos acessíveis do portal DIVERSA contribui para inspirar educadoras e educadores na busca por práticas pedagógicas mais inclusivas, mostrando experiências reais implementadas em diferentes classes e escolas”, explica Lailla Micas, coordenadora do DIVERSA. “Os materiais disponibilizados podem ser construídos e adaptados com o envolvimento de estudantes e familiares e em trabalho colaborativo com demais docentes e profissionais da escola, a fim de que responda aos desafios encontrados em cada contexto e realidade escolar e represente a identidade do território local.”

A convite do Porvir, o professor Doug Alvoroçado, especialista em educação inclusiva, selecionou 10 atividades e jogos acessíveis disponíveis no DIVERSA. Pedagogo com pós-graduação em AEE (Atendimento Educacional Especializado), Doug trabalha a inclusão com apoio de tecnologias educacionais e assistidas e comenta cada um dos projetos. 

Basta clicar no vídeo para entender a proposta pedagógica e a opinião de educadores que usaram o material. Ao final de cada bloco, você encontra um link com os materiais pedagógicos acessíveis e o passo a passo necessário para replicar a atividade em sua escola. Confira!

1. Jogo da memória (para ensinar Libras e língua portuguesa)

Por que escolher essa atividade inclusiva? Doug explica: “O jogo envolve a comunidade e ensina Libras (Língua Brasileira de Sinais) de maneira divertida. Une memória e aprendizagem. A primeira fase da Taxonomia de Bloom (estrutura que organiza de forma hierárquica as possibilidades de aprendizagem) é o memorizar. É uma excelente atividade de abertura e aquecimento”. Clique aqui para aprender como confeccionar essa atividade.

2. Lousa interativa (para ensinar ciências)

Por que escolher essa atividade inclusiva? Doug explica: “A lousa é fácil de ser reproduzida e adaptada com diversos materiais. O jogo envolve memorização e competição saudável. É uma proposta divertida, e pode ser usada não só com sons de animais, mas com outros sons. Não inclui o surdo e é um pouco mais trabalhoso do que a proposta anterior, mas é uma excelente estratégia para dar início ao processo de aprendizagem”. Clique aqui para aprender como confeccionar essa atividade.

3. Robô Arizinho (para ensinar matemática)

Por que escolher essa atividade inclusiva? Doug explica: “Projeto incrível, muito fofo! Embora seja mais difícil de replicar, é uma estratégia que une quantidade e algarismo, envolvendo bastante as crianças. Com o Arizinho, é possível trabalhar várias coisas – facilmente ele seria o mascote da turma! A atividade une o lembrar, o compreender e o aplicar (três primeiras fases da Taxonomia de Bloom)”. Clique aqui para aprender como confeccionar essa atividade.

4. Fogão musical (para ensinar diferentes disciplinas)

Por que escolher essa atividade inclusiva? Doug explica: “É uma estratégia muito legal, gostosa, que trabalha não só o conteúdo, mas tem espaço para a transdisciplinaridade. Não é fácil de ser reproduzida, mas pode ser adaptada de diversas maneiras. É uma atividade que todos os alunos podem fazer. O fato de manipular o concreto (tocar uma música que fale de comida, como no exemplo, e utilizar legumes e vegetais), na medida do possível, é ótimo para trabalhar texturas e cheiros dos alimentos. Trata-se de conteúdos importantes que, às vezes, são negligenciados”. Clique aqui para aprender como confeccionar essa atividade. 

5. Mapa tátil (para ensinar geografia)

Por que escolher essa atividade inclusiva? Doug explica: “O mapa tátil e o globo tátil são estratégias muito usadas e é incrível o potencial de aprendizagem. A ferramenta e as estratégias permitem trabalhar o relevo e a legenda, conteúdos importantes para a escolarização. Facilitam a compreensão e ilustram de maneira gostosa, fácil. O material precisa ser fabricado, mas isso não chega a ser um problema”. Clique aqui para aprender como confeccionar essa atividade.

6. Painel de votação (para ensinar português e matemática)

Por que escolher essa atividade inclusiva? Doug explica: “Atividade fácil de ser adaptada e com múltiplas possibilidades. Pode-se trabalhar diversos conteúdos, inter e transdisciplinares. A construção do texto fica bem mais participativa e todos podem decidir juntos os caminhos da história”. Clique aqui para aprender como confeccionar essa atividade.

7. Maquete do paladar (para ensinar ciências)

Por que escolher essa atividade inclusiva? Doug explica: “A maquete do paladar (que simula uma boca) é fácil de fazer e de replicar com materiais simples. Totalmente visual, mas pode ser auditiva e tátil também… Serve para trabalhar ciências de maneira divertida.” Clique aqui para aprender como confeccionar essa atividade.

8. Mão articulada (para ensinar ciências) 

Por que escolher essa atividade inclusiva? Doug explica: “Projeto incrível, não só para demonstrar aos alunos e trabalhar o conteúdo de ciências, mas para pedir aos estudantes que montem suas propostas. É fácil de usar e estimula a cultura maker”. Clique aqui para aprender como confeccionar essa atividade.

9. Jogo da pirâmide alimentar (para ensinar ciências)

Por que escolher essa atividade inclusiva? Doug explica: “Jogo fácil de reproduzir e adaptar. Envolve a turma, trabalha o conteúdo de maneira interdisciplinar e transdisciplinar. Tem potencial para envolver outros agentes da escola. E é uma ferramenta que permite um trabalho mais concreto”. Clique aqui para aprender como confeccionar essa atividade.

10. Pique bandeira de tabuleiro (para ensinar matemática)

Por que escolher essa atividade inclusiva? Doug explica: “Esse jogo permite muitas possibilidades. Fácil de reproduzir, envolve bastante a turma. Permite a inclusão de todos. Pode ser um jogo cooperativo ou competitivo. E estimula a contagem e a tomada de decisão responsável”. Clique aqui para aprender como confeccionar essa atividade.


TAGS

educação inclusiva, educação mão na massa, ensino fundamental, inclusão

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