LGBTQIAP+: Livros, filmes e planos de aula para o debate na escola - PORVIR
Crédito: Freepik, com arte de Ronaldo Abreu/Porvir

Inovações em Educação

LGBTQIAP+: Confira livros, filmes e planos de aula para o debate na escola

A fim de apoiar as conversas sobre identidade de gênero e orientação sexual em sala de aula, o Porvir ouviu professores e especialistas para disponibilizar uma curadoria com materiais para o planejamento pedagógico. Confira!

por Ana Luísa D'Maschio / Beatriz Cavallin / Ronaldo Abreu ilustração relógio 27 de junho de 2023

As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica orientam a organização, articulação, o desenvolvimento e a avaliação das propostas pedagógicas de todas as redes de ensino brasileiras. E enfatizam que as escolas devem estar atentas à diversidade, inclusive no que diz respeito a gênero e orientação sexual. 

Para o ensino fundamental, destacam-se a importância de abordar “saúde, sexualidade e gênero”, reconhecendo que a puberdade é um momento em que os adolescentes “modificam as relações sociais e os laços afetivos” e adquirem “as aprendizagens referentes à sexualidade e às relações de gênero”.

Contudo, por preconceito, medo de errar ou confusão de conceitos, as questões de identidade de gênero e de orientação sexual por vezes passam longe do debate em sala de aula. Mas não falar sobre o assunto faz parecer que ele não existe, e isso tem como resultado a exclusão de crianças, adolescentes e jovens que fazem parte da comunidade LGBTQIAP+ (você confere o significado de cada letra no infográfico abaixo).


Neste mês de junho, no qual a luta e o orgulho LGBTQIAP+ são celebrados, o Porvir realizou o webinário “Questão de gênero é questão da escola”, a fim de apoiar a reflexão sobre o tema. Além disso, a redação ouviu professores e especialistas para montar uma curadoria de materiais voltada ao debate de gênero nas escolas, com filmes, livros, materiais e planos de aula. Importante: os itens sugeridos contêm classificação indicativa, mas indicamos que professores assistam/acessem para avaliar se o conteúdo está de acordo com suas propostas pedagógicas.

Sugestões das educadoras Dayanne Louise (professora da rede pública de ensino de Pernambuco e doutoranda em educação), Lucas Dantas (professora na pós-graduação do Instituto Singularidades e doutoranda em educação) e da redação do Porvir.

Se essa escola fosse minha (Fellipe Marcelino e Letícia Leotti)
O documentário apresenta as experiências e situações de violência vivenciadas por estudantes LGBTQIAP+ no ambiente escolar e propõe o debate sobre a discussão de gênero e orientação sexual nos planos de educação.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível no YouTube

Depois da tempestade – A LGBTFobia na escola (Bruno Nomura, 2018)
O documentário universitário traz o cenário escolar e o quanto ele costuma ser desafiador para pessoas LGBTQIAP+. Qual é o espaço na escola para quem não se encaixa no padrão heterossexual e cisgênero?
Disponível no canal Bendita Geni, no YouTube. Se quiser solicitar o arquivo original para realizar exibições em escolas, entre em contato pelo benditagenipodcast@gmail.com

Conversas que Inspiram (Grupo Dignidade, 2022)
Produzido pelo Grupo Dignidade e apoiado pelo Instituto Unibanco, o documentário apresenta depoimentos profundos sobre as experiências de pessoas LGBTQIAP+ no ambiente escolar.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível no YouTube

Meu corpo é político (Alice Riff, 2017)
O cotidiano de quatro pessoas LGBTQIAP+ que vivem na periferia de São Paulo: Linn da Quebrada, artista e professora de teatro, Paula Beatriz, diretora de escola pública no Capão Redondo, Giu Nonato, jovem fotógrafa em fase de transição, e Fernando Ribeiro, estudante e operador de telemarketing.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível gratuitamente no Globoplay (basta fazer cadastro)

Quem sou eu? (2017)
Nesta série exibida pelo “Fantástico”, da Rede Globo, e adaptada para a Globoplay, a jornalista Renata Ceribelli apresenta histórias de pessoas trans. O programa ganhou o prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos de 2017.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível gratuitamente no Globoplay (basta ter cadastro)

Vestido nuevo (Sergi Pérez, Espanha, 2008)
Mostra a história de um menino, que, em um dia de Carnaval, chega à escola de vestido rosa e unhas pintadas. Com apenas 13 minutos de duração, o curta traz à tona como o ambiente escolar possui um papel fundamental e formador, nesses casos. Mostra, ainda, a forma diferente como adultos e crianças lidam com a questão.
Classificação indicativa: 12 anos
Versão em espanhol (sem legendas) disponível gratuitamente no site da RTVE Play e no Vimeo do diretor

“The Light”, videoclipe da banda HollySiz (Benoît Pétré, França, 2014)
O vídeo é um clipe de uma canção com pouco menos de 4 minutos de duração. Um menino decide, um dia, ir à escola de vestido. Mostra, sobretudo, que os preconceitos podem e devem ser superados.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível no YouTube

Palloma (William Tenório, 2015)
Com 9 minutos, o curta-metragem traz a história de Palloma, uma mulher trans, sertaneja, na luta pelo reconhecimento identitário de forma respeitosa, no sertão do Pajeú do Piauí.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível no YouTube

Tão bonita que tão medonha (Direção coletiva, 2019)
Na cidade pernambucana de Triunfo, as “veinha”, como são conhecidas, surgiram como uma manifestação feminista das mulheres da cidade, que reivindicavam por espaço para brincarem o Carnaval.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível no YouTube

Maria Clara – A História Incompleta de Brenda e de Outras Mulheres (Chico Ludemir, 2016)
O vídeo faz parte do projeto “Mulheres: o nascer é comprido”, exposição do artista visual e jornalista Chico Ludermir, realizado pela Fundação Joaquim Nabuco. Na série, mulheres trans lêem um livro sobre suas vidas. Neste vídeo, Maria Clara Sena, vencedora do prêmio Claudia Mulher na categoria políticas públicas, conta um pouco de sua trajetória.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível no YouTube

Sapacrew (Direção coletiva, 2019)
O curta aborda a vida de três mulheres lésbicas no cenário do Hip Hop pernambucano. Na contramão do machismo, elas compartilham seus históricos de resistência.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível no YouTube

Sugestões da educadora Raissa Nunes Pinto, pedagoga e mestra em educação pela Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul. Em sua conta no Instagram, Raissa compartilha dicas de livros e atividades para educadores. 

Olivia tem dois papais (Marcia Leite, com ilustrações de Taline Schubach, 2010)
Idade de leitura: a partir dos 6 anos

Sinopse: Assim como tantas crianças, Olivia não tem uma mãe e um pai, mas sim dois papais. Isso seria um problema?

Dica de atividade: Após a leitura da história, converse com as crianças sobre as novas configurações atuais de família, faça uma roda e deixe que falem como é composta a família deles. Caso nenhuma família seja formada por 2 pais ou 2 mães, esclareça que existem famílias assim. Como atividade de registro, você pode solicitar que eles desenhem cada um sua família.

A princesa e a costureira (Janaína Leslão, com ilustrações de Júnior Caramez, 2015)
Idade de leitura: a partir dos 12 anos

Sinopse: Uma princesa que foi prometida por sua família para um príncipe do reino vizinho decide que não quer se casar com ele, pois está apaixonada pela costureira. Para que elas fiquem juntas, até o príncipe se junta para ajudar nesse amor.

Dica de atividade: É possível trabalhar respeito e empatia. Antes de iniciar a leitura com as crianças, estimule-as a pensar sobre como é importante respeitarmos as decisões das pessoas. Algumas perguntas podem ser feitas: elas ficariam felizes se forçadas a serem amigas de alguém que não gostam? E se elas precisassem conviver com alguém o resto da vida, mas não gostassem de conversar e conviver com essa pessoa? Na sequência, leia a história. Como atividade de registro, você pode estimular as crianças a confeccionar um painel coletivo trabalhando juntos assim como o príncipe, a princesa e a costureira trabalharam.

O menino perfeito (Bernat Cormand, com tradução de Dani Gutfreund, 2017)
Idade de leitura: Autor e editora indicam o livro para adultos. Reforço aqui que não existem leituras para crianças e adultos, e sim o respeito pela maturidade leitora. Uma boa mediação também é de extrema importância para essa compreensão, pois o livro reúne belas ilustrações que devem ser exploradas.

Sinopse: Um menino faz tudo certo da forma que todos esperam que seja feito, mas antes de dormir, ele tem um segredo: gosta de se vestir como menina.

Dica de atividade: Após a leitura do livro, interaja com os leitores sobre o que acharam. Esse menino é menos perfeito porque se sente bem vestindo roupas de meninas? Indague-os estimulando a memória: vocês já viram algum menino que se veste de menina ou vice e versa? O que vocês pensam sobre isso? O livro é instigante e as crianças vão comentar muito. Uma boa roda de conversa esclarecedora é de extrema importância na sala de aula, além de se trabalhar a oralidade, também trabalhamos a importância do respeito mútuo e da empatia.

Maremoto (Flavia Reis e Elisa Carareto, 2020)
Idade de leitura: a partir de 6 anos

Sinopse: Cada um de nós somos seres únicos e singulares, complexos, e essa complexidade é que nos faz belos e únicos.
 Feito para ser lido verticalmente, a obra convida a um mergulho com sereias e criaturas fantásticas: esses seres são metade peixe, metade homem ou mulher? Quem são eles? Ou elas?

Dica de atividade: Após a leitura, abra uma roda de conversa sobre a individualidade de cada criança na sala de aula. Caso não saibam responder, ajude-os e fale qual é a individualidade de cada um para você. Pensando na individualidade e complexidade de cada um, promova a experiência da confecção de um cartaz com materiais naturais, mostrando assim que não apenas nós, seres humanos, somos complexos, mas que tudo em nossa volta é.

Heartstopper: dois garotos, um encontro (Alice Oseman, com tradução de Guilherme Miranda, 2021)
Idade de leitura: acima dos 12 anos

Sinopse: A HQ conta a história de Nick e Charlie, dois garotos que começam a namorar durante o ensino médio e precisam lidar com os eventos que essa decisão traz para suas vidas. A HQ aborda temáticas persistentes para adolescentes: amizades, amadurecimento, relacionamentos e transtornos alimentares, entre outras.

Comentário: Minha filha Ana Cecilia está apaixonada pelo livro. A leitura encanta os pré-adolescentes e adolescentes (e adultos também). Apesar de extenso, pode ser lido em partes e finalizado no final do mês com sua turma.

Dica de atividade: Diariamente, converse com seus alunos sobre o que foi lido. Como atividade de registro, os estudantes podem criar sua própria história em quadrinhos com a temática. O capítulo 1 está disponível no site Tapas. O livro também inspirou a série, disponível para assinantes da Netflix.

Indicações da escritora Penélope Martins (Instagram: @penelope_martins) e da redação Porvir.

Conectadas (Clara Alves, 2019)
Idade de leitura: a partir dos 12 anos

Sinopse: Raíssa e Ayla se conheceram jogando Feéricos, um dos games mais populares, e não se desgrudaram mais ― pelo menos virtualmente. Ayla sente que, com Raíssa, finalmente pode ser ela mesma. Raíssa, por sua vez, encontra em Ayla uma conexão que nunca teve com ninguém. Mas há um pequeno problema: Raíssa joga com um avatar masculino, então Ayla não sabe que está conversando com outra menina.

Os garotos do cemitério (Aiden Thomas, 2021)
Idade de leitura: a partir dos 14 anos

Sinopse: Yadriel é um garoto trans e gay que está determinado a afirmar sua identidade de gênero e orientação sexual para sua família latina tradicional. Mas, para isso, ele acaba invocando um fantasma que se recusa a ir embora.

Vermelho, branco e sangue azul (Casey Macquiston, 2019)
Idade de leitura: a partir dos 16 anos

Sinopse: O que pode acontecer quando o filho da presidenta dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra? Alex e Henry são obrigados a encenar uma amizade para o público, mas a relação se torna um romance real. O livro se transformou em série, que estreia em agosto de 2023 na Amazon Prime.

Aristóteles e dante descobrem os segredos do universo (Benjamin Alire Sáenz, 2014)
Idade de leitura: a partir dos 14 anos

Sinopse: Em um verão tedioso, os jovens Aristóteles e Dante são unidos pelo acaso e, embora sejam completamente diferentes um do outro, iniciam uma amizade especial, do tipo que muda a vida das pessoas e dura para sempre. Por meio dessa amizade que Ari e Dante vão descobrir mais sobre si mesmos, e sobre o tipo de pessoa que querem ser.

O amor não é óbvio (Elayne Baeta, 2019)
Idade de leitura: a partir dos 14 anos

Sinopse: Íris tem 17 anos e está viciada na novela “Amor em atos”. Ela assiste a todos os episódios ao lado de sua vizinha de 68, Dona Símia, que se tornou sua segunda melhor amiga. Mas Poliana, que ocupa o primeiro lugar, não pode nem sonhar com isso.

Todos, nenhum, simplesmente humano (Jeff Garvin, 2016)
Idade de leitura: a partir dos 15 anos

Sinopse: “A primeira coisa que você vai querer saber sobre mim é: sou menino ou menina?” Riley Cavanaugh é um ser humano com muitas características: perspicaz, valente, rebelde e… gênero fluido. Em alguns dias, se identifica mais como um menino, em outros, mais como uma menina. Em outros, ainda, como um pouco dos dois. Mas o fato é que quase ninguém sabe disso. Depois de sofrer bullying e viver experiências frustrantes em uma escola católica, Riley tem a oportunidade de recomeçar em um novo colégio.

As lendas de Dandara (Jarid Arraes, 2022)
Idade de leitura: a partir dos 10 anos 

Sinopse: Na sociedade do período do açúcar, a casa-grande era a residência do senhor de engenho. É contra essa estrutura odiosa que se ergue Dandara dos Palmares, guerreira e companheira de Zumbi, que luta à frente das formações de palmarinos dispostos a reconquistar a liberdade e a dignidade para si e para seus irmãos escravizados.

Vento forte de sul e norte (Manuel Filho, 2015)
Idade de leitura: a partir dos 14 anos 

Sinopse: Desde criança, em alguns momentos da vida, Luísa teve de enfrentar três situações de preconceito: o fato de ser negra, adotada e ter pais gays. Quando chamou Henrique para sua casa a fim de ajudá-lo com as aulas de matemática, jamais pensou que ele agiria como tantas outras pessoas. 

Coração na aldeia pés no mundo (Aurita Tabajara, com xilogravuras de Regina Drozina 2018)
Idade de leitura: a partir dos 10 anos 

Sinopse: Aurita Tabajara se utiliza da força da palavra para ganhar o mundo. Em sua jornada a força da mulher nordestina, indígena, sonhadora e guerreira se encontram com a sutileza poética, característica da autora.

Omo-Oba (Kiusam de Oliveira, 2023)
Idade de leitura: a partir dos 9 anos 

Sinopse: As histórias deste livro narram aventuras, dramas e peripécias de princesas e príncipes africanos. Cada uma a seu modo, essas personagens enfrentam guerras, desvendam mistérios, fazem autodescobertas e amadurecem em contos narrados por Kiusam de Oliveira, um dos nomes mais importantes da literatura negro-brasileira.

Por que eu não consigo gostar dele/dela? (Anna Claudia Ramos e Antônio Schimeneck)
Idade de leitura: a partir dos 14 anos

Sinopse: O livro reúne 4 contos sobre as descobertas do amor, de gênero e de sexualidade. São depoimentos de diferentes artistas, jornalistas, psicólogos, professores, mães, pais e filhos da diversidade, pessoas LGBTQIAP+, pessoas ligadas a diferentes religiões, todos falando sobre amor e acolhimento.

O PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático) é destinado a avaliar e a disponibilizar obras didáticas, pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa, de forma sistemática, regular e gratuita, às escolas públicas de educação básica das redes federal, estaduais, municipais e distrital e também às instituições de educação infantil comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e conveniadas com o poder público. Clique aqui para saber mais.

Minha vida não é cor-de-rosa (Penélope Martins, 2020)
Idade de leitura: A partir dos 12 anos 

Sinopse: Enquanto busca seu lugar no mundo, a sensível protagonista deste livro precisa lidar com as responsabilidades, namoros e amizades complicadas. Além disso, tenta superar dois casos de assédio conversando com as amigas e com os pais, se mobilizando na escola, sendo uma boa aluna e fazendo a diferença no mundo.

Clique para ler o suplemento para professores

Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil (Duda Porto de Souza e Aryane Cararo, 2017)
Idade de leitura: a partir dos 12 anos

Sinopse: O livro reúne perfis de brasileiras que impactaram a história. Entre elas, Felipa de Souza, primeira mulher das Américas a assumir sua homossexualidade e sofrer nas mãos da Inquisição por isso.

Clique aqui para acessar o material do professor

Chapeuzinho Esfarrapado e outros contos feministas do folclore mundial (Bárbara Malagoli, ilustradora, Ethel Johnston Phelps, editor, e Julia Romeu, tradutora, 2016)
Idade de leitura: a partir dos 9 anos

Sinopse: Quem disse que as mulheres nos contos de fadas são sempre donzelas indefesas, esperando para ser salvas pelo príncipe encantado? Esta coletânea reúne narrativas folclóricas do mundo inteiro — do Peru à África do Sul, da Escócia ao Japão – em que as mulheres são as heroínas das histórias e vencem os desafios com esforço, coragem e muita inteligência. O livro é para todo mundo que não se identifica com as princesas típicas dos contos de fadas. É para garotas e garotos, para que todos possam aprender que as maiores virtudes de um herói não são exclusivas a um só gênero.

Clique aqui para acessar o material do professor

As indicações abaixo são do Manual de Educação LGBTI+, do Centro de Referências em Educação Integral, do Observatório de Educação em Direitos Humanos e da redação do Porvir.

Hoje eu quero voltar sozinho (Daniel Ribeiro, 2014)
Leonardo, um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel chega em seu colégio, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível para assinantes da Netflix

Alice Júnior (Gil Barone, 2019)
O filme conta a história de Alice, uma adolescente trans que precisa mudar para uma cidade conservadora do interior, por causa do trabalho do pai. Lá, ela começa a estudar numa escola católica que não aceita sua identidade de gênero. O filme é bem didático para quem quer aprender mais sobre o assunto, e entender falas desrespeitosas e preconceituosas.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível para assinantes da Netflix

XXY (Lucía Puezo, Argentina, 2006)
A produção argentina conta a história de Alex, uma adolescente intersex de 15 anos. Com traços fenotípicos predominantemente femininos, Alex possui, entretanto, genitais masculinos. Seus conflitos de identidade permanecem sob controle até entrar na adolescência e interessar-se por um rapaz. Alex, inicia, então, um processo de busca por sua identidade e descobertas relacionadas a sua sexualidade.
Classificação indicativa: 16 anos
Disponível para assinantes da Netflix

Tomboy (Céline Sciamma, França, 2012)
Trata da descoberta da sexualidade. A história se passa em uma cidade do interior da França. Laure, 10 anos, não se identifica como menina, mas como menino, e adota a identidade de Mickaël. Os pais, ainda que bastante afetuosos, não conseguem lidar com a complexidade da situação.
Classificação indicativa: 10 anos
Disponível para assinantes do GloboPlay

De gravata e unha vermelha (Miriam Chnaiderman, Brasil, 2015)
Documentário brasileiro, da psicanalista Miriam Chnaiderman. O filme traz entrevistas com diversas personalidades que, em suas histórias de vida, colocaram em perspectiva o modelo de identificação binário homem/mulher, e questionam os estereótipos construídos para cada um dos sexos. São entrevistados o cantor Ney Matogrosso, a cartunista Laerte, a atriz Rogéria e o estilista Johnny Luxo, entre outros.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível para alugar no YouTube

Laurence Anyways (Xavier Dolan, Canadá, 2012)
Conta a história de Laurence, professor de literatura, um homem que, em seu aniversário de 30 anos, revela à sua namorada que quer se tornar uma mulher e irá fazer uma cirurgia de mudança de sexo.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível para assinantes do Prime Vídeo

Meninos não choram (Kimberly Peirce, EUA, 1999)
O filme foi baseado em fatos reais e relata um caso de transfobia. Conta a história de Brandon Teena, um jovem trans que é perseguido quando sua identidade de gênero é descoberta.
Classificação indicativa: 18 anos
Disponível para assinantes do Star Plus

Milk – a voz da igualdade (Gus, Van Sant, EUA, 2009)
O filme relata a história verdadeira de Harvey Milk, um político e ativista gay que foi o primeiro homossexual declarado a ser eleito para um cargo público na Califórnia, como membro da Câmara de Supervisores de São Francisco.
Classificação indicativa: 16 anos
Disponível para alugar no YouTube

A garota dinamarquesa (Tom Hooper, Reino Unido, EUA, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, 2015)

Baseado em fatos reais, conta a história de Einar Wegener, que virou oficialmente Lili Elbe e ficou conhecida como a primeira pessoa a fazer uma cirurgia de mudança de sexo, na década de 1920.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível para alugar no YouTube

Falas de Orgulho
Com metáforas, delicadeza e reflexões, o terceiro episódio da antologia Histórias Impossíveis será apresentado no Falas de Orgulho. Única história de amor da série de ficção criada por Renata Martins, Jaqueline Souza e Grace Passô, o episódio ‘Sísmicas’ tem como ponto focal o casal Lena (Ana Flavia Cavalcanti), mulher cis, e sua namorada Kátia (Kika Sena), mulher trans, que, depois de decidirem morar juntas na casa que Lena herdou da avó, vão enfrentar ameaças que põem o relacionamento em cheque.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível para assinantes do Globoplay

Sex Education
A série aborda temas importantes e as principais descobertas da adolescência, incluindo sexualidade, feminismo e identidade de gênero. E também conta com um elenco bem representativo, com questões de várias letras da comunidade LGBTQIAP+ abordadas de maneira delicada.
Classificação indicativa: 16 anos
Disponível para assinantes da Netflix

Heartstopper
Este drama LGBTQIAP+ sobre amizade e amor na adolescência é baseado na graphic novel de Alice Oseman, escritora e ilustradora inglesa de ficção para jovens. Os protagonistas são Charlie e Nick, que estão descobrindo o que sentem um pelo outro, em meio às dificuldades da vida escolar e amorosa.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível para assinantes da Netflix

Love, Victor
A série é inspirada e ambientada no mesmo universo do filme “Love, Simon”, que fala sobre a descoberta da sexualidade do protagonista Simon. Aqui temos Victor, amigo de Simon, passando pelas mesmas questões, enquanto luta para entender sua sexualidade em meio ao ambiente escolar e conflitos familiares com sua família religiosa.

Classificação indicativa: 14 anos
Disponível para assinantes do Star Plus

She-ra e as princesas do poder
Em 2018, o grande clássico dos anos 1980 ganhou uma adaptação pra lá de representativa. A animação traz a história da protagonista She-ra sobre uma nova perspectiva, e a história conta com mais de 10 personagens de várias letras da comunidade, incluindo casais lésbicos, gays e personagens não-binários.
Classificação indicativa: Livre
Disponível para assinantes da Netflix

Segredos Mágicos (2020)
O filme de 12 minutos conta a história de Greg, um homem que tem sua vida transformada após ganhar um filhote de cachorro. O filhotinho proporciona uma nova visão de Greg em relação a sua vida e o ajuda a revelar um segredo sobre sua própria personalidade. É o primeiro curta metragem da Disney com temática LGBTQIAP+.
Classificação indicativa: Livre
Disponível para assinantes do Disney Plus

Luca (Enrico Casarosa, 2021)
Ambientado na bela Riviera Italiana, este longa-metragem da Disney e da Pixar acompanha as aventuras do garoto Luca durante um verão inesquecível repleto de macarronadas, gelatos e passeios incríveis de motoneta ao lado de seu novo amigo Alberto. Mas um grande segredo ameaça colocar fim à diversão: abaixo da superfície da água, eles são monstros marinhos! O diretor da animação, Enrico Casarosa, explicou que, embora tornar gays os dois personagens principais do filme fosse definitivamente uma possibilidade, ele preferiu reforçar uma fase da vida infantil a que ele chama de “pré-romance”, que faz parte da vida de muitas crianças, quando não pensamos ainda em namoro, mas em estreitar nossas amizades. Confira o texto do Mídia Ninja.
Classificação indicativa: Livre
Disponível para assinantes do Disney Plus

Sobre o filme Hoje eu quero voltar sozinho
Etapa: ensino médio 

Voltado ao ensino médio, o plano de aula escrito pela historiadora e formadora de professores em audiovisual, Claudia Mogadouro tem como objetivos discutir a homofobia e os direitos de liberdade de orientação sexual; refletir sobre a exclusão de pessoas portadoras de deficiências e sobre os os estereótipos de personagens homossexuais exibidos na mídia televisiva, entre outros temas. Clique aqui para conferir o plano de aula. 

Direito das pessoas LGBTQIAP+
Etapa: ensino médio 

Neste plano de aula dos professores Lydiane Souza e Pedro Silva, disponível no site Gênero e Educação, um dos objetivos da sequência didática é provocar a reflexão sobre formas cotidianas de engajamento ativo das/dos participantes na defesa e promoção dos direitos da população LGBTQIAP+.

Direitos humanos e combate à homofobia
Etapa: 9º ano do ensino fundamental 

No plano de aula da professora Isis Fernanda Ferrari, disponível no site Nova Escola, os alunos são incentivados a relacionar os direitos humanos e a luta contra a homofobia no Brasil por meio da leitura e interpretação de gráficos, discussão em grupos e da produção de cartazes.

Movimento LGBTI+: Uma breve história do século XIX aos nossos dias, de Renan Quinalha (Grupo Autêntica, 2022)
Pesquisador sobre a história do movimento LGBTQIAP+ no Brasil e no mundo, o advogado e professor de direito Renan Quinalha fez um livro com linguagem acessível tanto a pessoas que desejam investigar a fundo essa temática como àquelas que estão dando seus primeiros passos nos estudos de gênero e sexualidade.

Manual de educação LGBTI+
Organizado por Toni Reis e Simón Cazal, o manual é voltado aos profissionais de educação no ensino fundamental – anos finais (6º ao 9º ano) e no ensino médio. Foi concebido para contribuir com a diminuição do estigma, bullying, preconceito, discriminação, violência e evasão escolar que estudantes LGBTQIAP+ nessa faixa etária geralmente podem sofrer no meio educacional.
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LGBTQIAP+: um guia educativo
Neste guia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, estão reunidos conceitos, datas importantes e outros debates sobre a comunidade LGBTQIAP+.
Clique para acessar

Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil
As experiências de adolescentes e jovens lésbicas, gays, bissexuais travestis e transexuais em nossos ambientes educacionais
Clique para acessar

“Tenho medo, esse era o objetivo deles” – Esforços para proibir a educação sobre gênero e sexualidade no Brasil
Desde 2014, legisladores brasileiros, nos níveis federal, estadual e municipal, apresentaram mais de 200 propostas legislativas para proibir a “doutrinação” ou a chamada “ideologia de gênero” nas escolas. Essas propostas, que têm como alvo a educação sobre gênero e sexualidade, têm sido objeto de intenso debate político e social no Brasil, com alguns projetos de lei aprovados, muitos ainda pendentes e outros arquivados. Este relatório é baseado em uma análise feita pela Human Rights Watch de 217 projetos de lei apresentados e leis aprovadas, e em 56 entrevistas com professores e especialistas em educação, incluindo representantes de secretarias estaduais de educação, sindicatos e organizações da sociedade civil.
Clique para acessar

Diversidade de gênero: como conversar com as crianças?
O site Ninhos do Brasil, autointitulado “para mães e pais em fase de crescimento”, reúne materiais informativos para debater diferentes assuntos com crianças. Entre eles, está a diversidade de gênero, sexo e orientação sexual.
Clique aqui para acessar


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cinema, cultura, ensino fundamental, ensino médio, gênero

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