O que os professores brasileiros pensam da educação?
Segunda edição da pesquisa Conselho de Classe traz opiniões sobre a profissão e o contexto educacional do país
por Redação
29 de julho de 2016
Falta de acompanhamento psicológico para os alunos, defasagem de aprendizado, fortalecimento da profissão e formação continuada são algumas das maiores preocupações dos professores brasileiros. Isso é o que demonstra segunda edição da pesquisa Conselho de Classe, realizada pela Fundação Lemann com o apoio do Instituto Paulo Montenegro.
Com o objetivo de dar voz aos educadores brasileiros e identificar a percepção deles sobre os principais desafios do cotidiano escolar, a pesquisa ouviu professores de escolas públicas de todo o país. Por meio de um estudo quantitativo e qualitativo, profissionais que atuam no ensino fundamental e médio foram questionados sobre diversos assuntos, como as maiores urgências educacionais, quem mais oferece apoio para suas dificuldades cotidianas, quais ações deveriam ser priorizadas para melhorar a educação e a participação em atividades de formação continuada.
Para os professores ouvidos pela pesquisa, a falta de acompanhamento psicológico para os alunos que precisam é a maior urgência a ser enfrentada no cotidiano escolar. O resultado apareceu como prioridade em todas as regiões do país, incluindo também outras preocupações, como a indisciplina das turmas, a defasagem de aprendizado, a aprovação de alunos que não estão preparados para o próximo ciclo e a necessidade de envolvimento da escola em problemas sociais e familiares dos alunos.
Como apoio para enfrentar esses desafios, os professores dizem contar com o diretor (73%), o coordenador pedagógico (68%) e outros colegas da escola (48%). Eles ainda expressam o desejo de ter a colaboração de outros profissionais para enfrentar as demandas da sala de aula, apontando que a secretaria de educação deveria oferecer psicólogo (50%), psicopedagogo (28%), assistente social (8%), mediador de conflitos (7%) e fonoaudiólogo (4%). “Somente com aprendizagem, nós já temos muitos problemas e demandas dentro da sala de aula”, afirmou uma professora do ensino fundamental 2 citada na pesquisa.
Ao constatar que as urgências são similares para educadores de diferentes etapas de ensino e regiões do país, o levantamento também identificou que os professores desejam contar com um apoio maior desses profissionais especializados. No entanto, os desafios da sala de aula ainda passam por outras demandas, como a garantia do aprendizado de todos os alunos. Entre os entrevistados, 51% dos professores dizem que a defasagem de aprendizagem dos alunos em relação à série que estão é uma das maiores dificuldades enfrentadas para colocar o currículo em prática na sala de aula.
De acordo com a pesquisa, na percepção dos educadores, os desafios da defasagem devem ser levados em conta pela rede ao implementar um currículo. “Na mesma classe tem alunos avançados e alunos abaixo do básico. Então, como preparar uma aula? Como lidar com isso em sala de aula?”, ilustra a pesquisa, ao citar a fala de uma professora ouvida durante o estudo qualitativo.
Ao serem questionados sobre as ações que deveriam ser priorizadas para melhorar a educação, um em cada quatro professores apontou o investimento na carreira, incluindo aumento do piso salarial (14%) e melhora no plano de carreira (10%). A prioridade apontada por eles, no entanto, foi o investimento em programas de formação continuada (17%). Sete em cada dez professores dizem ter participado de formações no último ano, mas o estudo aponta que, segundo eles, as formações não dão conta de resolver completamente as necessidades da escola.
Confira os resultados da pesquisa Conselho de Classe.






Eu como professor, aposentei porque não aceitava o sistema, basta o aluno ir a escola e comer a merenda que ele passa de série, atualmente as escolas é o shopping center do aluno, ou um espaço para divertimento, nas salas de aulas é menino beijando menino, menina beijando menina, é um tal de sentar um no colo do outro, ele sabem que não vão reprovar no final do ano, alunos agressivos, se chama os pais na escola, os mesmos são piores que os filhos. Tá dificil.