Universidade dos EUA busca pesquisadores para projeto sobre o fazer cultural brasileiro
Trabalho envolve sistematização das diferentes formas do "fazer" brasileiro para entender como esse conhecimento pode ser mobilizado na educação
por Redação 11 de março de 2022
O Transformative Learning Technologies Lab (Laboratório de Tecnologias Transformadoras de Aprendizagem), sediado na Escola de Educação (Teachers College) e na Escola de Engenharia da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, está liderando um projeto de pesquisa chamado “Fazer Cultural” (ou “Cultural Making”), para documentar, sistematizar e refletir sobre as formas do “fazer” brasileiro em diferentes comunidades e como esse conhecimento pode ser mobilizado na educação. Para dar conta desta tarefa, foi lançada uma chamada para pesquisadores brasileiros.
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O TLT Lab tem mais de 10 anos de trabalho com pesquisa, desenho e implementação de programas nas áreas de ciências, engenharia, computação e tecnologias na educação básica em diversos países. A instituição foi pioneira mundial na implementação de espaços maker em escolas e trabalha com pesquisas dentro de uma perspectiva construcionista e Freireana. Neste projeto, terão prioridade as comunidades quilombola, ribeirinha, indígena, caiçara e rendeira. Ao longo do processo, os pesquisadores devem ser observar e documentar as práticas do “fazer” nessas comunidades, identificando como representam formas de pensar, agir e construir, bem como suas implicações para a criação e disseminação de conhecimento local.
É exigido do(a) pesquisador(a) disponibilidade de 15 a 20 horas semanais para o trabalho, que envolve a participação em reuniões periódicas e, claro, pesquisa de campo. Devem ser consideradas comunidades que trabalham com a criação de objetos de artesanato, construção de objetos e invenções para moradia, transporte etc, produção autoral de artefatos do dia a dia ou de objetos cerimoniais, como fantasias. Ao final, serão publicados artigos e outros materiais, juntamente com a equipe do projeto.
O perfil de candidatura desejado pelo laboratório inclui pessoas que tenham contato prévio com as comunidades. Além disso, é importante ter experiência em pesquisa sistemática em suas diferentes formas (etnográfica, sociológica, educacional, qualitativa, quantitativa etc.) além de conhecimento em análise e organização de documentos de pesquisa. Formação acadêmica e pós graduação, assim como fluência em inglês, são desejáveis, mas não requeridas.
O processo de seleção vai considerar currículo e experiência prévia na comunidade a o(a) candidato(a) tem acesso, dentre outros critérios. A bolsa oferecida é de US$ 700, pagos mensalmente durante os nove meses de atividades. O prazo final para inscrição é 23 de março. Acesse o formulário para mais informações.