6 projetos para trabalhar a consciência negra todos os dias na escola
Conheça propostas criadas por professores e alunos para discutir o tema em aula
por Redação 20 de novembro de 2019
Para um país com a maioria da população declarando-se negra ou parda, a discussão sobre a Consciência Negra não deve se restringir à semana do dia 20 de novembro. E é papel da escola explorar o tema no dia a dia – até por força da lei 10.639, que estabelece a inclusão do ensino de história e cultura afro-brasileira nos currículos.
Aqui no Porvir já apresentamos muitos projetos, da educação infantil ao ensino médio, que se dedicam a construir o diálogo e conscientizar estudantes. Em comum, eles são marcados pela aproximação entre professor e aluno, pela interdisciplinaridade e pelo resgate da autoestima e do protagonismo jovem.
Abaixo, listamos alguns bons exemplos:
Contra a xenofobia
Diante do desconhecimento dos alunos em torno do tema imigração, a professora Angela Maria Vieira desenvolveu um projeto em parceria com Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville (SC). Durante as atividades, os alunos debateram o aumento da imigração de haitianos na cidade, levantando também questões relacionadas às manifestações de racismo e xenofobia presentes nas redes sociais. O projeto completo está publicado no e-book Desafio Diário de Inovações 2019.
Usando o faz de conta para falar de racismo
Esqueça o estereótipo dos desenhos atuais, nesta atividade o herói é o príncipe africano negro Azizi Abayomi. Figura conhecida por alunos e professores da escola municipal de educação infantil Guia Lopes, na zona norte de São Paulo, o personagem tem sido usado para discutir questões sobre racismo e tolerância com crianças de 3 a 5 anos.
Esquetes teatrais discutem racismo no sul da Bahia
Neste projeto premiado, o professor de artes Francisco do Nascimento incentivou seus alunos do terceiro ano do ensino médio a elaborar esquetes teatrais para conscientizar a comunidade sobre racismo e sexismo, além de estimular o diálogo e combater a intolerância.
Histórias sobre cabelos ensinam cultura afro
Neste exemplo, o coletivo cultural Manifesto Crespo utiliza atividades lúdicas para estimular o ensino da cultura afro-brasileira e africana. Com oficinas que incluem desde a contação de histórias, até atividades que promovem o autoconhecimento, o grupo tenta incentivar a aceitação da diversidade e as diferenças capilares entre crianças e adolescentes.
Professora desenvolve projeto que estuda cultura afro na matemática
Na Escola de Ensino Médio Governador Celso Ramos, em Joinville (SC), a capoeira está presente nas discussões de geometria e os búzios são jogados na hora de explorar as situações problemas para o estudo da probabilidade. Veja cultura e cálculos caminham juntos no programa de etnomatemática.
Jovem de 16 anos se une a colegas para valorizar estética negra na escola
“Isso aqui são os meus ancestrais. Eu nasci com essa coisa linda e não posso arrancar de mim”, diz Lydianne Ribeiro. Com outras amigas, ela criou o projeto “Solta esse Black”, que se dedica a combater o machismo e o racismo dentro da Escola Municipal Levy Miranda, localizada no bairro da Pavuna, no Rio de Janeiro (RJ).