Educadoras usam Kahoot! em circuito maker para construção de super-heróis
Experiência de Brasília (DF) mostra como o aplicativo pode ser utilizado como uma ferramenta de ativação para atividades mão na massa
por Soraya Lacerda / Daniela Lyra 20 de janeiro de 2021
Nós usamos muito o aplicativo Kahoot! aqui na Casa Thomas Jefferson, em Brasília (DF), em momentos de ativação da turma e para provocar nos estudantes um olhar próximo para algum conteúdo ou até mesmo relembrar o que eles já sabem.
Como desenvolvemos muitas atividades maker, gostamos sempre de estruturar em três momentos: ativação, desenvolvimento e conclusão com registro e compartilhamento. Dentro dessa lógica, o Kahoot! foi uma das ferramentas utilizadas para a etapa inicial de uma atividade de tarde inteira, em que crianças de 8 a 12 anos tinham que criar um super herói para salvar o meio ambiente.
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Na etapa de ativação, fazemos algo que desperte a curiosidade para o que vem a seguir. A proposta inclui uma espécie de mergulho inicial para o tema ou assunto da nossa jornada maker. Ou seja, se você olhar para o famoso ciclo da jornada do herói, aqui estamos naquele momento do convite para a aventura. Os estudantes precisam ficar empolgados. Por isso, nesse caso escolhemos trabalhar com o Kahoot! para fazer perguntas sobre super-heróis, nomes e super poderes. Nossa ideia é levá-los a pensar de acordo com esse universo dos super heróis, lembrando de nomes, roupas, comportamentos e personalidades.
Além do Kahoot!, também usamos uma atividade customizada no Osmo Words para trabalhar questões relacionadas ao vocabulário e o Quest, jogo em que espalhamos pistas pelo jardim da escola para eles descobrirem mais sobre meio ambiente, preservação e uso consciente da água.
Depois de levar os estudantes ao universo dos super heróis e do meio ambiente, começamos o desenvolvimento da atividade. Eles foram divididos em grupos de 4 e, após completar o circuito de ativação, receberam um código para acessar o Scratch. Na plataforma, eles eram apresentados à persona do super-herói. O programa contava uma história da personagem, a partir daí, cada equipe dava início a sua atividade maker.
Durante a atividade mão na massa, as crianças tiveram que idealizar seus super-heróis, criar um super poder, desenhar um distintivo e ainda construir acessórios, como braceletes, botas, cintos, capas, entre outros.
No final, cada equipe teve que fazer uma apresentação do seu super herói. Além de compartilhar as ideias com toda a turma, eles escolheram um integrante do grupo para se fantasiar e usar os acessórios construídos.
Os estudantes ficaram bem empolgados com esse circuito. Percebemos que uma atividade de ativação bem pensada e estrutura impulsiona o aluno na hora de colocar a mão na massa.
Não adianta usar o Kahoot! para fazer um quiz qualquer, ele precisa estar conectado com a atividade que será trabalhada. A ferramenta pode ser uma boa forma de recuperar um conhecimento que já existe, além de deixá-lo mais acessível para começar uma atividade.
Soraya Lacerda
Bibliotecária de formação e educadora por paixão. Desde 2015 coordena o primeiro espaço maker educacional bilíngue do Brasil: o Thomas Maker [@thomasmaker_edu]. Acredita em um sistema educacional ativo e inovador, e também que narrativas implementadas neste tipo de ambiente promovem em nossos jovens o seu protagonismo, desenvolvendo no processo um aprendizado mais profundo e habilidades essenciais para que se tornem cidadãos ativos no cenário futuro: colaboração, criatividade para resolução de problemas e resiliência. [linktr.ee/soralina]
Daniela Lyra
Moderadora online, designer instrucional, que atua como Especialista em Tecnologia Educacional na Casa Thomas Jefferson em Brasília. Desde 2015, Daniela vem implementando a Pedagogia Centrada no Fazer [maker-centered learning] no primeiro espaço dedicado ao movimento do fazer em um Centro Binacional: o Thomas Maker.[@danilyra]