Filme independente destaca novos modelos educacionais
Educação Proibida mostra 45 experiências educativas não convencionais; longa está disponível gratuitamente on-line
por Vagner de Alencar
20 de agosto de 2012
Jovens argentinos de 20 e poucos anos viajaram oito países ibero-americanos para produzir um documentário com o intuito de ajudar as pessoas a refletir sobre modelos educacionais. Eles conheceram 45 experiências de ensino não convencionais e entrevistaram 90 educadores e especialistas para tentar apontar novas alternativas educacionais. O resultado dessa viagem é o longa-metragem independente La Educación Prohibida (A Educação Proibida, em tradução livre), lançado mundialmente este mês e que está disponível gratuitamente on-line e também em um formato de distribuição livre, onde qualquer pessoa pode reproduzir o documentário em salas de cinema.
A ideia é fazer com que as pessoas repensem metodologias, valorizem a diversidade educativa, a liberdade pedagógica e curricular. O filme mostra, por exemplo, experiências de diferentes países com o home-schooling, movimento conhecido como ensino em casa ou educação sem escola, que se popularizou nas últimas décadas. (Leia matéria publicada no Porvir sobre pais que preferem educar os filhos em casa) .
Segundo o diretor Doin Campos, 24, existe hoje uma necessidade de se refletir sobre o papel da escola, que precisa se democratizar profundamente. “Muitas vezes, o que acontece nas aulas não coincide com o que se espera dos alunos. Isso ocorre porque a escola mantém uma estrutura rígida, que impõe ideias e esquece de promover as experiências de vida”, afirma.
Esse conceito também é reforçado por alguns entrevistados que acreditam que a sala de aula está “aquém de ser um espaço educativo”. Para William Rodríguez, do Instituto Popular de Cultura Cali, da Colômbia, “muitas vezes, o que acontece na escola não é importante, ele nem sequer chega a ser um lugar de formação, mas sim uma grande creche.”
Já para Ana Julia Barnadas, do instituto Montessori Palau Girona, da Espanha, os espaços educativos não atraem os estudantes: “os alunos aprendem de forma forçada nesses processos de aprendizagem”.
Redes colaborativas
Desde seu lançamento, no último dia 13, mais de um milhão de pessoas consultaram a página do filme, que já registrou mais de 180 mil downloads. Como forma de levar a mais pessoas a mensagem do documentário, o grupo criou um guia passo a passo para que outras pessoas possam realizar exibições independentes em faculdades, escolas, centros culturais e outros espaços. Todas elas ficam disponíveis em um mapa on-line. “O interessante é que os mesmos espectadores também podem se tornar distribuidores e, assim, passam a compartilhar e difundir o filme”, afirma o diretor.
A colaboração esteve presente desde o início, quando o projeto se inscreveu numa plataforma de crowdfunding e foi inteiramente financiado por meio de doações. A proposta era fazer com que os doadores também se tornassem coprodutores do filme. O projeto também contou com a colaboração voluntária de profissionais como músicos que ajudaram compondo letras a trilha sonora, as bandas que liberam direitos autorais ou até mesmo os designers que criaram a arte gráfica.
E quem quiser colaborar ainda pode: na página do filme, há guias que instruem usuários a legendar o longa em outras línguas.







Um filme impactante e verdadeiro. Todos devemos refletir sobre como educar de verdade um indivíduo.
De fato a escola precisa saber qual seu papel na sociedade, por que o que se tem visto é uma escola sem proposito que não forma e/ou educa ninguem para nada. So se ver uma maquiagem do processo de ensino aprendizagem.
Sensacional. O caminho é este mesmo. Temos que tentar algo diferente nos meios de educação, onde os protagonistas sejam os alunos. Nos Brasil, o educador português José Pacheco vem desenvolvendo um trabalho belíssimo. Que Deus ilumine e abençoem a todos nós que estamos nesta procura.
Creio que, no Brasil, antes de entrar neste questionamento, que é , sem dúvida, significativo, o problema é a urgente capacitação deste enorme capital humano , jogado às traças, através de uma escolaridade básica competente, mesmo que seja a tradicional, que permita o aprendizado da escrita, leitura e compreensão, mais a aritmética básica.
O propósito desta abordagem da educação proibida deveria vir logo após cumprida a primeira e essencial etapa: transformar o ser vivente num cidadão- eleitor consciente dos seus direitos e obrigações, antes de querer modificar o mundo , o que , de fato, envolve, muita perplexidade.Em resumo; antes de querer induzir novas ideologias, priorizar a indispensavel alfabetização básica, o que já é tarefa para ninguem botar defeito. Pelo menos, para o estágio em que a escolaridade está aquí , no Brasil, ela é totalmente prioritária.
German Doin participará do webcast de estreia da trilha “Diálogos sobre Educação Livre” dia 4/out, das 17h às 18h (BSB) no http://www.dialogos.educartis.com.
O público pode participar e enviar seus comentários e perguntas ao vivo. Depois o vídeo da entrevista ficará disponível no http://www.educartis.com/dialogos/.
Participe e divulgue esta iniciativa que pretende estimular a discussão sobre uma nova educação.
No Brasil a educação é entendida como sinal de sucesso na ciranda financeira, não formamos cidadãos e sim competidores para a guerra do capital, muitos colegas de profissão entende cidadania como balela ou papo para boi dormir.
Tenho projetos sobre a construção da cidadania nos conteúdos escolares e são poucos professores que entenderam o propósito, mas continuo na luta até morrer.
Creio que, no Brasil, antes de entrar neste questionamento, que é , sem dúvida, significativo, o problema é a urgente capacitação deste enorme capital humano , jogado às traças, através de uma escolaridade básica competente, mesmo que seja a tradicional, que permita o aprendizado da escrita, leitura e compreensão, mais a aritmética básica.
O propósito desta abordagem da educação proibida deveria vir logo após cumprida a primeira e essencial etapa: transformar o ser vivente num cidadão- eleitor consciente dos seus direitos e obrigações, antes de querer modificar o mundo , o que , de fato, envolve, muita perplexidade.Em resumo; antes de querer induzir novas ideologias, priorizar a indispensavel alfabetização básica, o que já é tarefa para ninguem botar defeito. Pelo menos, para o estágio em que a escolaridade está aquí , no Brasil, ela é totalmente prioritária.
Eu estou encantada com esse documentario, me fez refletir muito sobre a educação e me fez buscar mais conhecimentos sobre a educação Montessori. Eu sempre apoiei mesmo que sem saber o nome de um sistema educacional não tradiciional como este que vemos á decadas, mas sim uma escola que proporcione o educando ser autonomo, mais livre para se expressar e aprender.. Esse documentario demorou anos para chegar até o meu conhecimento, mesmo cursando Licenciatura na universidade, nunca me apresentaram