Professores acreditam que política anti-extremismo impede o diálogo na Inglaterra
por Redação 30 de março de 2016
Na Inglaterra, durante a Conferência da União Nacional de Professores, realizada anualmente em Brighton, alguns educadores afirmaram que a política governamental de anti-extremismo está acabando com os debates nas escolas.
No evento, houve uma votação para que a estratégia de prevenção seja excluída de escolas e faculdades, uma vez que está servindo para gerar suspeitas e confusão, ao invés de segurança nos ambientes escolares. Segundo discussões da Conferência, a política contra a radicalização levou a um clima de exagero, onde até a caligrafia de crianças foi confundida: uma criança que escrevia sobre pepino (cucumber, do inglês) teve a grafia confundida com “cooker bomb”, algo como “produtor de bombas”.
A secretária da União Nacional de Professores, Christine Blower, afirmou que as escolas têm uma obrigação moral de proteger as crianças do extremismo e que sua melhor contribuição seria encorajar o debate, uma vez que é mais provável que os jovens deparem-se com ideias extremistas em redes sociais do que na escola.
Leia a matéria original em BBC News