Longe do laboratório, turma de fundamental 1 pratica ciências na cozinha - PORVIR
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Diário de Inovações

Longe do laboratório, turma de fundamental 1 pratica ciências na cozinha

Professora de Campinas (SP) conta como adaptou aulas e estimulou uma turma do quarto ano do ensino fundamental a colocar a mão na massa

Parceria com CLOE

por Vera Ligia de Campos Henrique ilustração relógio 13 de maio de 2020

Trabalho há mais de vinte anos na educação. No início do ano, o Colégio Genius, em Campinas (SP), onde sou professora, trouxe a proposta de utilizar a plataforma digital para trabalhar conteúdos de ciências com turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental.

Para quem tinha experiência com livro didático e apostila, começar a trabalhar com uma plataforma digital foi um desafio novo. No entanto, logo nas primeiras aulas, percebi que as crianças estavam conseguindo se envolver e participar das atividades.

A CLOE é uma plataforma de aprendizagem ativa que coloca o aluno no centro do processo. Por lá, podemos percorrer diferentes expedições que integram projetos, conteúdos e atividades práticas para trabalhar de forma significativa.

Antes do fechamento das escolas, cada uma das minhas turmas estava participando de uma expedição. No quarto ano, por exemplo, estávamos percorrendo uma trilha que apresentava muitas experiências e estimulava momentos de interação entre os estudantes.

A expedição do quarto ano falava um pouco sobre gastronomia molecular, transformações físicas e energia térmica. Além de trabalhar os conteúdos propostos, fizemos muitas atividades em sala de aula que estimulavam a reflexão dos estudantes, como experiência de observação de como a água passa do estado sólido para o estado líquido.

Quando começou a quarentena, apesar de já estar trabalhando com uma plataforma digital, tive que fazer adaptações das aulas porque elas exigiam muitos momentos de interação e trabalho coletivo. Para dar continuidade aos conteúdos, passei a fazer algumas experiências na minha casa e também pedi para que os estudantes tentassem reproduzir com as suas famílias.

Durante as últimas semanas, observamos o que acontecia com o mingau armazenado em potinhos, preparamos chá e até fizemos geladinho de vários sabores. Compartilhamos receitas e tivemos um tempo para descrever como cada um fez na sua casa. Essa parte prática foi muito divertida, e os estudantes se engajaram muito.

Faltam três aulas para concluir essa expedição, mas já consigo perceber que os estudantes estão envolvidos com o conteúdo. As experiências chamaram muito a atenção da turma, que consegue lembrar de diferentes atividades e conteúdos que foram trabalhados.

Quer saber mais sobre aprendizagem ativa?
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CLOE

Vera Ligia de Campos Henrique

Nasceu em Campinas (SP) no dia 03 de junho de 1961. Cursou o magistério e também pedagogia. Trabalhou na rede pública, rede municipal e atualmente trabalha na rede particular de ensino Colégio Genius, em Campinas.

TAGS

aprendizagem ativa, aprendizagem baseada em projetos, competências para o século 21, coronavírus, tecnologia

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8 Comentários
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Juliana

Vera, adorei saber dessa experiência! Muito importante perceber que dá para fazer aprendizagem ativa assim, mesmo que longe.

Sandra Regina Carvalho

Parabéns Vera…concordo com Juliana…

Ivanilde

Que orgulho irmã?
Parabéns pelo seu reconhecimento, você é uma ótima profissional.
Deus abençoe sempre??

Wanda Lucas

No Colégio Bandeirantes trabalhamos Química na Cozinha, explorando o conteúdo de Propriedades Coligativas para a 2 série do EM. Foi muito interessante.

Sandra Regina Carvalho

Parabéns tenho um livro sobre Química na cozinha…e uso bastante com os alunos…

Sandra Regina Carvalho

Com a aprendizagem criativa, as crianças aprendem na prática, criando projetos e produtos, os alunos dão sentido ao conhecimento, intervêm e compreendem a realidade. Estimular nos alunos a capacidade de exercitar a curiosidade, de fazer perguntas e levantar hipóteses é fundamental no mundo em pandemia.Com a proposta de aprendizagem criativa se estimula o pensar, para investigar, resolver problemas e criar soluções.É papel da escola , em trabalho remoto oportunizar a participação da familia .

Sandra Regina Carvalho

Plantar feijões em algodão, orientado por ADULTO, observar a germinação do grão de feijão,
um experimento funcional, aplicado ao fundamental séries finais, relacionado a Biologia – Botânica, pode explicar a necessidade das plantas e a transformação dos elementos a sua volta em energia , introduz seus alunos as aulas de Química. Pode ver qual para qual planta atingiu a maior altura, pode ser feito orientado pelo professor ou membros da familia que orientam os filhos em casa, em aula remota

MONICA DOS SANTOS CASTELLANO RODRIGUES

VERA…. o mundo… o BRASIL….. precisa muito de sua colaboração….profissionais assim estão faltando em todo lugar… Fique na paz e PARABÉNS>….

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