10 dinâmicas para acolhimento de estudantes na volta às aulas

Chegar a um ambiente novo sempre causa um certo desconforto. Seja por timidez ou ansiedade, muitos alunos, especialmente os recém-chegados, ou até mesmo professores que assumem turmas diferentes podem se sentir inseguros no retorno às aulas.

As dinâmicas de grupo são uma estratégia descontraída para criar um ambiente acolhedor, fazendo com que a turma, desde os primeiros dias, entenda que está em uma sala de aula colaborativa e amigável.

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Baseado no conteúdo do portal We Are Teachers, o Porvir selecionou 10 sugestões de dinâmicas para acolhimento e incentivo à troca de experiências e interesses entre a turma e os educadores. Confira:

Etapa sugerida: anos iniciais do ensino fundamental

Quebra-cabeça coletivo

Decorar suas peças permite que os alunos reflitam sobre suas identidades e contribuam para um mural coletivo que valoriza a diversidade e a união da  turma.

Como funciona: Use um grande pedaço de cartolina para desenhar um quebra-cabeça com peças suficientes para cada aluno e para você. Recorte as peças e distribua-as. Cada aluno deverá decorar sua peça com seu nome, palavras que os representem e desenhos. Depois, cada um compartilha sua peça e explica o significado do que desenhou.

💡 Dica: Monte o quebra-cabeça em um mural ou parede da sala. Além de colorido, ele representará simbolicamente a importância de cada aluno na construção da identidade do grupo.

O que você prefere?

As perguntas “O que você prefere?” têm o objetivo de estimular a imaginação e promover discussões divertidas entre os participantes.

Como funciona: Reúna as crianças em um círculo e explique que fará perguntas para que escolham entre duas opções. Cada aluno deve dizer qual prefere e justificar sua escolha.

Aqui estão algumas sugestões: 

• Você prefere ter superpoderes ou ser invisível?
• Você prefere viver em um mundo sem música ou sem filmes?
• Você prefere ser capaz de voar ou de ler mentes?
• Você prefere ter um cachorro como animal de estimação ou um unicórnio?
• Você prefere ser o melhor jogador de futebol do mundo ou o melhor músico?

Essas perguntas incentivam as crianças a pensar de forma criativa e a compartilhar suas preferências de maneira divertida.

💡 Dica:  Para tornar a atividade mais interativa, utilize cartões coloridos ou uma bola com perguntas escritas nela.

Bonecos de papel

Ideal para crianças pequenas, essa dinâmica envolve criatividade e elementos lúdicos como super-heróis.

Como funciona: Pergunte aos alunos: “Se você tivesse um superpoder, qual seria?” Em seguida, entregue a cada um um modelo de boneco de papel para decorar como seria seu super-herói. Quando todos terminarem, chame os alunos, um de cada vez, para compartilhar sua imagem e escolha três colegas para adivinhar seu superpoder. Essa é uma atividade rápida, fácil e que não exige muito preparo, ideal para quebrar o gelo.

💡 Dica: Você pode dar exemplos de superpoderes para ajudar as crianças a pensar, como superforça, invisibilidade ou voar, caso tenham dificuldade para escolher. Outra possibilidade é complementar a atividade em outro momento, falando sobre heróis da vida real. Se optar por essa abordagem, é importante apresentar exemplos de personagens históricos que se destacaram em áreas como direitos humanos ou justiça social. Há uma série de materiais de Nelson Mandela, Rosa Parks, Zilda Arns e Dandara dos Palmares.

Sente-se, levante-se

Essa dinâmica de grupo tem como objetivo ajudar os alunos a se conhecerem melhor de maneira divertida e interativa. A ideia é fazer perguntas sobre gostos pessoais, experiências ou preferências, estimulando a socialização.

Como funciona: Peça aos participantes que fiquem em círculo, de modo que todos possam se ver. Em seguida, faça uma série de perguntas cujas respostas devem ser apenas “sim” ou “não”. As perguntas podem abordar gostos pessoais, experiências de vida ou preferências. Caso a resposta seja “sim”, os alunos devem se levantar; se for “não”, permanecem sentados.

💡 Dica: Após algumas perguntas, o facilitador pode pedir para que os participantes compartilhem o que aprenderam sobre seus colegas. Também pode ser interessante refletir sobre como a atividade ajudou a criar um ambiente mais descontraído e a promover a interação.

Ponto em comum

Nesta atividade, o objetivo é que a conversa ajude os alunos a se conhecerem melhor e a perceberem semelhanças entre si.

Como funciona: A atividade chamada “Ponto em comum” funciona da seguinte maneira: Primeiramente, os alunos são divididos em grupos pequenos de quatro pessoas e devem se sentar juntos. O objetivo é que, em cinco minutos, conversem entre si e tentem descobrir algo que todos tenham em comum. Pode ser qualquer característica ou interesse compartilhado, como jogar futebol, gostar de pizza ou ter um gato. O importante é encontrar um elemento que una os membros do grupo. Durante a conversa, os alunos devem refletir sobre suas semelhanças e identificar um “fio comum” que os conecte. Ao final do tempo, cada grupo pode compartilhar com os outros o que descobriu como ponto em comum. A atividade pode ser repetida várias vezes, com os alunos sendo reorganizados em novos grupos a cada rodada. Isso proporciona novas oportunidades para que se conheçam melhor e encontrem mais afinidades com outros colegas.

💡Dica: circule entre os grupos enquanto eles conversam para observar o andamento da atividade e incentivar a participação de todos.

Etapas sugeridas: anos finais do ensino fundamental e ensino médio

Breve entrevista

A tradicional atividade de “entrevistar um colega e apresentá-lo para a turma” pode ser um pouco monótona. Que tal uma abordagem mais dinâmica, que facilite a troca de informações, estimule a socialização e fortaleça as conexões entre os participantes? Este é um modelo muito utilizado em escolas como atividade de integração.

Como funciona: A atividade começa com a turma dividida em dois grupos, que devem se organizar em dois círculos: um interno e outro externo. Cada aluno do círculo externo fica de frente para um colega do círculo interno. O professor faz uma pergunta quebra-gelo e ajusta um cronômetro para 60 segundos. Durante esse tempo, as duplas devem conversar sobre a pergunta proposta, como, por exemplo:

• “Se você pudesse ter qualquer superpoder, qual seria e por quê?”
• “Qual foi a coisa mais legal que você fez nas férias?”
• “Se você ganhasse um bilhete de viagem para qualquer lugar do mundo, para onde iria?”

Quando o cronômetro tocar, os alunos do círculo externo giram uma cadeira para a esquerda, formando novas duplas. O professor faz uma nova pergunta, reinicia o cronômetro e o processo se repete. A atividade pode ser repetida quantas vezes o professor desejar.

💡 Dica:  Circule entre os grupos enquanto eles conversam para observar o andamento da atividade e incentivar a participação de todos.

Aviões de papel com perguntas

Essa atividade divertida promove a interação e o conhecimento entre a turma.

Como funciona: Cada aluno recebe um pedaço de papel para escrever uma pergunta criativa com o objetivo de conhecer melhor os colegas. Em seguida, dobra o papel em forma de avião e, por um minuto, todos jogam os aviões pelo ambiente, espalhando-os pela sala. Depois, cada aluno pega um avião que não seja o seu e, por turno, lê e responde à pergunta escrita. A atividade continua até que todos tenham respondido a pelo menos uma pergunta.

💡 Dica: Ao final, incentive os alunos a compartilharem algo interessante que descobriram sobre os colegas.

Descobrindo os nomes

Uma atividade dinâmica e eficaz para aprender os nomes dos participantes é a seguinte: cada aluno, um de cada vez, diz seu nome acompanhado de um movimento físico. Os demais integrantes do grupo repetem o nome e o movimento correspondente. Essa associação entre nome e ação facilita a memorização.

Como funciona: Para realizar a atividade, organize os participantes em um círculo ou em um espaço onde todos possam se ver. O facilitador inicia dizendo seu nome acompanhado de um movimento simples, como levantar a mão ou bater palmas. Os demais participantes repetem o nome e o movimento. Em seguida, cada aluno, por sua vez, diz seu nome e realiza um movimento de sua escolha. Os outros repetem o nome e o movimento correspondente. Para reforçar a memorização, o facilitador pode pedir que os alunos repitam todos os nomes e movimentos na ordem em que foram apresentados.

💡 Dica:  Essa dinâmica é especialmente útil nos primeiros dias de aula, promovendo a integração e facilitando a memorização dos nomes de forma divertida e interativa.

O que queremos aprender?

Desde o primeiro dia, você já tem um plano com suas aulas organizadas. Provavelmente, também tem padrões a seguir e projetos de rotina que realiza todos os anos. No entanto, isso não significa que não possa reservar um tempo para descobrir o que seus alunos realmente querem aprender.

Como funciona: Espalhe alguns cartazes pela sala com as perguntas abaixo. Peça para os alunos circularem pelo ambiente e escreverem suas respostas nos cartazes. Em seguida, analisem juntos as respostas e discutam em classe.

Tente estas perguntas:

• O que você acha que vai aprender nesta aula este ano?
• O que você realmente quer aprender nesta aula este ano?
• Como seu professor pode ajudá-lo a aprender e ter sucesso?
• O que você mais espera desta aula?
• O que você mais teme nesta aula?

💡 Dica: Para tornar a atividade ainda mais envolvente, use canetas coloridas ou post-its para que os alunos expressem suas respostas de forma mais criativa e visual.

Playlist da turma

A música é significativa para todos nós, e as canções que amamos podem refletir quem somos e ajudar a expressar nossa personalidade.

Como funciona: Peça a cada aluno que escolha uma música para a playlist da turma e explique o motivo pelo qual essa canção é especial para ele. Dependendo da faixa etária dos alunos, você pode definir parâmetros para as letras e a linguagem. Crie a playlist em uma plataforma de sua preferência, como Spotify, para que todos possam ouvir as músicas dos colegas. Se permitir música na sala de aula, adicione essa playlist à sua coleção.

💡 Dica:  Comece a atividade compartilhando uma música sua e explicando por que ela é significativa. Isso cria um clima de confiança e demonstra como a atividade funciona. Ao ver você participando, os alunos ficarão mais à vontade para se envolver.

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