Prevendo o futuro da educação e da tecnologia
Veja adaptação de infográfico do futurista Michell Zappa, que traz tecnologias emergentes capazes de impactar o ensino
por Redação 2 de janeiro de 2013
A educação vive hoje um turbilhão de mudanças provocado pelo desenvolvimento tecnológico. De um lado, ela tem a responsabilidade de preparar o aluno para um mundo em constante mudança e crescentemente mais complexo. De outro, na prática da sala de aula, as mudanças não ocorrem na velocidade que se espera. “Essa dicotomia é particularmente agravada quando se fala em tecnologia, em que as únicas constantes são a inovação rápida e as mudanças frequentes”, diz o futurista Michell Zappa, brasileiro e cidadão do mundo, que ficou conhecido ao importar as tendências da tecnologias para as mais diversas áreas, tentando antever seus impactos em um futuro próximo.
Uma de suas produções mais populares foi justamente aquela em que tratou do futuro da educação – foi, inclusive, considerado pela Fast Company um dos infográficos mais importantes de 2012. O Porvir traduziu (o original é em inglês), adaptou e traz aqui a imagem, que tem por objetivo organizar uma série de tecnologias emergentes e que podem influenciar a educação nas próximas décadas. “Apesar de sua [do infográfico] natureza inerentemente especulativa, as tendências que estão por trás da tecnologia já podem ser observadas, o que significa que é uma questão de tempo antes de esse cenário começar a aparecer mais claramente nos ambientes de aprendizagem ao redor do mundo”, diz ele.
Em sua proposta, Zappa tem uma linha do tempo até 2040 com seis temas centrais que se subdividem, se entrelaçam e se apresentam em três espaços distintos: as salas de aula, as oficinas e os ambientes virtuais. A sala de aula é por Zappa entendida como o local onde o paradigma predominante é o de um professor, que se dirige unidirecionalmente a dezenas de alunos reunidos em um espaço físico. Não por acaso é a primeira a aparecer. Em seguida, estão as oficinas – ou ateliês –, ambientes de ensino-aprendizagem entre pares onde grupos discutem, aprendem e resolvem problemas juntos e onde o professor deve agir como um facilitador. Por fim, aparecem os ambientes virtuais, espaços em que aprendizado, discussões e avaliações ocorrem, não importando a presença física ou a localização geográfica dos envolvidos.
Q venha o futuro! \o/
Acredito agora, que o Brasil vai ter o 1° lugar na educação.
Parabéns equipe Porvir pela tradução!
Fico super feliz em constatar que a gente já fazia muita coisa desse “futuro” desde 2004 no Educarede! E de forma aberta!
Infelizmente, o Educarede como era não existe mais e ainda não conheço ambientes ou projetos com proposta parecida…
Mas, em breve, o Edukatu será lançado, uma rede de aprendizagem sobre consumo consciente que ajudamos o Instituto Akatu a construir. Assim que tiver mais informações, conto pra vcs.
beijos e feliz 2013!
As salas de aula do Telecurso já trabalham assim, o professor faz a mediação pedagógica. A avaliação é considerada um “aliado” da aprendizagem, é no”memorial”que o estudante registra o seu crescimento, dúvidas, reflexoes, etc.
Interessante e necessário não existe educação sem tecnologia mesmo porque os alunos utilizam dessa tecnologia o tempo todo para se comunicarem.. A tecnologia na educação é uma ferramenta útil e prática para o aprendizado, a educação pode evoluir não ficando mais fechada em quatro paredes numa sala de aula estafante com alunos e professores estressados. .
Parabéns e vamos lá.
Isto é uma bela prova para que os nossos governantes comecem a investir de verdade em coisas que realmente farão a diferença para o futuro de nossos jovens e do mundo não amanhã, mas sim hoje…agora!
É uma uma projeção pertinente , tecnologia em educação é para auxiliar o professor , tornar a mediação pertinente. Saber usar as tics em favor do aprendizado já é uma obrigação do professor.
Ótima matéria…parabéns aos responsáveis..Ainda assim, creio que o maior desafio dos educadores seja envolver o aluno, fazendo com que ele tenha real interesse em aprender..
Que venha o futuro!!
Tô fazendo Pós com esse tema!
SOS- misericórdia para
as crianças
Ivone Boechat
A sociedade vive
sobressaltada, de cabelo em pé, com o resultado do seu próprio estilo de vida. É
muito barulho pra todo lado. Aí, a própria família, essa que reclama tanto do
incômodo, basta alguém comemorar o aniversário e o barulho é o primeiro
convidado a chegar. Nas festas de casamento então, o barulho chega de fraque e
cartola. Os convidados, coitados, que imaginavam rever amigos e botar o assunto
em dia, nem pensar. Ninguém consegue falar, só se gritar para saber, pelo
menos, como o outro vai. Aliás, na primeira chance as pessoas vão saindo,
estressadas e frustradas. É para economizar o consumo? É chic? É moda? É
claro que um fundo musical na festa é maravilhoso! Mas, por que tanto volume? E
não adianta pedir para baixar o som, o profissional contratado, o dj,
tem poder; manda na festa e você pode morrer fuzilado com uma guitarra apontada
para o seu ouvido que ninguém socorre ninguém.
Por onde anda a educação?
As crianças
não escapam dessa maluquice de botar o som em último volume nas comemorações,
pasmem, a partir de um ano de vida! Mas reparem como os pimpolhos homenageados
se comportam na festa: desesperados, choram, querem tirar a roupa, os sapatos,
os penduricalhos do cabelo, e geralmente os avós ou algum voluntário bom
samaritano sai com a vítima aos farrapos, para dar uma volta lá fora, onde o
aniversariante acaba dormindo, aliviado, longe dessa zoeira horrorosa! É um
caos! Enquanto isso, uma nuvem de sofredores de tenra idade se esforçam para
ficar na festa, anestesiados pela esperança de ganhar os brindes. Ufa!
Que sacrifício! A maioria chega a casa e haja mecanismos para baixar a overdose
de adrenalina.
A Escola não pode de maneira nenhuma se
omitir na educação sobre o uso inteligente do som.
Os profissionais têm também que baixar o
volume dos equipamentos utilizados nas aulas. É um horror! Os professores devem reduzir o volume da voz.
Por que gritar tanto assim? Numa conversa normal, com pessoas educadas falando,
o decibelímetro marca 30, 35 decibeis! Imagina o incomodo de quem é obrigado a
participar de uma aula com 60 decibéis ou mais dos professores que só gritam? O
resultado é este que se registra: de cada cinco crianças, nas três primeiras
séries do ensino fundamental, somente uma é capaz de ler e entender uma frase
escrita! É só porque o professor grita? Não! Claro que não, mas que a gritaria
interfere, ah! Interfere, sim.
“O excesso de
ruído causa na massa cinzenta um estímulo desnecessário, que a deixa acelerada,
sem motivo. Ficamos em alerta, como se estivéssemos em perigo”, explica
Fernando Pimentel de Souza, neurofisiologista da Universidade Federal de Minas
Gerais. Isso significa produção em excesso de cortisol, o hormônio do estresse, em picos indiferente”.
.
Excesso de
som altera a química cerebral: barulho
excessivo das indústrias, canteiros de obras, meios de transporte, áreas de
recreação, recreio da escola, festas, reuniões, etc. estratosféricos, no organismo. “É
uma estratégia de defesa, que o próprio cérebro, agredido, articula”,
justifica o psicólogo Esdras Vasconcellos, da Universidade de São Paulo. Faz
sentido, por se tratar de uma reação que prepara o corpo para se proteger de um
possível problema”.
“O ouvido é
o único sentido que jamais descansa, sequer durante o sono. Com isso, os ruídos
urbanos são motivos a que, durante o sono, o cérebro não descanse como as leis
da natureza exigem. Desta forma, o problema dos ruídos excessivos não é apenas
de gostar ou não, é, nos dias que correm, uma questão de saúde, a que o Direito
não pode ficar “A Escola
localizada no centro nervoso das cidades tem o ensino prejudicado. Pesquisadores
da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, ao avaliar os efeitos do som
do trânsito diurno em alunos do 7º ano, chegaram à conclusão que alunos que
estudam em escolas localizadas em áreas de tráfego intenso tiveram pior
resultado nos testes de leitura – uma defasagem de sete meses – em relação às
turmas de instituições situadas em áreas mais silenciosas”.
Então, mãos à
obra: família, escola, igrejas, amigos, todo mundo; baixem o volume do som!
Use-o, com inteligência!
Sensacional!
gostei mesmo!
Tudo muito incrível enquanto teoria, pena que no Brasil não vai rolar enquanto a educação não por tratada como prioridade.