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Inovações em Educação

Estudantes de Singapura dão aulas gratuitas on-line

80 jovens de escolas top do país produzem vídeos para alunos que precisam revisar conteúdos e aprender novos conceitos

por Redação ilustração relógio 20 de agosto de 2012

Um grupo de jovens estudantes do ensino médio e de universidades de Singapura está compartilhando aulas gratuitas em vídeo pela internet. O site OpenLectures (Aulas Abertas, em tradução livre) conta com mais de 740 vídeos sobre conceitos de economia, química, matemática e biologia abordados no ensino médio.

Criado em julho de 2011, por Linan Qiu, de 22 anos, aluno da Columbia University, em Nova York, e Yi Tao Zhang, de 21 anos, estudante de economia da Stanford University, o OpenLectures pretende contribuir e complementar o sistema de educação Singapura. As aulas apresentam de forma clara e simples o currículo ensinado nas escolas para estudantes que necessitam de revisão ou queiram aprender os conceitos.

“Nossa crença é que a educação deve ser gratuita e acessível a todos, e o esforço, não os recursos financeiros, deve decidir o sucesso”, afirma Samantha Ting, da equipe do OpenLectures, em entrevista ao Porvir. Como Linan Qiu e Yi Tao Zhang estudam nos EUA, hoje eles atuam como consultores do projeto. O CEO atual é o estudante Kenneth Lim.

crédito Divulgação

Semelhante ao minimalismo do Khan Academy, que explica conceitos apenas com animações em uma tela negra e com a voz de um narrador, os vídeos da OpenLectures mostram estudantes em frente a um quadro branco resolvendo problemas ou esquematizando conceitos entre 1 e 15 minutos. É possível enviar perguntas aos autores dos vídeos e comunicar erros.

Cerca de 80 estudantes de todo o país trabalham na produção de aulas. Eles são alunos de escolas top de Singapura e o mais novo integrante tem apenas 16 anos. “As notas são consideradas quando estamos recrutando, mas a habilidade de explicar conceitos complexos em termos simples é bem mais importante”, disse Linan Qiu para um site de notícias de Singapura.

“Nossas ações são motivadas pelo simples desejo de melhorar a experiência de aprendizagem do estudante durante seus anos na escola, por isso optamos por não colher lucro a partir desta start-up”

Em matemática, as aulas abordam binômios, cálculos, números complexos, divisão, permutações e combinações, séries e sequências. Os temas principais de biologia são bactérias, ciclo celular, células, regulação genética, genética mendeliana e vírus. Química aborda átomos, eletroquímica, química orgânica e físico-química. Já em economia, conceitos como estrutura de mercado, protecionismo, política monetária e volatilidade são explicados. Cada tópico tem subitens que podem ser divididos em até 10 aulas. Outras disciplinas serão incluídas em breve.

De acordo com os organizadores, desde o lançamento em fevereiro de 2012 até agosto, o site atingiu 60 mil visitas e quase 260 mil pageviews. Os visitantes são principalmente de Singapura, mas há também visitas do Japão, Índia, EUA e Alemanha.

O projeto é apoiado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Singapura, Conselho Nacional da Juventude (associação popular) e pelo Conselho de Desenvolvimento da Comunidade do Noroeste, mas segue “estritamente não-lucrativo”. Segundo a equipe, o patrocínio é utilizado para a produção das videoaulas. “Nossas ações são motivadas pelo simples desejo de melhorar a experiência de aprendizagem de um estudante durante seus anos na escola, por isso optamos por não colher nenhum lucro a partir desta start-up”, afirma Samantha Ting .

Veja um dos vídeos, em inglês, sobre o Teorema de Pitágoras:


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educação online, tecnologia, videoaulas

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