Programa gratuito para formação de jovens cientistas tem inscrições abertas - PORVIR
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Inovações em Educação

Programa gratuito para formação de jovens cientistas tem inscrições abertas

Treinamento lançado pelo Instituto Serrapilheira e Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental quer formar pesquisadores para enfrentar desafios atuais da ecologia e biologia

por Redação ilustração relógio 16 de março de 2021

A pandemia colocou a ciência em destaque e, para impulsionar a carreira de jovens cientistas, o Instituto Serrapilheira em parceria com o ICTP-SAIFR (Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental) anunciam o processo de inscrições para o Programa de Formação em Biologia e Ecologia Quantitativas. O novo treinamento vai oferecer uma formação gratuita em ciências da vida com foco no uso da matemática, física e ciência da computação. Serão selecionados até 50 participantes, e os primeiros 500 inscritos terão preferência no processo seletivo. As inscrições vão até 3 de maio pelo site do ICTP-SAIFR. O edital está disponível no site do Serrapilheira.

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Voltado para pessoas com graduação completa em qualquer área, o programa pretende preparar futuros cientistas para a pesquisa transdisciplinar em ciências da vida. Os selecionados vão aprender sobre métodos quantitativos para resolver questões da vanguarda da biologia e ecologia. O objetivo é aproveitar o potencial do Brasil – o país que abriga a maior biodiversidade do planeta – para criar, em longo prazo, uma geração de jovens cientistas altamente qualificados para lidar com seus desafios.

Os tópicos abordados vão da genética moderna à ecologia comportamental. Para isso, o curso reuniu um grupo inédito de professores que são referências globais em suas áreas de pesquisa. A lista inclui nomes como o neurocientista da Universidade de Tel Aviv (Israel) Oded Rechavi, um dos maiores especialistas em epigenética, que estuda como características que não estão no DNA podem ser passadas para as gerações seguintes.

Quem também está confirmada é a matemática Corina Tarnita (Universidade de Princeton, Estados Unidos), que desenvolve modelagens matemáticas para entender como unidades biológicas simples interagem entre si para criar estruturas de maior escala – por exemplo, a interação entre várias células para desenvolver um organismo multicelular. Mais do que assistir às aulas, os alunos terão a oportunidade de interagir diretamente com cientistas que estão na fronteira do conhecimento. A lista completa de professores e tópicos está disponível aqui.

Por causa da pandemia da Covid-19, a primeira edição será totalmente remota, em uma versão mais curta, de 5 a 30 de julho de 2021. As edições futuras acontecerão presencialmente, em São Paulo (SP), terão duração de seis meses e incluirão uma etapa de desenvolvimento de uma proposta de pesquisa. A ideia é que os alunos sigam sua formação em uma instituição de excelência no Brasil ou no exterior após a conclusão do programa.

Os candidatos devem ter a graduação completa ou previsão de conclusão até 31 de dezembro de 2021, em qualquer área do conhecimento, em instituições do Brasil e da América Latina. É necessário ter conhecimento prévio de cálculo diferencial e integral e domínio do inglês.

Esta é a primeira iniciativa do Serrapilheira voltada a pesquisadores em estágio de carreira pré-doutorado. “A pesquisa moderna em ciências da vida gera uma quantidade enorme de dados complexos”, explica o diretor-presidente do instituto, Hugo Aguilaniu. “Queremos quebrar essas fronteiras artificiais limitantes, de modo que um jovem biólogo saiba que ele pode usar uma equação como um matemático ou pensar como um físico para entender sistemas biológicos complexos como um ecossistema tropical.”

O ICTP-SAIFR é um centro internacional, com sede no Instituto de Física Teórica da UNESP (Universidade Estadual Paulista), que organiza escolas e oficinas em tópicos relacionados à física para alunos de pós-graduação e pesquisadores. “Com a explosão de novos dados em biologia, muitos físicos estão migrando para esta área para aplicar as ferramentas que aprenderam estudando sistemas complexos,” afirma o diretor do ICTP-SAIFR, Nathan Berkovits.


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ensino superior, sustentabilidade

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