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Inovações em Educação

Educadores e estudantes brasileiros levam projetos para maior feira de ciências do mundo

Trabalhos exibidos na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia e na Mostratec ganham repercussão internacional

por Vinícius de Oliveira ilustração relógio 10 de maio de 2019

Educadores e estudantes brasileiros que se destacam em projetos na área de STEM (sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharia e matemática) vão participar da Intel International Science and Engineering Fair, em Phoenix (Arizona, nos Estados Unidos), a maior feira de ciências do mundo, que acontece entre 12 e 17 de maio. Ao todo, são 18 os projetos brasileiros que serão exibidos nos EUA, sendo nove provenientes da Frebrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) e nove da Mostratec (Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia) de Porto Alegre (RS).

Entre os professores, estão nomes que integram o programa STEM TechCamp BRASIL, uma iniciativa da Embaixada dos EUA no Brasil em parceria com o LSI-TEC (Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico) e apoio da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo) e do Grupo +Unidos.

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Um dos projetos é o de Juliana Estradioto, uma ex-aluna do curso técnico de administração do Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Osório. “Consigo ver o quanto mudei desde que entrei no instituto aos 14 e me formei aos 18 porque houve incentivo para desenvolver projetos ligados à ciência e à tecnologia”, disse. Autora de três projetos de pesquisa ao longo do ensino médio, ela levará aos EUA o último deles, que aproveita resíduos de casca de macadâmia.

No projeto, a casca da noz que iria para o lixo é usada como alimento para microrganismos. O produto da digestão é uma membrana versátil, com resistência mecânica que permite com que seja adotada como substituta ao plástico usado para recolher fezes de cachorro.

Embalagem biodegradável produzida com resíduos de macadâmiaArquivo pessoal

O interesse de uma aluna de administração pelas ciências foi despertado pela professora Flávia Twardowski, que apoia pesquisas de estudantes desde 2010 e também está envolvida em projetos de extensão em 23 cidades do litoral norte gaúcho. Ao lado da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Flávia atua no projeto “Meninas na Ciência” em três escolas, com 14 bolsistas do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que desenvolvem atividades com alunos e professores da instituição.

Elmara Pereira de Souza, professora e coordenadora do Centro Juvenil de Ciência e Cultura de Vitória da Conquista (BA), uma instituição pública que trabalha com atividades de contraturno para alunos de 14 a 20 anos, de todas as escolas da região, com três ciclos anuais de 400 vagas, em áreas como literatura, quadrinhos, artes, cinema e programação.

“Um dos principais objetivos do centro é ouvir os jovens, entender o que eles querem e usar isso a favor da educação. Não queremos ensinar mais conteúdo, mas a partir de atividades como a fotografia, da culinária e da moda, os alunos podem aprender mais matemática e com bonecos de Star Wars e miniaturas de LEGO, aprendem filosofia e literatura”, exemplifica.

Supervisor de ensino Secretaria de Educação de Santa Catarina (SC), Marcos Ribeiro Chaves é um ex-multiplicador do Núcleo de Tecnologias Educacionais que visitava as 17 escolas de sua regional para conversar com professores e alunos de ensino médio. Após participar o encontro gestores e professores do programa, em fevereiro, na USP, começou a atuar no âmbito da secretaria para atividades de sensibilização e formação para políticas e ações de fomento ao STEM. “É nossa obrigação multiplicar essas informações entre escolas, professores e redes porque precisamos de pesquisadores nesta área”, disse.

Também integram o grupo de educadores STEM TechCamp Iuri Oliveira Rubim, do Instituto Anísio Teixeira/Secretaria da Educação do Estado da Bahia (BA) e Bruno de Castro Rozenberg, da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (MG).

A Intel International Science and Engineering Fair deve contar com a participação de mais de 1800 estudantes de ensino médio de 80 países.


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aprendizagem baseada em projetos, ciências, competências para o século 21, educação mão na massa, ensino médio, sustentabilidade, tecnologia

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