Mulher paralisada há dez anos por AVC defende doutorado
por Redação 9 de maio de 2012
A artista plástica Ana Amália Barbosa, 46, que só consegue mover os olhos e mexer levemente o queixo, defende sua tese de doutorado em arte e educação no Museu de Arte Contemporânea da USP, iniciada quando já estava paralisada. O estudo, intitulado Além do Corpo, é fruto de três anos de trabalho com artes visuais desenvolvido com um grupo de seis crianças com lesões cerebrais, atendidas na Associação Nosso Sonho, onde Ana também ensina arte. Ana Amália teve um AVC (acidente vascular cerebral) em 2002, no dia que defenderia sua tese de mestrado e ficou ficou tetraplégica, muda e disfágica (não consegue mastigar e engolir). Com a cognição e a memória preservadas, Ana Amália se comunica por meio de um cartão com letras e de um programa de computador, desenvolvido para ela.