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Espaço maker traz experimentação para o Transformar

Participantes vivenciaram o aprendizado mão na massa e interagiram com ferramentas de prototipagem rápida

por Marina Lopes ilustração relógio 25 de agosto de 2015

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Na terceira edição do Transformar, que aconteceu hoje (25), em São Paulo, a aprendizagem maker não foi apenas tema de palestra. No mesmo espaço que abrigou debates sobre as principais tendências em educação durante todo o dia, os participantes puderam ver de perto o funcionamento de um laboratório maker. Além de fazerem tours para conhecerem ferramentas de fabricação digital, eles experimentaram algumas tecnologias e debateram sobre aprendizagem mão na massa.

O espaço foi montado pelo Programaê! em parceria com o FabLearn. Equipado com impressora 3D, cortadora laser, cortadora vinil, fresadora e kits educacionais, ele ficou aberto para o público durante todo o evento.

“Estamos falando de makers [no Transformar] e nada mais justo do que as pessoas poderem experimentar”, explicou Lucas Rocha, coordenador de projetos da Fundação Lemann e de iniciativas como o Programaê!. A arquiteta Heloísa Neves, do We Fab, foi uma das responsáveis pela concepção do ambiente. “A ideia é trazer para o espaço o conceito do movimento maker: empoderamento e autonomia”, contou.

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No período da manhã, o ambiente teve a presença de alunos das escolas municipais Maria Ofelia Veneziani Pedrosa e Moacyr Benedito de Souza, de São José dos Campos (SP), que desenvolvem atividades no Programaê!. Eles participarem de oficinas que envolviam impressão em 3D, design, solução de problemas, prototipagem e criação de instrumentos musicais com a ferramenta Makey Makey.

Já na parte da tarde, foi a vez dos educadores colocarem a mão na massa para experimentarem ferramentas de prototipagem rápida e conversarem com o professor Paulo Blikstein, da Universidade de Stanford/Fab Lab, sobre a integração de espaços maker no currículo escolar. “As pessoas estão com muita vontade de fazer isso nas escolas. Eu senti pouca resistência, ou quase nenhuma, de aceitarem o que estamos propondo para a educação”, disse em entrevista ao Porvir. “Eu acho que essas ferramentas maker ajudam a realizar o talento que o professor já tem de ser criativo e pensar em formas diferentes de ensinar”, completa.

A professora de projetos, tecnologia educacional e ciências aplicadas Eliene Santana, do Colégio Nossa Senhora do Rosário (SP), visitou o espaço de experimentação e afirmou achar interessante a possibilidade de ouvir outros educadores e compartilhar experiências. “O que chamou a minha atenção é que na verdade todo mundo pensa em integrar o currículo, mas a maioria dos professores fazem atividades separadas”, destacou. “É algo totalmente possível de ser feito. Basta ter vontade e aceitar o desafio”, afirmou o professor de língua portuguesa Cristiano Dias de Souza, do Colégio Interativa de Londrina (PR), que também passou para conhecer o espaço.

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Fora do espaço de experimentação, durante sua apresentação sobre aprendizagem mão na massa, que aconteceu nas palestras de abertura do evento, o professor da Universidade de Stanford defendeu a criação de ambientes de experimentação dentro da escola pública. De acordo com ele, isso serve como estratégia para despertar o interesse do aluno e aumentar o seu engajamento. “São formas de trazer o nosso aluno de volta para a escola. Trazer motivação e engajamento para que ele fique na escola.”

Blikstein também chamou a atenção para a necessidade de encontrar maneiras efetivas de avaliar a aprendizagem mão na massa. “Não adianta você medir o aprendizado maker com um teste de múltipla escolha porque ele é muito mais complexo e aberto”, afirmou. Para exemplificar algumas formas de avaliação, ele citou pesquisas que está desenvolvendo com seu grupo na Universidade de Stanford. Com o uso de sensores de movimento e dispositivos de condução de pele, eles monitoram o comportamento dos alunos e conseguem identificar padrões de aprendizagem.

Um dos questionamentos recorrente entre os educadores, que assistiram aos debates e visitaram o espaço de experimentação, foi a possiblidade de criação de um espaço maker dentro da escola pública. “Um jeito bom de começar esse trabalho são os kits de código aberto. Com esses kits de computação física dá para fazer muita coisa com um investimento muito pequeno”, exemplificou Blikstein. Ele sugeriu começar desse jeito, por pequenos estágios, e depois mostrar os resultados para conseguir apoio.

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O Espaço Tecnologia, patrocinado pelo Google, também foi outro ambiente presente no evento. Os participantes puderam interagir com tecnologias educacionais que servem de suporte para o dia a dia na sala de aula. Entre os recursos apresentados no espaço estavam: o Espaço Ensino Híbrido, para integração de tecnologias ao currículo escolar; a plataforma Gatópolis, que oferece jogos de leitura e escrita; a plataforma de videoaulas YoutubeEDU; o ambiente de aprendizagem QMágico; a plataforma Kidu, que permite a criação de portfólio online; a plataforma Escola Digital; os aplicativos do Google Apps for Education; e Google Expeditions, que permite aos professores fazerem viagens de campo virtuais.


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educação mão na massa, transformar

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