O que considerar na hora de implantar tecnologia na escola? | PORVIR
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Inovações em Educação

Custo e eficiência: O que considerar na hora de implantar tecnologia na escola?

Além de analisar o investimento em tecnologia, o gestor deve avaliar e incluir no planejamento a eficiência

Parceria com Sejunta

por Ruam Oliveira ilustração relógio 10 de junho de 2021

Imaginar uma escola que não tenha nenhum contato com a tecnologia pode parecer difícil mesmo antes da pandemia de covid-19. Agora, com estudantes, famílias e educadores mais apropriados do uso e cientes do potencial que plataformas e aplicativos têm para potencializar a aprendizagem, a responsabilidade do gestor educacional é ainda maior.

Adotar um projeto que pense de ponta a ponta e esteja pronto para o lado pedagógico e de gestão, demanda uma visão integrada e o entendimento de que não acontecerá da noite para o dia. Geralmente esse processo é gradual. Muitas escolas iniciam a informatização de seu projeto pedagógico a partir de uma etapa específica, como o fundamental 2, e pouco a pouco vai expandindo aos poucos conforme a comunidade de educadores e corpo técnico adquirem capacidade e conseguem levar o discurso para a prática de forma natural.

Neste cenário, ainda mais diante da turbulência da covid-19, líderes engajados no processo de transformação digital estão também atentos às questões mais práticas dessa implementação, entre elas os custos envolvidos. Quanto custará para a escola o investimento que dará a possibilidade de que cada aluno possa ter seu próprio dispositivo e uma aprendizagem personalizada, por exemplo? A curto, médio e longo prazo?

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Um planejamento para cada escola
A escola Pro Campus, em Teresina (PI), decidiu utilizar dispositivos Apple em sala de aula por entender que, a longo prazo, os equipamentos apresentavam menor necessidade de manutenção e o alto custo inicial poderia ser abatido com o passar do tempo e menos exigências envolvendo reparos ou suporte. Clementino Júnior, diretor administrativo da instituição, afirma que o custo inicial foi significativo, mas hoje se diz seguro pela escolha.

Ao optar por um tipo de dispositivo, o gestor precisa estar atento às projeções de custo que o projeto e essa escolha demandam. “Tivemos que fazer um planejamento, sentar e analisar”, diz Clementino. Essa decisão inicial foi, no entanto, a parte mais difícil segundo ele.

Manter um diálogo aberto com a comunidade também influenciou nessa inserção de dispositivos. Além da animação dos estudantes ao ter contato com dispositivos tecnológicos, eles próprios foram influenciando os pais na compreensão de que as possibilidades de aprendizagem podem crescer com este tipo de ferramenta.

Dispensando os receios que parte dos educadores possam ter com relação a usar, por exemplo, o iMovie para trabalhar histórias com vídeo ou o Garageband para planejar aulas com áudios, há que se observar os receios dos próprios gestores quando precisam efetuar uma mudança grande na escola.

Mairiane Bastos, gerente pedagógica do Núcleo de Inovação e Tecnologia da Escola Crescimento, uma Apple Distinguished School localizada em São Luís (MA), afirma que é importante também levar em consideração  elementos que trazem maior eficiência para o projeto, como por exemplo, a possibilidade de monitoramento e gerenciamento dos dispositivos utilizados pelos alunos.

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Na escola onde atua,, a direção está encarregada de definir o que será instalado nos dispositivos. Mairiane cita como exemplo que, caso o aluno deseje usar um aplicativo de gerenciamento de tarefas como o Trello – algo que não faz parte do programa de aula – pode fazer a solicitação e a instituição realiza a instalação.

A facilidade de implementação de dispositivos também está muito associada ao modelo definido. Alguns casos permitem maior flexibilidade de instalação de aplicativos e programas, e outros demandam mais tempo e exigem equipe específica e dedicada a esse tipo de apoio e suporte.

A Crescimento atua com tecnologia digital há 12 anos, e recentemente tem aplicado a fórmula de um dispositivo por aluno. A gerente educacional da instituição explica que, mesmo neste modelo individualizado para a maioria das séries, a rotatividade de uso é grande. Um mesmo aparelho acaba sendo usado por alunos de diferentes estágios ao longo dos anos desde a aquisição.

“O nosso ciclo vai do 9º ano à 3ª série do ensino médio, então quanto o aluno completa a terceira série, nós pegamos aquele equipamento e direcionamos para um estudante do 9º ano”, diz Mairiane.

Em outras palavras, tanto Mairiane, quanto Clementino, entendem que o custo inicial de implantação pode, a longo prazo, ser revertido em eficiência, e os ganhos podem estar na vida útil dos dispositivos, no suporte e manutenção, fatores que à primeira vista podem parecer invisíveis.

“O custo da implementação, se comparado ao valor inteiro do projeto, corresponde a apenas dez ou vinte por cento do total”, aponta Eric Chaves, arquiteto de soluções de Tecnologia da Informação na Sejunta, Apple Authorized Reseller que tem como um de seus objetivos trabalhar a transformação digital.

Eric destaca que investir em tecnologia educacional é tornar a rotina mais automatizada, diminuindo assim trabalhos manuais. É como se o educador pudesse dedicar mais do seu tempo pensando na aplicação de uma metodologia do que na ferramenta em si. Para o lado de quem lidera a escola, o representante da Sejunta destaca ainda que o  impacto de custos e eficiência pode aparecer, também, em áreas não necessariamente correlatas, como, por exemplo, na diminuição do uso de papel, visto que muitas das atividades, apostilas, e demais conteúdos estão concentrados nos dispositivos.

Essa diminuição de uso de papel e de impressões, por exemplo, resulta no impacto ambiental que a escola deseja atingir, um tema observado por muitos gestores e que deve estar presente na maioria das escolas do século 21. Levando em consideração também o tempo de vida útil de cada aparelho, há também uma projeção de redução de lixo eletrônico, o que igualmente impacta em questões relacionadas ao meio ambiente e podem ser observadas pelos gestores no momento de implantação da tecnologia em seu projeto pedagógico.

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dispositivos móveis, personalização, tecnologia

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