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Inovações em Educação

Plataforma integra aplicativos de matérias diferentes

Smartlab fornece relatório inteligente e exige apenas um login para alunos acessarem ferramentas do Google, Britannica e Guten News, dentre outras

por Vinícius de Oliveira ilustração relógio 17 de dezembro de 2015

Para transformar a relação da escola com a tecnologia e tornar a experiência de alunos e professores mais divertida e prática, o grupo educacional espanhol Santillana lança no Brasil a plataforma Smartlab. Trata-se de uma solução que oferece diversos aplicativos em um único lugar no mundo virtual e também propõe uma completa releitura do laboratório de informática para torná-lo um espaço privilegiado para trabalho colaborativo.

Com investimento de R$ 25 milhões, a Smartlab trabalha com foco em quatro competências, avaliadas como fundamentais pela empresa para o século 21: conhecimento, autonomia, empreendedorismo e inovação/criatividade. A plataforma funciona com a ajuda de qualquer programa de navegação, sem a necessidade de download e exigindo apenas um nome de usuário e senha. Como um dos principais recursos está o fato de conversar com produtos digitais de 12 startups brasileiras e estrangeiras, integrando o resultado dos alunos em um relatório. Neste início, estão presentes nomes conhecidos como a família de aplicativos do Google, a Enciclopédia Britânica, os jogos da brasileira Tamboro e os conteúdos informativos para crianças da Guten News, dentre outros.

“O maior desafio foi encontrar conteúdos no Brasil, já prontos, que tinham condição de se integrar. Alguns nos viam como concorrentes porque agiam por conta própria, com eles mesmos chegando às escolas. A gente enfrentou de tudo”, disse ao Porvir Ana Claudia Ferrari, gerente de conteúdo da Smartlab, durante o lançamento do projeto, no último mês de novembro.

A ideia de integrar apps de diferentes áreas do conhecimento para subsidiar a tomada de decisão em escolas e redes de ensino foi um dos conceitos trazidos pelo Porvir na matéria Tendências na educação em 2015. A medida, de acordo com Michael Horn, especialista em ensino híbrido, é necessária para evitar dispersão dos dados e permitir a compreensão de tudo o que se faz nos dispositivos eletrônicos no ambiente escolar.

Tudo o que acontece é registrado e colocado de volta no banco de dados para que o professor consiga saber quanto tempo o aluno passou em cada aplicação e qual foi a nota que ele tirou

“Professores e gestores vão conseguir olhar para suas turmas e saber quais são os alunos que precisam de mais ajuda”, diz Robson Lisboa, um dos idealizadores do projeto. No caso do gestor, exemplifica, esse trabalho pode ser feito em tempo real e, a alguns cliques de distância, pode-se descobrir, com apoio de gráficos inteligentes, o nível de matemática de 150 escolas da rede na atividade da última semana. “Tudo o que acontece é registrado e colocado de volta no banco de dados para que o professor consiga saber quanto tempo o aluno passou em cada aplicação e qual foi a nota que ele tirou”.

Para a Smartlab, a Santillana estabeleceu um modelo de vendas em que escolas pagam uma mensalidade de R$ 39,90 por aluno, esteja ele na educação infantil, no ensino fundamental ou médio. Segundo Lisboa, esse valor representa um terço do total que seria investido caso o gestor decidisse pela aquisição individual de cada uma das aplicações.

No momento da implantação, é realizada uma oficina com professores. Ao longo do ano, caso surjam dúvidas, poderá ser oferecida uma formação online em período a ser determinado pela escola.

 

Além das atividades virtuais, a Smartlab também quer mudar a maneira com que se aprende no ambiente físico das escolas. Sai o tradicional laboratório de informática, com computadores disputando espaço com alunos e entra em cena uma sala planejada pelo arquiteto Kiko Sobrino, com mesas moduladas como blocos do jogo Tetris para trabalhos em grupos, além de áreas para diversão e colaboração, em um cenário que lembra os escritórios de grandes empresas de tecnologia.

“Se o futuro coloca isso como tendência, por que não colocar isso na base? A base é a educação”, indaga Sobrino. Segundo o arquiteto, a proposta é levar alguns princípios de espaços de coworking para as escolas e ter a possibilidade de quebrar a hierarquização para ensinar ciências, sustentabilidade e design. “O didático evoluiu, mas a escola esqueceu que existe a necessidade de uma iluminação própria para aprender, que é preciso ter um ambiente colaborativo”.

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aplicativos, big data, educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, formação continuada, personalização, tecnologia, videoaulas

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