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Inovações em Educação

3 maneiras de ensinar planejamento reverso aos estudantes

Entenda como o desenvolvimento de atividades a partir do planejamento reverso pode melhorar a função executiva

por Sarah Kesty, para o Edutopia ilustração relógio 9 de junho de 2023

Vamos jogar um jogo. Imagine que você está conversando com um estudante e complete esta frase: “Seu projeto deve ser entregue amanhã, e você deveria ter…”. O que quer que venha após as reticências identifica um conjunto de habilidades ausentes, provavelmente relacionadas à FE (função executiva).

Pesquisas recentes destacam a importância das habilidades de função executiva, com a sugestão de que podem ser mais importantes para os resultados da vida do que o próprio QI. Ensinar a habilidade de planejamento reverso desenvolve diversas habilidades de FE nos estudantes e fornece suportes para o sucesso e a independência deles.

➡️ Saiba mais sobre como apoiar estudantes a desenvolver funções executivas

O que é planejamento reverso?

O planejamento reverso é exatamente o que o nome sugere. É o ato cognitivo de planejar e agendar cada etapa, partindo do prazo de entrega até o momento presente. Na sala de aula, exemplos de planejamento reverso são abundantes. Os professores o utilizam para planejar quando começar a preparar os alunos para avaliações futuras ou quando anunciar projetos. Até mesmo reservar tempo suficiente de manhã para chegar à escola a tempo é resultado de um planejamento reverso bem-sucedido. Você programa o despertador planejando primeiro quanto tempo precisa para se arrumar e depois contando para trás para encontrar o horário do despertador – isso é planejamento reverso.

Os estudantes frequentemente fazem planejamento reverso para eventos sociais, como agendar a compra de um traje para a festa de formatura algumas semanas antes do evento. Muitos estudantes também podem fazer planejamento reverso para eventos acadêmicos, reservando vários dias para se preparar para uma avaliação ou trabalho. Essa habilidade, embora crucial, não é inata e pode ser desenvolvida por meio de aulas, prática e reflexão.

Confira 3 maneiras de ensinar o planejamento reverso

1. Eventos futuros. Uma forma envolvente de ensinar o planejamento reverso está se desenvolvendo em nossas salas de meio de ano: eventos de final de ano, excursões e ritos de passagem apresentam oportunidades de aprender e praticar o conjunto de habilidades de planejamento reverso. Ao discutir eventos futuros com seus alunos, considere aprofundar o que vem a seguir, fazendo as seguintes perguntas em preparação para o evento:

  • O que este evento requer que você tenha, seja capaz de fazer ou já tenha feito?
  • Quando você se imagina no evento, o que está fazendo, vestindo ou segurando?
  • Faça um filme em sua mente das semanas e dias antes do evento: Cada cena que você imaginar pode se tornar uma etapa em seu processo de preparação.
  • Quem precisa saber sobre o evento? Com que antecedência eles precisam ser informados?

2. Avaliações. Projetos e ensaios são oportunidades mais claras para o planejamento reverso, mas não descarte as avaliações! Você pode apoiar estudantes a planejar suas estratégias, estimar o tempo necessário e programar suas sessões de estudo.

3. Solução de problemas, considerando estudantes neurodivergentes. Para estudantes com dificuldades de aprendizagem, TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) ou autismo, a prática, o feedback (retorno avaliativo) e os ajustes serão vitais para dominar qualquer habilidade relacionada às funções executivas. 

Considere tornar as etapas invisíveis do planejamento reverso concretas e visíveis para eles, criando cartões de tarefas (fisicamente ou digitalmente) que listem as etapas básicas. O apoio em pequenos grupos pode ser melhor ao ajudar os estudantes a enfrentar um projeto com grande peso em sua nota. Lembretes e verificação dos prazos das etapas incrementais serão essenciais para estudantes com habilidades emergentes de FE.

Desenvolver a função executiva capacita os estudantes para o sucesso na escola e na vida. A ótima notícia é que podemos fazer isso com pequenos ajustes em nossa pedagogia, unindo-nos aos nossos estudantes para experimentar e aperfeiçoar até encontrarmos uma ótima fórmula de estratégias que funcionem!

* Publicado originalmente em Edutopia e traduzido mediante autorização
© Edutopia.org; George Lucas Educational Foundation


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competências para o século 21, neurociência, tecnologia

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