Brasileiros em Harvard ajudam alunos da rede pública
Programa Brasilitas irá oferecer mentoria online para jovens com projetos sociais de impacto
por Marina Lopes 2 de junho de 2015
Qual é a importância de um mentor? Seja pelos conselhos ou pela criação de oportunidades, para um grupo de universitários brasileiros que estudam em Harvard, nos Estados Unidos, essa figura foi essencial no seu desenvolvimento acadêmico e pessoal. Com o intuito de compartilhar as experiências que tiveram com outros jovens, eles querem oferecer mentoria para alunos de escolas públicas com potencial e boas ideias para desenvolverem projetos sociais de alto impacto no Brasil.
Promovido pela HUBA (Harvard Undergraduate Brazilian Association), associação que reúne estudantes brasileiros em Harvard, o programa Brasilitas irá selecionar 15 jovens, entre ensino fundamental e médio, para um programa de mentoria online com duração de um ano. Além desse acompanhamento individual, os alunos terão a oportunidade de participarem de oficinas voltadas para o desenvolvimento de seus projetos de vida.
“O que a gente vai fazer é ajudar com a nossa experiência para que esses alunos possam chegar onde eles querem”, afirma Larissa Maranhão, 21, ex-presidente da HUBA e aluna do terceiro ano em Harvard. Para a universitária, essa iniciativa foi uma das formas que ela e outros colegas encontraram para desenvolverem ações de impacto no seu país. “É nossa obrigação devolver as oportunidades que tivemos de uma maneira significativa”, conta.
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Segundo Eduardo Cesar, 19, copresidente da HUBA e aluno do segundo ano em Harvard, o programa terá flexibilidade para que os mentores e alunos montem um plano de metas e trabalhem da forma que for mais adequada para cada um. A ideia é aproveitar as oportunidades que eles encontram em Harvard para fazer com que esses alunos tenham acesso a uma rede de contatos e possam se conectar com possíveis parceiros ou investidores.
O processo seletivo será comporto por três redações, relacionadas ao projeto do aluno e sua trajetória, e um vídeo de até três minutos, onde o candidato fala sobre seu interesse em ser acompanhado por um mentor e como pretende tirar proveito do programa. “Queremos gente que tenha brilho no olho e paixão por aquilo que faz”, explica Eduardo.
De acordo com Larissa Maranhão, a escolha do participante não está relacionada ao fato desse aluno ser o melhor da sala ou de ter o desejo de estudar fora. “Vamos escolher alunos brilhantes e essa definição não tem relação com nota. É gente que fez muito com o pouco que foi dado.”
As inscrições podem ser feitas por um formulário online até o dia 1 de agosto. O resultado deve ser divulgado em setembro.