‘Professor deve ajudar aluno a ser autodidata’
por Redação 28 de janeiro de 2013
O visionário Marc Prensky, especialista em educação e tecnologia, é conhecido, principalmente, pela criação dos termos “nativos digitais” e “imigrantes digitais”. Autor de livros premiados como o Não me atrapalhe, mãe! Estou aprendendo e Aprendizagem baseada em jogos digitais, Prensky deve lançar no fim do ano sua sexta obra, que vai abordar a reformulação dos currículos ao propor mais ênfase à abordagem de habilidades voltadas ao estímulo do senso crítico.
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Presnky falou de algumas questões presentes em sua obra:
Como o avanço da tecnologia agrava as dificuldades da educação hoje no mundo?
Prensky – A educação formal que oferecemos não é muito boa, independentemente do lugar ou da rede de ensino. Isso porque vivemos num momento onde o tempo é cada vez mais acelerado, cheio de incertezas, complexidades. A educação que nós oferecemos às nossas crianças ainda é a mesma que era oferecida no século passado.
Como adaptar a escola ao novo contexto tecnológico?
Prensky – A forma como os professores ensinam é a mesma. Eles ficam em pé na frente dos alunos e apenas falam, enquanto os estudantes apenas escutam, quando escutam, e fazem anotações. São métodos velhos. O melhor método é único, é o da parceria. E há várias formas de se alcançar bons resultados quando professores e alunos trabalham como parceiros. Estudantes podem fazer suas atividades e o professor deveria estar presente como um guia, uma espécie de técnico esportivo. Essa mudança conceitual é uma forma pedagógica que está mais relacionada a esse novo contexto.