Material didático para bilíngue deve ter diversidade e promover interação - PORVIR
Crédito: Alena Butusava/iStockPhoto

Inovações em Educação

Material didático para bilíngue deve ter diversidade e promover interação

Ter alinhamento às metodologias ativas e recursos que vão além do impresso é o primeiro passo para melhorar as interações na aula de inglês

Parceria com Edify

por Luciana Alvarez ilustração relógio 1 de julho de 2021

Um professor bem preparado e motivado costuma ser a chave do sucesso para promover o aprendizado de um segundo idioma. Porém, um material didático que esteja a sua altura também faz grande diferença. “Os materiais didáticos são ferramentas que apoiam o processo de ensino-aprendizagem. Por isso, precisam trazer clareza e apoio ao professor, oferecer diversidade, interação e análise crítica ao aluno. Todo esse suporte tem ainda de estar conectado ao currículo”, explica Rodolfo Marinho, especialista em projetos editoriais da educação básica.

No cenário brasileiro, onde muitos dos professores de inglês sequer têm formação específica, a relevância desse apoio é ainda maior. “É um desafio gigantesco, ainda mais se pensarmos que o material pode ser usado em todo o Brasil, em escolas e contextos muito diferentes. Por isso, ele tem que apresentar também flexibilidade e oportunidades variadas, para trabalhar com qualquer perfil de aluno. Não pode engessar, tem que ser sugestivo”, afirma Marinho.

Outro ponto fundamental é que material didático não pode ser sinônimo apenas de livro impresso. “A gente vive na era digital. É imprescindível que o estudante tenha acesso a recursos neste formato, que desenvolva habilidades também no digital. Além de tudo, sua oferta vai ser mais uma forma de contato, um aumento de exposição ao idioma”, diz.

Dentre tantas ofertas no mercado brasileiro, a escolha do material adequado deve ser feita com cuidado pelos gestores, sejam da rede pública ou particular. “O primeiro passo é entender seu contexto: qual é o projeto político pedagógico, qual é o currículo da sua rede. Se a escola trabalha com metodologias ativas, o material tem que seguir na mesma linha, porque o inglês tem que conversar com o restante do que se passa na escola”, explica o especialista.

Há dois anos, o Colégio do Carmo, em Santos, litoral de São Paulo, trocou os livros didáticos do ensino bilíngue de inglês e a mudança tem feito os estudantes se entusiasmarem mais pelo idioma. “Meus professores são os mesmos, mas antes eu não tinha um bilíngue com projetos”, conta Renata Gaia, diretora pedagógica da escola, onde o ensino bilíngue é oferecido no contraturno. “Também achava que faltava uma continuidade, uma sequência nas atividades, de forma que partissem da mais simples para a mais complexa”, justifica. Essa gradação dá aos próprios estudantes a percepção de que estão evoluindo.

Segundo Gaia, um bom material didático tem que dar suporte ao professor, oferecer propostas diversas e engajadoras. “No bilíngue, os alunos têm entre 10 e 20 horas de atividades semanais em inglês. É bastante tempo, mas eles sentem que o aprendizado é prazeroso, porque tem muita interatividade e diversidade. Nosso material atual promove ainda uma ampliação de repertório cultural, algo que tem valor além do aprendizado do idioma em si”, explica. Com estudo de questões multidisciplinares em inglês, o colégio tem conseguido que os estudantes desenvolvam a fluência oral, que é um dos grandes objetivos.

Raquel Carlos de Oliveira, gerente da Learning Factory, editora do Edify, conta que uma das suas principais preocupações é oferecer materiais com a capacidade de promover interações. “Nosso trabalho vem a partir da ponta, de uma escuta contínua, do acompanhamento de aulas para entender como estão “ganhando vida” na sala de aula”, afirma.

Na triangulação professor-material-aluno, cabe ao material oferecer propostas que promovam o bom relacionamento. “A aprendizagem conversa com a afetividade. Quanto mais baixos os níveis de ansiedade, quanto mais confiantes e confortáveis, maior a chance de aprender”, diz ela, citando como exemplo coleções em que mascotes acompanham todas as lições das crianças pequenas.

Para menores, de 4 e 5 anos, há a Ginger, uma gatinha sem dono que um dia aparece numa vila de casas da cidade. Para alunos de 6 e 7 anos, o papel fica para Percy, um quati selvagem, mas que vive perto dos humanos. “Nossa intenção é criar um elo afetivo e despertar o interesse. Os mascotes criam um ambiente favorável para o professor poder trabalhar questões do ponto de vista curricular, explorar vocabulário, por exemplo.”

Levar a personalização à sala de aula é também um dos pilares da editora. Uma das coleções, a Magic Minds, ganhou o prêmio ELTons Innovation Awards, promovido pelo British Council, pela inovação. “A coleção se baseia na perspectiva de aprendizagem por projetos, com dois eixos: artes expressão; pense e descubra, que é voltado para o raciocínio lógico, a matemática e ciências naturais. “É um projeto que coloca o aluno no centro do processo. Ele vai desenvolver seus projetos, vivenciar conceitos de artes. O inglês entra a partir desses projetos”, afirma Oliveira. A coleção, para crianças a partir dos 6 anos, permite que cada um siga o seu próprio caminho, de acordo com interesses e realidade própria.

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aprendizagem baseada em projetos, autonomia, educação bilíngue, ensino fundamental, ensino médio, personalização

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