Educação na Copa: professores inspiradores da Ásia, Oceania e Oriente Médio
Confira a seleção de professores da Ásia, Oceania e Oriente Médio
por Redação 24 de novembro de 2022
O profissional que representa o Irã foi alterado.
Catar
Khalaf Al Merekhi é um professor de educação física que há 8 anos iniciou sua carreira na QLA (Qatar Leadership Academy) – parte da de um programa de educação pré-universitária da Qatar Foundation. Nesse período, tornou-se um exemplo para seus alunos, incentivando-os a se mobilizarem como defensores de uma vida saudável.
Diante do aumento dos casos de obesidade e diabetes durante a pandemia, Al Merekhi defende que os esportes são importantes mesmo para aqueles que não queiram se tornar atletas profissionais. “Quem não tiver inclinação para esportes, pode ter potencial de liderança. Por exemplo, recentemente foi realizado um concurso na QLA para o ensino médio, e foi organizado por alunos da sétima série, que ficaram muito orgulhosos do trabalho.”
Fonte: Qatar Foundation
Arábia Saudita
Sultan Alanazi é professor na Alfarabi Elementary School, localizada na região de Hail, na Arábia Saudita. Ele se destaca por fazer grandes esforços para ajudar os alunos mais necessitados, incluindo órfãos, pessoas com deficiência e aqueles que sofrem de problemas familiares. Ao investir dinheiro do próprio bolso, ele trouxe computadores, redes e um software educacional para usar em sua escola, melhorando muito a capacidade de seus alunos de acessar a educação global.
Como resultado, eles venceram várias competições locais de estudantes digitais e de língua inglesa, além de receber reconhecimento especial do governo local. Seus resultados acadêmicos também são excelentes: no ano passado, mais de 90% dos alunos de Sultan alcançaram a nota mais alta no sistema educacional saudita.
Sultan também contribui ainda mais para a educação inclusiva fora de sua escola, por meio da Sociedade Saudita para Educação Especial, que oferece atendimento a alunos com deficiência, bem como atividades, palestras, seminários e cursos voluntários para ajudar a informar pais e professores sobre a melhor forma de lidar com a educação. Ele ainda ajuda a formar professores no departamento de educação especial da Universidade de Hail. Recentemente, escreveu um livro sobre o assunto, em inglês, que é leitura obrigatória em curso destinado a estudantes universitários, professores e outros interessados.
Em reconhecimento aos seus esforços, Sultan foi indicado para vários prêmios – ganhando o Prêmio de Excelência do Ministério da Educação, o Prêmio Hail Education de Excelência, Inovação e Pesquisa Científica na King Saud University e alcançando a colocação no Top 15 no Prêmio Mohammed bin Zayed de melhor professor do Golfo Pérsico.
Fonte: Global Teacher Prize
Irã
Assim que se formou na universidade, a professora de matemática, língua persa, artes, ciências e teologia, Soraya Motharnia foi designada para um cargo em um vilarejo remoto na província carente de Sanandaj, capital da província do Curdistão. Depois de um curto período trabalhando no local, ela percebeu que os alunos enfrentavam diversos problemas, incluindo uma escola em ruínas e falta de instalações, deficiências educacionais graves, uma alta taxa de desistência por causa da pobreza e casamentos arranjados precocemente, doenças e desnutrição.
O trabalho de Soraya não era apenas ensinar, às vezes ela tinha que atuar como diretora de escola e até faxineira. Envolvendo os aldeões e funcionários da educação, ela conseguiu transformar a escola em que atuava em uma instalação moderna e de alta qualidade. Além disso, também se dedicou a desenvolver métodos de ensino inovadores e abria as portas de sua casa durante o verão para dar aulas.
O resultado desses esforços foi visto nas realizações educacionais de seus alunos, muitos deles conseguiram construir carreiras bem estruturadas após se formarem na faculdade. Ela acredita que sua maior conquista foi diminuir o número de evasão escolar da província para quase zero, além de ter sido reconhecida como a melhor professora do Irã por dois anos consecutivos.
Fonte: Teacher Global Prize
Austrália
O professor Richard Johnson foi fundamental na criação do primeiro laboratório científico da Austrália especificamente para crianças. Ele foi construído com apoio de crowdfunding, doações de empresas locais e uma doação de US $ 25.000, que Richard recebeu por ter ganho o Prêmio do Primeiro-Ministro de 2013 para o Ensino de Ciências. Desde então, o laboratório evoluiu, desenvolvendo um foco em STEM (sigla inglês para ensino integrado de ciências, tecnologia, engenharias e matemática).
Os alunos de Richard adotam a tecnologia para se envolver com recursos de realidade aumentada e trabalham juntos em áreas de projetos, incluindo robótica. O educador usa impressão 3D para melhorar o aprendizado em todas as áreas do currículo.
Em 2015, ele ganhou o prêmio de vice-campeão no DiscoverE.org Educator Awards, por um harmonógrafo (aparato mecânico que utiliza pêndulos para criar imagens geométricas), que foi projetado por seus alunos e fabricado em uma impressora 3D. Richard também conseguiu que um ganhador do Prêmio Nobel organizasse um workshop com seus alunos e os incentivou a pesquisar e escrever um livro infantil sobre a teoria premiada. Uma cópia impressa do livro foi enviada ao Nobel Museum de Estocolmo.
Em estreita colaboração com o museu de ciências e a universidade local, Richard trabalha e discute amplamente sua metodologia em conferências presenciais e on-line. Sua escola recebeu prêmios e resultados em testes nacionais e estaduais melhoraram significativamente desde que o laboratório foi criado. Richard também recebeu o Education Award for Excellence and Innovation, em 2008, e o Premier’s Science Award, em 2012.
Fonte: Global Teacher Prize
Japão
Professora de inglês da Earth Eight School, em Okayama, Mari Sawa é responsável pela criação de um programa de alfabetização focado no desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico e na ampliação da visão de mundo de seus alunos e de suas famílias. Em um dos países tecnologicamente mais avançados do mundo, a educadora temia que as crianças lessem cada vez menos e, consequentemente, desenvolvessem menos autonomia.
Capacitados para serem curiosos e críticos desde tenra idade, seus alunos têm maiores níveis de concentração em comparação com crianças da mesma faixa etária. Eles pensam sobre os problemas e fornecem suas opiniões, chegando a conclusões sem precisar da intervenção de um adulto. A professora acredita que as habilidades para pensar de forma independente e crítica são vitais nesta era global e altamente tecnológica.
Um de seus grandes acertos na carreira foi a introdução de uma viagem de estudo ao exterior, que permite que alunos do jardim de infância e suas famílias fiquem nos Estados Unidos por uma semana, para que experimentem o inglês como uma língua viva. Para muitos desses familiares, é a primeira oportunidade de viajar para o exterior, e Mari enxerga nisso uma forma das crianças e seus pais vivenciarem a globalização.
Fonte: Global Teacher Prize
Coreia do Sul
O professor de arte Chansoo Park leciona na Yangyang Elementary School, em Wonju, na Coreia do Sul. Em 2004, seus alunos fizeram uma peça de 15 minutos no festival de artes da escola e perceberam que tinham potencial para projetos culturais. A partir daquele momento, Chansoo criou um clube de teatro, iniciativa que permite às crianças desenvolver habilidades sociais e progredir no aprendizado.
O próximo passo de Chansoo foi incluir apresentações e aulas de projetos musicais no currículo dos alunos, que se tornaram populares fora do distrito escolar. Isso proporcionou programas de intercâmbio cultural por meio de organizações como a UNESCO com a Índia, Tailândia, China, Filipinas e França, com Chansoo recebendo vários prêmios do governo por suas realizações na educação artística. Em outubro de 2020, o professor foi selecionado no Korean Culture and Arts Awards, que elege os melhores artistas da Coreia e recebeu a Presidential Citation, sendo o primeiro professor a receber um desses prêmios.
Fonte: Global Teacher Prize
Confira todos os 32 países
O profissional que representa o Irã foi alterado.