Educação em São Paulo: Propostas para a Colaboração Intersetorial
por Redação 26 de março de 2013
O que disse o prefeito:
“A questão das parcerias na cidade de São Paulo evoluiu pouco, mais por razões idiossincráticas do que por falta de vontade dos agentes políticos e privados de cooperar com a cidade.”
“Queremos fazer alianças estratégicas com a iniciativa privada e organizações sociais para elaborar projetos de educação em comum.”
“Os projetos que mais funcionam são os criados junto com a comunidade e incorporados por ela.”
“A iniciativa privada não deve fazer as coisas da própria cabeça. Se há um grupo de agentes interessado em atuar em determinado território, é preciso alinhar estrategicamente as ações.”
O que disse o secretário:
“Os discursos que marcam a posse do prefeito passam essa ideia de uma cidade mais solidária e não só de conquistadores urbanos.”
“Em educação, ninguém faz nada sozinho. Educação é resultado de muito trabalho e do trabalho de muitos que tenham uma visão generosa de contribuir para que as coisas avancem.”
“Há muitas atividades que têm sido desenvolvidas e programas que têm sido implementados por essas organizações e que nós pretendemos aproveitar de peito aberto e sem nenhum tipo de preconceito, mas com foco em resultados. A Secretaria Municipal de Educação e o próprio Prefeito Fernando Haddad estão absolutamente determinados a construir quantas forem as parcerias necessárias para esse objetivo.”
Propostas dos participantes:
“Sugerimos a cocriação de um fórum empresarial de apoio à cidade de São Paulo que reúna empresas para discutir as prioridades da cidade, inclusive a educação. Um espaço liderado pelo prefeito que, a partir do seu plano de metas, ajude as empresas a terem diretrizes para definir sua contribuição, seu papel nesse processo.”
Jorge Luiz Abrahão
Instituto Ethos
“A grande prioridade da prefeitura é se integrar melhor com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que já desenvolveu, com a ajuda de empresários, um programa de 20 anos com várias medidas revolucionárias em termos de educação.”
Jair Ribeiro
Parceiros da Educação
“Um dos desafios é a relação entre as escolas municipais e estaduais, principalmente com foco no ensino fundamental II, que está dividido entre as duas redes e é o período com menor atenção por parte dos gestores da educação.”
Ana Lima
Instituto Paulo Montenegro
“Um planejamento público participativo, ou seja, que tenha a participação da população na sua construção e que, por ser público e divulgar os dados, garanta o controle social.”
Ester Rizzi
Ação Educativa
“Esse encontro foi também um grande chamamento à nossa responsabilidade de atuar em rede, conjuntamente com a prefeitura e a secretaria municipal, pra fazer avançar a educação em São Paulo.”
Priscila Cruz
Todos Pela Educação
“Nós podemos – o terceiro setor, a sociedade civil – pensar muito próximo da prefeitura, em parcerias transformadoras. Por outro lado, em vez de oferecer coisas prontas, devíamos perguntar para o prefeito o que ele quer desse setor e como é que juntos a gente pode efetivamente ajudar a transformar a escola.”
Maria do Pilar Lacerda
Fundação SM
“É preciso um trabalho bastante organizado e estruturado para haver um encontro entre as prioridades que a própria prefeitura coloca e os programas dos institutos, assim como novos programas que nós possamos fazer juntos.”
Pedro Villares
Instituto Natura
“As universidades podem usar o conhecimento científico para impactar nas políticas públicas.”
Jason Dyett
Universidade de Harvard
Fomentar a participação da iniciativa privada interagindo com o setor público é um dos processos que contribui para desenvolvimento sócio-econômico do Brasil. A teoria da Tríplice Hélice que deve ser colocada em prática e a idéia do Fórum contribui essencialmente para interlocução entre os vários players.
Quanto a integração da educação municipal com a estadual é algo que não deveria ser questionado por nenhuma das partes, haja vista que possuímos um Sistema Nacional de Educação. No processo de internacionalização do Ensino Superior países distintos conseguem desenvolver um modus operandi para mobilidade de alunos, docentes e funcionários buscando atratividade e competitividade. É um modelo que pode funcionar na Educação Básica, com suas devidas adequações e gerar inovação no maior estado brasileiro.
Maria Carmen Tavares Christóvão
http://www.blogdafei.com.br/innovares/grupo-de-inovacao-em-instituicoes-de-ensino-superior/