Ferramenta gratuita ajuda estudar para o Enem com o WhatsApp
Aprendizap utiliza chatbot para interagir com o estudante pelo aplicativo e indica roteiro de estudo personalizado
por Marina Lopes 4 de outubro de 2019
Na contagem regressiva para Enem (Exame Nacional do Ensino Médico), que neste ano acontece nos dias 3 e 10 de novembro, muitos estudantes começam a buscar estratégias para revisar os conteúdos. Se por um lado a internet está repleta de textos e videoaulas, por outro, ela traz à tona uma nova questão: como começar e quais são as melhores fontes? Agora imagine se fosse possível receber pelo WhatsApp os principais tópicos que são cobrados no exame. Essa é a proposta da ferramenta gratuita Aprendizap, que oferece uma trilha de estudos personalizada pelo aplicativo.
Em parceria com a edtech Descomplica, a ferramenta foi desenvolvida pela Fundação 1Bi, instituição social pertence ao Grupo Movile, mesmo dono do aplicativo de entregas iFood e da plataforma de eventos Sympla. “A ideia do AprendiZap é pegar uma curadoria feita por especialistas e colocar isso em uma ferramenta acessível e gratuita para todo mundo”, explica analista de desenvolvimento de projetos de impacto social Débora Nunes, responsável pela Fundação 1Bi.
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Para utilizar a ferramenta, o estudante acessa o WhatsApp e envia a mensagem #APRENDIZAP para o número +55 11 97450-6763. A partir daí, ele escolhe se deseja estudar uma das quatro áreas de conhecimento (humanas, natureza, matemática e linguagens) ou até mesmo treinar para a redação. Todas as interações no aplicativo ocorrem por meio de um chatbot, programa de computador que utiliza inteligência artificial para simular uma conversa humana.
Assista ao vídeo para entender como funciona:
Ao interagir com a ferramenta, o estudante aponta suas principais dificuldades e recebe dicas de como organizar seus estudos, links de videoaulas e mapas mentais que resumem alguns dos tópicos mais procurados. Com mensagens curtas e objetivas, os conteúdos apresentados sempre indicam ao usuário o que é abordado em determinado texto ou quanto tempo será gasto para assistir a um vídeo.
A ideia de desenvolver uma trilha de estudos com foco no Enem, segundo a responsável Fundação 1Bi, surgiu durante o período de teste da ferramenta. Inicialmente, os usuários poderiam escolher entre dois caminhos: desenvolver competências para o trabalho do futuro ou pedir indicações de atividades para utilizar tecnologias na sala de aula, sendo a primeira com foco em estudantes e a segunda voltada para educadores. “O Enem surgiu de uma necessidade do nosso público. Entendemos que é um tema prático voltado para uma necessidade urgente das pessoas, que buscam conteúdos gratuitos que tenham respaldo de qualidade e de curadoria”, diz Débora.
Assuntos mais procurados no Enem
A curadoria de conteúdos para o Enem foi feita pela Descomplica, que reúne videoaulas para preparar estudantes para os principais exames de vestibulares e concursos. “Nós selecionamos as aulas que melhor performam na plataforma ou que tem mais interação no nosso canal do YouTube”, destaca Matheus Pires, gerente pedagógico da Descomplica.
Entre as maiores demandas dos estudantes na ferramenta, Matheus destaca temas de matemática e de produção de texto. “Geralmente, aparecem nas buscas muitos tópicos de redação, como introdução, proposta de intervenção e desenvolvimento, porque é uma parte importante do Enem e tem um peso grande na pontuação dos vestibulares de muitas universidades.”
Já nas disciplinas das provas de múltipla escolha, ele destaca dois comportamentos diferentes. Se no início do ano os campeões de busca são tópicos complexos, como logaritmo (matemática), Oriente Médio (ciências humanas) e ótica (ciências da natureza), quando chega perto da prova os estudantes passam a procurar os assuntos que mais caem, como ecologia e biologia (ciências da natureza), globalização (ciências humanas) e figuras de linguagem (linguagens). “Faltando poucas semanas, o aluno não quer mais estudar os assuntos ‘mirabolantes’. Em maio ele está na esperança de aprender tudo. Em outubro, ele deixa de focar nas questões mais difíceis para estudar os assuntos que sempre caem”, analisa o gerente pedagógico da Descomplica.