Curso on-line ajuda vestibulando a projetar vida
Descomplica e Perestroika oferecem aulas on-line que ajudam jovens a refletir sobre as mudanças no mercado de trabalho
por Fernanda Kalena 10 de abril de 2014
Ao acabar o colégio a hora é de tomada de decisões. O jovem tem que escolher o curso que quer fazer na universidade, em qual instituição e ter pelo menos uma boa ideia da carreira que quer seguir. Mas essas escolhas não são fáceis de serem feitas e é muito comum mudar de opinião sobre elas com o passar do tempo. Para ajudar esses jovens a terem mais clareza sobre seus próximos passos, o Descomplica e a Perestroika fizeram uma parceria para promover o Nitro, um curso on-line que visa tirar dúvidas sobre o futuro, seja em relação ao mercado de trabalho ou mesmo da vida pessoal.
O curso vai ser realizado na plataforma do Descomplica, site de videoaulas que ajuda estudantes a se preparar para o vestibular, com desenvolvimento pedagógico da Perestroika, escola de cursos livres e criativos com unidades em seis capitais do Brasil. É a primeira vez que a Perestroika dá uma aula on-line e é a primeira vez que o Descomplica se dedica a assuntos que vão além das disciplinas tradicionais.
As inscrições estão abertas e as aulas começam em 15 de abril. Serão ao todo seis encontros virtuais, sempre às terças e quintas-feiras, das 20h45 às 22h15. O curto custa R$ 29,90 para assinantes Descomplica e R$ 99,90 para demais interessados. O curso é voltado para vestibulandos, mas também são bem-vindos estudantes do ensino médio e quem entrou há pouco na universidade.
Entre os temas a serem abordados estarão criatividade, sonhos, empreendedorismo, futurismo e felicidade. “Para montar o programa, levamos em conta o que seria interessante saber nessa fase da vida, antes de tomar alguma decisão importante, como escolher o curso da universidade, por exemplo. É um curso para inspirar os jovens”, conta Michelle Sander, diretora da Perestroika em Porto Alegre (RS).
A primeira aula tem a proposta de ser uma leitura da sociedade contemporânea, de fazer os estudantes entenderem como o mundo chegou à estrutura que tem hoje e a quais mudanças estão por vir. Em seguida, a aula sobre criatividade visa acabar com a mística de que a habilidade é um talento nato. “Criatividade é um processo que precisa ser exercitado constantemente. Quanto mais estimulado, mais criativa a pessoa é”, explica Sander. Durante a aula, os alunos serão apresentados a metodologias para estimular a habilidade no cotidiano, como o exercício de brainstorming gamificado – um jogo que explora cada ideia que passa pela nossa cabeça.
Segundo Sander, na aula sobre felicidade, a base é a famosa frase de Dalai Lama: “Felicidade é quando o que você pensa, sente e faz estão alinhados”. Assim, a ideia é mostrar aos alunos que felicidade não é um objetivo, mas sim uma forma de viver, e para isso é preciso que eles identifiquem o que os deixam felizes. Ao contrário dos sonhos, que é tema da aula subsequente. “O sonho, sim, é uma meta, um proposito a ser perseguido. Vamos mostrar como direcionar a vida para que seja possível realizar os sonhos”, conta a diretora.
Um pensamento que permeia todo o curso são as transformações que estão acontecendo na sociedade, que ainda não são possíveis nem de ser perfeitamente identificadas ou compreendidas. “Esses jovens vão trabalhar em empresas que ainda nem foram criadas. Precisam estar preparados para as mudanças e estimulá-los a fazer o que gostam. É um grande passo nessa direção”, argumenta Sander sobre a importância da aula de futurismo, que vai falar do futuro do mercado trabalho e como a sociedade está se transformando cada vez mais rápido.
O curso se encerra com a aula sobre empreendedorismo. Sander diz que neste tema outro mito precisa ser quebrado. Segundo ela, quando ouvem essa palavra, os alunos automaticamente a associam a empresários engravatados e grandes corporações. “Empreender é atitude, é uma postura de vida. Estamos na era dos fazedores, a internet permite que façamos coisas de maneira rápida e fácil. Essa é apostura que esses jovens tem que ter, de arriscar e de aprender com isso.”