Educação em São Paulo: Educação Infantil e Alfabetização
por Redação 
7 de março de 2013
O que disse o prefeito:
“Faltam creches em São Paulo, mas a cidade tem uma boa cobertura em relação ao Brasil.”
“A falta de vagas na educação infantil não explica o Ideb baixo. Tem cidades com uma cobertura muito inferior à de São Paulo e Ideb muito mais alto.”
crédito Fernando Sandoval | Porvir Maria Alice Setúbal e Anna Helena Altenfeder, do CENPEC, e o Secretário César Callegari
O que disse o secretário:
“Precisamos eliminar o déficit de vagas nas creches de São Paulo. Temos outros problemas que vão demorar um pouco mais de tempo, mas esse pode ser resolvido e logo. O poder público, em âmbito municipal, estadual e federal, vai ampliar as vagas, construindo mais creches. Nós gostaríamos que as empresas, no exercício da sua responsabilidade social, também instituíssem creches e pré-escolas voltadas aos filhos dos seus funcionários e da comunidade em que elas estão inseridas.”
Propostas dos Participantes:
“Acredito que a prefeitura deva construir creches em São Paulo e se responsabilizar por isso, porque os primeiros anos de vida são fundamentais para todo o crescimento das crianças. Não vejo a terceirização como uma saída sustentável. Pode ser (uma ação) emergencial, mas não permanente.”
Fabíola Cidral
CBN
“Precisamos pensar em como lidar com essa rede de (creches) conveniadas para que elas também tenham uma boa qualidade, porque a gente vê que há uma diferença entre a rede conveniada e a rede de educação infantil do município.”
Maria Rebeca Gomes
UNESCO
“A creche é um modo fundamental de preparar as crianças e as famílias para entrarem na escola, nas regras e no funcionamento das instituições públicas. O segundo ponto é a questão da alfabetização. Nós ainda temos problemas de analfabetismo na cidade de São Paulo. A gente tem a obrigação de chegar ao final dessa gestão tendo zerado a questão do analfabetismo.”
Maria Alice Setúbal
Cenpec / Fundação Tide Setúbal
“O desafio da aprendizagem escolar deve ser determinante e começa com o fechamento da torneira do analfabetismo. Garantir que toda criança que vive em São Paulo esteja plenamente alfabetizada, pelo menos, até os 8 anos de idade: isso é fundamental para assegurar as etapas seguintes da formação dessa criança.”
Mozart Ramos Neves
Todos Pela Educação
“Transformar ações pontuais em políticas educacionais é um ponto chave para pensarmos hoje, por exemplo, na questão da alfabetização no ciclo.”
Inês Kisil Miskalo
Instituto Ayrton Senna
“Investindo na primeira infância, conseguimos atingir uma sociedade melhor. É nesses primeiros anos de vida que a criança desenvolve todo o seu potencial para virar um adulto saudável.”
Gabriela Pluciennik
Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
“A prioridade do ensino fundamental, preparado por uma boa educação infantil, deveria ter apenas dois focos: inclusão e aprendizagem. Inclusão, porque ter todas as crianças na escola ou na creche é uma meta que ainda não está totalmente atingida. Mas o mais importante é a qualidade de ensino-aprendizagem no que acho que ainda temos muito para progredir.”
Antonio Jacinto Matias
Fundação Itaú Social
“A educação infantil é responsabilidade exclusiva do município. Eu gostaria que ela fosse vista não só como um direito de acesso, mas como um espaço de aprendizagem. A criança tem a possibilidade de aprender e mudar sua trajetória completamente com aquilo que ela vivencia na educação infantil. A educação infantil impacta imensamente a educação básica, o ensino fundamental.”
Ana Inoue
Instituto Acaia
“As crianças de 0 a 3 e de 4 e 5 anos precisam ter vagas para que desenvolvam seu potencial intelectual nessa faixa etária, que é tão importante. E que também as mães e os pais tenham a possibilidade de sair tranquilos para os seus trabalhos.”
Ester Rizzi
Ação Educativa
