Além do ‘sim’ ou ‘não’: Perguntas para trabalhar sustentabilidade em sala de aula
Ebook apresenta "perguntas essenciais" que incentivam os estudantes à reflexão e a um pensamento mais aprofundado e crítico sobre sustentabilidade
por Redação 5 de dezembro de 2022
Discussões a respeito da sustentabilidade têm sido levantadas com cada vez mais frequência no ambiente escolar. Em primeiro lugar, trata-se de uma temática urgente na atualidade.
Com questões como a crise climática que está às portas, é praticamente impossível não falar sobre o tema durante as aulas, mesmo que o componente curricular não seja de uma área correlata. No entanto, nem sempre é tão simples trazer o assunto para a discussão.
O ebook “Sustentabilidade: perguntas essenciais para investigar esse tema com sua turma”, organizado pela Vivescer, plataforma do Instituto Península, apresenta uma série de dicas para uma abordagem mais reflexiva sobre o tema e que envolve perguntas que tragam respostas além do “sim” ou do “não”.
As ditas perguntas essenciais são aquelas que guiam o processo de construção de conhecimento da turma, como explica Ana Flávia Castanho, coordenadora pedagógica da Vivescer. Ou seja, para responder a tais perguntas, o educador deve deixar claro aos estudantes que eles vão precisar refletir e investigar mais.
A sustentabilidade
Assuntos complexos, como é o caso da sustentabilidade, vão requerer um pouco mais de tempo mesmo. Falar e pensar sobre desmatamento, pegada ecológica, agrotóxicos, consumo de água e tantos outros temas relacionados a esse universo pode não ser tão simples.
A proposta de uso das perguntas essenciais parte da ideia de fazer questionamentos mais abertos, que não são engessados. O engajamento da turma pode vir também de uma sugestão de que eles se incluam no tema. Como eles veem a questão e de que maneira o tema é relevante “no mundo real”? Instigar estudantes a responder perguntas como essas é uma forma de fazê-los pensar para além do contexto escolar, de forma a olhar para a vida.
“Precisamos deixar que as perguntas nos habitem e nos acompanhem, além de manter esse olhar crítico investigativo com relação ao mundo para encontrar as melhores respostas. Acredito que isso é uma grande aprendizagem que oferecemos para as nossas crianças e adolescentes na escola”, diz Ana Flávia. “Tem um aspecto bonito do trabalho com perguntas essenciais é que elas vão instigar os estudantes a continuar perguntando sobre isso na vida. É como se a gente começasse um processo na escola cuja potência não se resume a aprendizagem escolar.”, completa.
A coordenadora destaca que a abordagem de perguntas essenciais contribui para o percurso de aprendizagem de todos, até mesmo dos que não estão prontos para aprender. Para ela, trata-se de um trabalho que favorece confrontar achados, discutir ideias, observar valores da sociedade e fazer com que alunas e alunos possam relacionar certos conhecimentos de ciência e até mesmo aspectos éticos da vida pelo espectro da sustentabilidade.
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