Patrulha moralista persegue colégio do Rio e boicota trabalho sobre identidade de gênero
por Redação 28 de novembro de 2017
O áudio de uma mãe de um adolescente carioca causou uma confusão nas redes sociais, o que obrigou um grupo de alunos a suspender um trabalho que abordaria a identidade de gênero. No áudio a mãe afirma que é um “absurdo seu filho ter de usar camisa rosa e batom na boca para ganhar dois pontos em cada matéria”.
Segundo o colégio, a atividade não obrigava nenhum dos alunos a usar batom. Na verdade, fazia parte da feira cultural da escola, na qual 45 estandes apresentariam seus projetos para serem avaliados. Um grupo de alunos optou pelo tema “identidade de gênero”.
O áudio feito pela mãe viralizou graças ao compartilhamento do deputado Eduardo Bolsonaro e ganhou apoio do ator Carlos Vereza, que pediu para Michel Temer medidas para “parar com a solerte identidade de gênero”, afirmando que “os professores estão brincando de Deus” e que “homem não tem útero e mulher não tem pênis”.
Depois de a escola e a professora que conduzia as atividades receberem ameaças, os alunos decidiram mudaram o projeto para os logros científicos de Isaac Newton.
Leia a matéria original em El País