4 práticas que levam alunos a aprender com alegria - PORVIR
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Como Inovar

4 práticas que levam alunos a aprender com alegria

Lista ajuda professor a engajar e motivar os alunos nos estudos por meio da colaboração e da surpresa

por Redação ilustração relógio 23 de setembro de 2013

Por Blog do QMágico

O modelo de sala de aula tradicional já não funciona bem. Vivemos em um período de transição, onde muitos professores sentem dificuldade em atender às necessidades da nova geração. De forma mais clara, estamos mudando de um modelo centralizador para um modelo colaborativo de ensino. Os erros passam a ser um caminho para o acerto, e não o determinante entre o sucesso e o fracasso. A padronização do ensino é derrubada para dar espaço à personalização. Valorizaremos competências novas nos alunos, como o pensamento crítico, a empatia, a comunicação, a liderança, a ética, entre outras que são mundialmente conhecidas como competências do século 21.

O computador com um bom sistema educacional é uma ótima ferramenta para transformar a sala de aula em um verdadeiro antro da aprendizagem. Porém, existem outros meios de inovar e que podem ser feitos sem o uso do computador. Usando a gamificação, podemos implementar essas grandes mudanças na educação que tanto queremos ao mesmo tempo que motivamos os alunos.

Gamificação é um termo que começou a ganhar popularidade em 2010, mas que já é usado de diversas formas há vários anos. Trata-se da utilização de elementos e técnicas de jogos em contextos que não são jogos, com a finalidade de aumentar a motivação das pessoas envolvidas e resolver os problemas desse contexto. Evitem confundir jogos educacionais com gamificação. Introduções feitas, vamos ao que interessa.

Dica 1: Transforme as notas em conquistas

Notas são escalas que não dizem por si só se um aluno é ou não proficiente no assunto. Pode-se argumentar que uma média 7 delimita a aprovação e a caracterização da proficiência. Mas isso abre portas à interpretação de que a nota 6,5 é uma “quase proficiência”. Não queremos que os nossos alunos busquem uma nota, queremos que eles busquem a proficiência em si. A conquista dessa proficiência pode ser representada por uma medalha, carimbo ou estrela. O professor determina as conquistas a serem alcançadas e fornece instruções sobre como fazê-las, o que pode chamar de missões. Cada conquista deve ser atingível com atividades curtas.

Por exemplo, fazer uma lista de exercícios sobre o Tiradentes na aula de história pode ser a missão que tem como recompensa a medalha “Inconfidência Mineira”. Para conquistar a medalha “Movimentos Emancipacionistas”, o aluno deve conseguir um conjunto de medalhas, como a já falada da “Inconfidência Mineira”, ou da “Revolução Pernambucana”, entre outras. O professor seria o juiz que entrega os prêmios, mas pode até delegar a responsabilidade a alunos que conquistarem o direito. As conquistas, na verdade, devem coexistir com as notas tradicionais, mas são apresentadas no lugar das notas como uma forma mais motivadora de estudar.

Dica 2: Abra espaço para colaboração

O momento em que estamos fazendo uma prova é de pura concentração. É comum observar os estudantes comentando e compartilhando as respostas ao final da prova. Lamentamos cada erro cometido e desejamos voltar no tempo para corrigir – é, também fomos estudantes um dia.

Acontece que aprender com os erros é uma excelente prática. Não desperdicem este momento, professores. Façam o seguinte: cada aluno assina sua prova com um código que só ele e o professor conhecem. Realizada a avaliação, o professor corrige, mas marca nas provas apenas o número de erros e de acertos. Em outro momento, devolve as provas aos seus alunos, mas não para o dono. Nessa hora, cada um tem a chance de aumentar a nota de algum colega, identificando e corrigindo os erros. As regras sobre o peso da correção, a forma de correção, são determinadas pelo professor. Uma terceira chance da mesma atividade pode ser realizada, caso o professor queira. Imaginem só a alegria dos alunos em conseguir notas melhores ao mesmo tempo em que aprendem melhor sobre o assunto estudado!

Dica 3: Valorize competências e conhecimento no lugar de informação

Estudantes precisam muito mais de conhecimento do que de informação. A informação está disponível gratuitamente para qualquer pessoa com acesso à Internet. Assim, evitem passar para os alunos trabalhos que podem ser feitos com uma simples busca no Google. Para isso, tente envolver alguma das competências do século 21. A lista completa dessas competências pode ser encontrada em matéria do Porvir.

Por exemplo, em uma aula de geometria, o professor pode pedir aos alunos que construam, em grupo, alguma peça em madeira que use os conceitos aprendidos em classe. Ou que os alunos de história montem grupos e desafiem outros grupos com perguntas sobre o assunto estudado. Uma simples tarefa de pesquisa tem muito mais valor quando se limita o tamanho dos textos a serem entregues, obrigando o aluno a ler e entender sobre o assunto, para então conseguir resumi-lo.

Dica 4: Introduza o elemento surpresa na aula

É certo pensar que as regras para aprovação em uma sala de aula devem ser claras e iguais a todos. Porém, o professor, como educador, pode modelar o sistema com o objetivo de melhorar a motivação e o aprendizado dos seus alunos, desde que não prejudique ninguém com essas surpresas. O sentimento de que, a qualquer momento, dependendo da sorte, podemos ser recompensados de alguma forma, faz qualquer ser humano ficar mais atento no seu ambiente. Esse elemento de surpresa e sorte pode parecer completamente aleatório para o estudante, mas não precisa ser tão aleatório na perspectiva do professor. Ninguém precisa saber que o professor deu uma mãozinha ao aluno que ele acha que precisa de mais motivação, não é verdade? Vejam alguns exemplos:

Chocolate surpresa: Fim de aula, o professor sorteia um aluno. Esse aluno ganha um papel com uma pergunta escrita. Caso responda a essa pergunta na hora, ele ganhará dois chocolates. Se levar para casa e devolver respondida, ganha apenas um chocolate.

Convidado Especial: Levar um convidado especial para ajudar na aula. Pode ser um engenheiro civil falando sobre como a matemática é usada no seu trabalho diário. Ou levando um cachorro de estimação para ilustrar a aula de biologia dos mamíferos.

Obviamente, não há respostas fáceis ou simples para os desafios que a educação enfrenta. A única certeza, porém, é que precisamos enfrentá-los de mente aberta, sempre prontos a tentar algo novo e aprender rapidamente. Essas dicas vão nesse sentido.


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avaliação, competências para o século 21, gamificação

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22 Comentários
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Thais

O link em “materia” da dica 3 dá erro 404…gostaria de ver essa matéria. Obrigada!

Edmundo

O link correto é esse aqui: http://porvir.org/porpensar/conheca-competencias-para-seculo-21/20120814
Basta retirar o ponto no final ;-)

Abraços!

frieda

Achei os quqtro itens acima citados, maravilhosos. Como fazer chegar este projeto ao maior numero de professores em todo o mundo, ja que esse e um problema mundial;
PARABENS a quem escreveu este artigo

Marilinda Jaques

Adorei o conteúdo e as boas ideias colocadas no artigo 4 práticas que levam o aluno a aprender com alegria. Simples e viável. Muito bom!

Ivan Linares

Estranho… Aqui diz que são sete comentários e só achei quatro. Cadê os outros três?

Fernanda

Antro?

Inês Dantas de Souza

Fiquei atenta as dicas apresentadas,acho de extrema importância maneiras/sugestões para despertar, ou melhor, aguçar a motivação dos jovens.Tenho a impressão, que todo esforço ,é sempre bem vindo quando se trata do aprimoramento seja pessoal ou profissional.Mas destaco que no século XXI, o maior desafio é concorrer com a era digital e o “imediatismo” que as pessoas estão induzidas com um sistema do cotidiano.

Rosa Casati Ramaldes

Ensinar é apreender sempre… É conhecer e reconhecer boas propostas de atividades dinâmicas. Envolver o aluno é fundamental, parabéns pela matéria.
Rosa C. Ramaldes

Osmânio

Excelente. Gostaria de por em pratica. Principal mente a de troca de provas…as outras mudaria alguma coisa, sem ser o método em si.

Cleber

Muito bom o artigo, eu tenho dois filhos um de 8 e 11 anos e li o artigo buscando maneiras de motivá-los a estudares mais. Parabéns, pois no meu intimo deveria haver mais essa liberdade do professor para o aluno. Um exemplo é meu filho mais novo, o Luan, estudo com ele para a provinha e ele responde tudo, mas no momento da prova não saber como passar para o papel, aí seu desempenho cai, não concordo de haver apenas as formas cognitivas para avaliar o aluno.

Maria Andade

Adorei. Ja imagino os alunos numa sala de aula interessados, participativos e alegres. Na maioria das vezes, citam teorias de que o professor deve motivar os alunos , tomando certos cuidados, etc., etc., mas dificilmente dao exemplos concretos de aulas que deram certo. Sei q cada professor tem o seu jeito, o seu método e que se deve usar de criatividade, mas é sempre bom conhecer outras práticas.

Maria Luanna

Eu sou linda Emtao quero fazer esse projeto

Inês Dantas de Souza

Fiquei atenta as dicas apresentadas,acho de extrema importância maneiras/sugestões para despertar, ou melhor, aguçar a motivação dos jovens.Tenho a impressão, que todo esforço ,é sempre bem vindo quando se trata do aprimoramento seja pessoal ou profissional.Mas destaco que no século XXI, o maior desafio é concorrer com a era digital e o “imediatismo” que as pessoas estão induzidas com um sistema do cotidiano.

Fernanda

Antro?

Ivan Linares

Estranho… Aqui diz que são sete comentários e só achei quatro. Cadê os outros três?

Marilinda Jaques

Adorei o conteúdo e as boas ideias colocadas no artigo 4 práticas que levam o aluno a aprender com alegria. Simples e viável. Muito bom!

frieda

Achei os quqtro itens acima citados, maravilhosos. Como fazer chegar este projeto ao maior numero de professores em todo o mundo, ja que esse e um problema mundial;
PARABENS a quem escreveu este artigo

Maria Andade

Adorei. Ja imagino os alunos numa sala de aula interessados, participativos e alegres. Na maioria das vezes, citam teorias de que o professor deve motivar os alunos , tomando certos cuidados, etc., etc., mas dificilmente dao exemplos concretos de aulas que deram certo. Sei q cada professor tem o seu jeito, o seu método e que se deve usar de criatividade, mas é sempre bom conhecer outras práticas.

Maria Luanna

Eu sou linda Emtao quero fazer esse projeto

Lina Ramos

Embora eu seja professora de informática, eu não gosto muito que algum professor desavisado queira utilizar minha aulinha preciosa para fazer pesquisa. Eu gosto de estimular o aluno a criar seu próprio material e compartilhar com o grupo. Daí quando algum professor de sala entende isso, sai bons materiais. Eles já fizeram quiz em power point utilizando hiperlinks e esse ano eles criaram personagens com formas geométricas e criaram histórias em quadrinhos sobre revolução industrial. São resultados bem mais interessantes do que chegar lá e fazer uma simples pesquisa no Google. E ainda sobre a gamificação é bem legal. Eu criei um projeto de leitura (na informática) e a cada dez livros lidos, devolvidos e registrados no nosso viciômetro eles ganham um diploma do leitor formiga (esse é o primeiro da hierarquia) o último será o leitor leão. Algumas dessas experiências eu compartilho no meu site http://www.linolica.com.br

Academia Superar

Muitos são os estudos e crenças que têm cercado a transformação pessoal ao longo do tempo.
Entretanto para que possamos ter clareza acerca desse assunto, é necessário termos o conceito de transformação pessoal bem definido.
A palavra transformação vem do Latim TRANSFORMARE, que significa “fazer mudar de forma, aspecto”, e é composto pela palavra TRANS-, ou seja, através, somado a FORMARE, “dar forma”, ou seja aspecto, molde ou aparência.
Concluímos que transformação é mudar de forma, aspecto, modelagem. E quando falamos em pessoal, refere-se à sua própria mudança, de mentalidade, de crenças e de vida.
É bem verdade que não é tarefa fácil, e nem mágica! Se algum dia você ouviu que é mágico, ou transcendental, desculpe, mas é mentira.
Ou pelo menos o início dessa transformação talvez possa ser um pouco mais trabalhosa, porque é obvio que mudanças geram resistência. Mesmo mudanças que contribuirão para o nosso melhor, vão sim produzir esse sentimento de resistência que na verdade está mais ligado à “preguiça” ou medo de tentar.
É um conformismo totalmente nocivo, que nos impedem de conhecer e vivenciar um próximo nível. Com mais excelência, positividade e qualidade de vida.
Venha cutir nosso blog :

Moscoso

Sugestões maravilhosassssss!!!!!

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