Dicas para começar a usar aprendizagem por projetos na sua volta às aulas

Quando um estudante investiga a poluição de um rio local e, para isso, mobiliza conhecimentos de ciências, geografia, matemática e sociologia, ele vai além do conteúdo. Está aprendendo a conectar saberes, analisar diferentes perspectivas e propor soluções para problemas reais. É essa proposta da aprendizagem baseada em projetos, metodologia também conhecida como PBL, sigla do inglês Project-Based Learning.

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Quem explica mais sobre isso é Renata Salomone, coordenadora pedagógica e fundadora da MAPA Metodologias Ativas, parceira do programa Solve for Tomorrow Latam, que, junto ao Porvir, está produzindo um curso gratuito exclusivo para professores da América Latina. Em entrevista, Renata compartilha experiências e caminhos para implementar projetos nas escolas e convida educadores da América Latina a participarem do nova formação, certificado de 15 horas de participação. As inscrições já estão abertas neste link e são voltadas a professores do ensino médio e outros educadores interessados em aplicar metodologias ativas. 

O que e por que adotar a abordagem de projetos

Para Renata, o aprendizagem por projetos torna o processo de aprendizagem mais significativo porque parte de perguntas autênticas que desafiam os alunos a buscar respostas em contextos reais. Ao investigar temas como mobilidade urbana, saúde mental, alimentação saudável ou desigualdade social, os estudantes desenvolvem habilidades como pesquisa, colaboração, argumentação e criatividade. “A aprendizagem baseada em projetos não apenas conecta escola e mundo, mas também amplia o sentido do aprender e fortalece o papel social da educação”, destaca.

Com mais de uma década de atuação em formação docente e inovação educacional, Renata já acompanhou escolas públicas e privadas na adoção de metodologias ativas. Ela observa que a abordagem provoca mudanças profundas na cultura pedagógica, da avaliação mais formativa ao planejamento coletivo, e garante que os benefícios são visíveis. “É um processo de construção. Ninguém precisa começar com um projeto perfeito. O importante é dar o primeiro passo”, orienta.

Uma das transformações proporcionadas pela aprendizagem baseada em projetos é fazer com que os professores desafiem o óbvio e pensem de maneira criativa. A metodologia rompe com a lógica disciplinar tradicional e, com o tempo, os docentes passam a planejar suas aulas naturalmente com essa perspectiva. 

Como começar a adotar projetos na sua escola

Confira três dicas práticas da especialista para introduzir a aprendizagem baseada em projetos na sala de aula:

• Comece pequeno: escolha um tema próximo da realidade dos alunos.
• Tenha professores parceiros: trabalhar em equipe favorece a interdisciplinaridade e divide os esforços.
• Valorize o território: traga a comunidade para dentro do projeto, com entrevistas, parcerias e trocas de saberes.
  

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A formação começa em 18 de agosto e é destinada a professores da educação básica, especialmente do ensino médio, além de coordenadores pedagógicos, gestores escolares e profissionais interessados em inovação educacional. 

As inscrições estão abertas e podem ser feitas gratuitamente neste link.

Conheça a plataforma Solve for Tomorrow Latam

O conteúdo da plataforma Solve for Tomorrow Latam é coordenado e produzido pela Agência de Soluções do Instituto Porvir e voltado à rede de educadores de todos os países da América Latina. O Solve for Tomorrow é um programa global da Samsung que estimula estudantes a encontrar soluções para problemas reais de suas comunidades, além de reconhecer os professores que mediam esse conhecimento.

Disponível em português, inglês e espanhol, a plataforma oferece uma coleção abrangente de referências e práticas pedagógicas inspiradoras em educação STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática). O material é fruto das experiências de educadores que participaram do Samsung Solve for Tomorrow nos últimos 10 anos, compartilhando projetos inovadores realizados em escolas públicas da América Latina.

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