Dicas e materiais de apoio para atividades da educação infantil
Após o período de férias, as crianças voltam às escolas para o segundo semestre cheias de entusiasmo e energia. Confira dicas para recebê-las
por Redação 
29 de julho de 2025
Chegou a hora de retomar o contato com os alunos de todas as etapas da educação básica. Em creches e pré-escolas, a educação infantil, voltada a crianças de 0 a 5 anos, é uma etapa essencial da primeira infância. Esse período, fundamental para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional, exige que os docentes estejam cada vez mais preparados para construir um ambiente acolhedor, estimulante e envolvente. Meninos e meninas devem estar no centro do processo de aprendizagem, com a garantia de que seus direitos serão respeitados e fortalecidos.
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Para apoiar os professores dessa fase, o Porvir selecionou uma série de conteúdos que reúnem sugestões de práticas pedagógicas aplicáveis à sala de aula, materiais de apoio, programas de áudio e pesquisas que podem contribuir tanto para o planejamento das aulas quanto para a reflexão sobre essa faixa etária.
Confira abaixo algumas recomendações do Porvir:
Para refletir
O brincar como parte fundamental do aprender
O universo das brincadeiras é muito mais do que simples atividades de lazer para as crianças. Brincar é essencial para o processo de aprendizagem e desenvolvimento integral. Especialistas ouvidos pelo Porvir destacam como o ato de brincar contribui para a construção de vínculos, o exercício da criatividade, o desenvolvimento motor e emocional, além de fortalecer a autonomia e a expressão das crianças. Em um cenário educacional que ainda valoriza majoritariamente práticas tradicionais, o brincar precisa ser reconhecido como parte estruturante do currículo na educação infantil.
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Os benefícios do brincar criativo no desenvolvimento de crianças autistas
O brincar criativo contribui significativamente para o desenvolvimento de crianças autistas, estimulando habilidades cognitivas, sociais e de comunicação de forma lúdica e respeitosa. Atividades que envolvem faz de conta, jogos simbólicos e interações mediadas ajudam na construção de vínculos e na expressão de emoções. Quando os adultos acolhem os interesses das crianças e criam espaços seguros e estruturados, mas abertos à imaginação, ampliam as possibilidades de aprendizagem e inclusão, reconhecendo o brincar como uma linguagem essencial para todas as infâncias.
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‘É um equívoco não falar de racismo com crianças brancas’, diz pesquisador
Evitar falar sobre racismo com crianças brancas contribui para a manutenção das desigualdades. Desde cedo, é fundamental que elas compreendam o que é o racismo, como ele se manifesta na sociedade e qual o papel de cada pessoa na construção de um mundo mais justo. Promover conversas abertas, mediadas por livros, filmes e situações do cotidiano, ajuda a desenvolver empatia, senso de justiça e consciência crítica. A educação antirracista precisa ser parte da formação de todas as crianças, independentemente de sua cor ou origem.
Leia a entrevista
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Como a música prepara o cérebro para aprender?
O pesquisador foi finalista do 2º Prêmio Ciência pela Primeira Infância, promovido pelo NCPI (Núcleo Ciência pela Primeira Infância) em 2024. Além da pesquisa, ele lançou um infográfico sobre como falar de raça e racismo com as crianças. Baixe gratuitamente aqui.
Cresce o número de crianças de 0 a 8 anos com celulares próprios
O debate sobre o acesso e uso de internet e dispositivos móveis por crianças está dentro e fora da escola. Se no ambiente escolar os aparelhos estão restringidos por lei ao uso pedagógico, dentro de casa e em outros espaços talvez o cenário seja outro. Novos dados divulgados pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) mostraram que crianças de 0 a 8 anos têm mais acesso não só ao uso, como também à posse desses aparelhos. As informações fazem uma comparação entre 2015 e 2024.
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Para inspirar
Arte contemporânea é ferramenta para levar Cultura de Paz à educação infantil
A professora Daniela Mara Heckler utiliza a arte contemporânea como ferramenta para promover uma cultura de paz na educação infantil. A partir de obras que abordam temas como diversidade, empatia e respeito, ela convida as crianças a expressarem sentimentos, observarem o outro e refletirem sobre convivência. Suas propostas valorizam o diálogo, a escuta e a expressão artística como formas de resolver conflitos e fortalecer vínculos. Com isso, transforma o espaço escolar em um ambiente mais sensível, acolhedor e consciente das diferenças.
Conheça a prática
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12 livros brincantes para comemorar a infância todos os dias
Livros que convidam à brincadeira são ótimos aliados para estimular a imaginação, a criatividade e o vínculo entre adultos e crianças. Títulos que envolvem sons, movimentos, rimas, interações e surpresas ajudam a transformar a leitura em uma experiência lúdica e participativa. Além de aproximar os pequenos do universo literário, essas obras despertam o prazer de ler e brincar ao mesmo tempo, reforçando o papel da literatura como fonte de afeto, descoberta e diversão.
Confira a lista e dicas de mediação
16 livros inspiradores sobre representatividade e inclusão de pessoas com deficiência
Livros que abordam a inclusão de pessoas com deficiência são ferramentas valiosas para promover o respeito às diferenças desde a infância. Por meio de histórias sensíveis, acessíveis e representativas, essas obras ajudam a ampliar o olhar das crianças sobre a diversidade humana, incentivando a empatia e a convivência. Para mediar essas leituras, é importante escolher títulos que trazem personagens com deficiência em situações cotidianas, evitando estereótipos, e estimular conversas que acolham dúvidas, valorizem o diálogo e reforcem a ideia de que todas as pessoas têm direito de aprender, brincar e participar.
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Podcast apresenta trajetória de cientistas brasileiras para crianças
Apresentar às crianças o trabalho de cientistas brasileiras por meio de podcasts é uma forma divertida e inspiradora de aproximá-las da ciência e da representatividade. Com linguagem acessível e episódios curtos, os conteúdos ajudam a despertar a curiosidade científica desde cedo, mostrando que a ciência está presente no cotidiano e que meninas também podem ser cientistas. Para mediar essa escuta, professores podem ouvir junto com as crianças, incentivar perguntas, propor conversas sobre os temas abordados e até realizar pequenas experiências em casa ou na escola, conectando o conhecimento ao mundo real.
Acesse a lista e saiba como trazer os podcasts para sua aula
Professoras da USP lançam e-book gratuito sobre crianças e museus
O e-book reúne reflexões e práticas sobre a relação entre crianças e museus, defendendo que esses espaços culturais podem ser potentes territórios de aprendizagem, escuta e expressão. A publicação propõe que os museus sejam vivenciados pelas crianças como ambientes de investigação e diálogo, e não apenas de contemplação. Para isso, sugere formas de mediação que valorizam o protagonismo infantil, como explorar as exposições a partir de perguntas das crianças, incentivar a livre circulação e criar conexões com suas experiências cotidianas. Assim, o museu se transforma em um espaço de encontro, curiosidade e descoberta.
