O que escolas suecas e norte americanas podem nos ensinar sobre aprendizado emocional?
por Redação 30 de julho de 2013
O britânico Zoe Dunn, que é professor e diretor de escola no Reino Unido, narra a experiência que teve de visitar escolas norte-americanas e suecas que desenvolviam diferentes estratégias para lidar com o aprendizado social e emocional – que, em inglês, responde pela sigla SEL (Social and Emotional Learning). Nos Estados Unidos, diz ele, crianças sabem como aprendem, conhecem o que inibe sua aprendizagem e são desafiadas a resolver conflitos e ser resilientes. No estado do Alasca, os alunos são treinados para promoverem a paz e a resolver problemas com criatividade a partir de um programa chamado Resolving Conflict Creatively Programme.
Já na Suécia, Dunn relata ter sentido o aprendizado independente e a autonomia como valores muito importantes na educação. Mesmo fisicamente e com seu mobiliário, as escolas foram desenhadas para promover a liberdade. “Em uma das escolas, as salas de aula pareciam mais com o estilo livre de coffee shops, nos quais alunos se sentavam em sofás e usavam seus laptops para desenvolver projetos próprios que tinham discutido previamente com seus professores”, afirmou. Depois das visitas, Dunn pondera que modelos como os das escolas suecas dificilmente poderiam ser replicados em escolas do Reino Unido, que normalmente contam com salas de aula maiores, alunos com um comportamento diferente, além de escolas menores e sem espaço ao ar livre. No entanto, ele ressalta que é possível promover os valores de respeito, resiliência e disciplina desde a primeira infância.