Projeto quer levar games para escolas públicas - PORVIR

Inovações em Educação

Projeto quer levar games para
escolas públicas

Plataforma de games Kiduca, voltada para o ensino fundamental, recorre ao crowdfunding levar jogo a alunos do interior de SP

por Marina Lopes ilustração relógio 7 de maio de 2014

De um lado, escolas com dificuldades para implantar tecnologias educacionais e aumentar o nível de interatividade. Do outro, pessoas dispostas a financiar causas ou projetos que tenham impacto na sociedade. Foi pesando em unir essas duas possibilidades que a Kiduca, plataforma de games educacionais, decidiu apostar no financiamento coletivo para atingir 2.500 alunos do ensino público de Sorocaba e regiões próximas. Em campanha no site Kickante, eles pretendem arrecadar R$50 mil para disponibilizar a ferramenta e o suporte técnico durante um ano para 5 instituições selecionadas.

Com a Kiduca, os professores conseguem trabalhar conteúdos da matriz curricular do ensino fundamental de forma divertida. O jogo simula uma cidade virtual em que os alunos podem transitar por locais diversos, como a fazendinha, o bairro da matemática e a biblioteca. (leia matéria no Porvir) Conforme eles jogam e acumulam pontos, trocam por itens que personalizam seu avatar dentro jogo, como a aquisição de roupas e acessórios, por exemplo.

Reprodução

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O game oferece para a escola a possiblidade de trabalhar de diferentes formatos, podendo ser utilizado tanto nos laboratórios de informática como na própria sala de aula. Quando o jogo é utilizado em sala, ele passa a contar também com um kit interativo cheio de apetrechos para tornar a experiência ainda mais interessante. No kit estão presentes um aplicativo para celular, um controle de videogame, um sensor Kinect e um tapete de dança. “A intenção é fazer com a ferramenta seja adaptada na escola”, explicou Jorge Proença, diretor e idealizador da Kiduca.

Para escolher as instituições beneficiadas, o projeto dará preferência para as escolas públicas do interior de São Paulo que apresentaram menor rendimento no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), porque são as escolas que mais precisam de ajuda. “A gente acredita que tem muito a contribuir com a educação pública”, afirmou Proença. Segundo ele, com o uso da tecnologia é possível criar um atalho para ser utilizado por alunos e professores para equiparar as oportunidades de ensino.

Dentro da proposta do projeto, as escolas selecionadas irão receber treinamento técnico e pedagógico para trabalhar com os games, incluindo o acompanhamento, suporte e avaliação final. “A intenção é auxiliar o professor para que ele consiga utilizar a ferramenta com facilidade”, pontuou Proença. Após um tempo de uso e familiaridade com a plataforma, também existem opções que permitem o educador utilizar modelos prontos para desenvolver jogos personalizados para os seus alunos.

A plataforma Kiduca já tem sido utilizada em 19 escolas do interior de São Paulo, sendo 7 particulares e 12 públicas. “Uma coisa interessante que a gente tem observado é a motivação dos alunos de escolas públicas que começam a ter contato com a ferramenta. Eles percebem que podem aprender de forma lúdica”, explicou.

O projeto segue em financiamento coletivo no Kickante até o dia 24/6. Os apoiadores podem doar valores a partir de R$10. Como contrapartida, eles ganham desde um ano de uso da Kiduca até a possibilidade de receber o desenvolvimento de um minigame personalizado, opção para os colaboradores que fizerem doações de R$5.000. “Para proporcionar uma recompensa valiosa e capaz de incentivar as pessoas, pensamos em ficar dentro da nossa área de conhecimento, que é a educação.”


TAGS

aplicativos, ensino fundamental, financiamento coletivo, jogos

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