6 documentários premiados trazem a rotina dos estudantes durante a pandemia - PORVIR
Crédito: Divulgação/DesConectados (B&T Audiovisual)

Inovações em Educação

6 documentários premiados trazem a rotina dos estudantes durante a pandemia

Além dos filmes, página Conexão Juventudes, do Instituto Unibanco, reúne conteúdos educacionais

por Mariana Rossi ilustração relógio 27 de outubro de 2022

Relações étnico-raciais, saúde mental, educação antirracista, quilombola e indígena, evasão escolar, ensino híbrido e remoto. Todas essas questões, atuais e urgentes na educação e na sociedade brasileira, são retratadas nos seis documentários vencedores do edital Conexão Juventudes, disponibilizados gratuitamente pela página Conexão Juventudes, do Instituto Unibanco.

Realizado em 2020, o edital, promovido pelo Instituto Unibanco em parceria com o Instituto de Políticas Relacionais e a Bravi (Brasil Audiovisual Independente), selecionou seis produtoras locais, que retrataram a rotina de estudantes do ensino público, em diferentes estados brasileiros, durante o período em que as escolas ficaram fechadas devido às restrições impostas pelo Covid-19. “Além de mostrar a realidade brasileira, respeitando a diversidade e todas as peculiaridades regionais, optamos por conteúdos que ofereçam um suporte que facilite a rotina docente”, diz Tiago Borba, gerente de gestão estratégica do Instituto Unibanco.

Além dos documentários, a página também disponibiliza uma série de materiais de apoio para os educadores: artigos, notícias, dissertações e entrevistas que podem ser levadas para sala de aula. Para acessar o conteúdo, basta preencher um cadastro e clicar em “Quero receber”. Os links de acesso aos filmes e aos materiais são compartilhados via e-mail.

Conheça os documentários vencedores:

“Adolescer” – Gustavo Moraes/55 CINE (ES)

Na periferia da Grande Vitória, em uma das regiões mais violentas do Espírito Santo, jovens enfrentam os dilemas e desafios de entrar na vida adulta, apoiados por familiares, amigos e, principalmente, pela educação. Até então desacreditada pela comunidade, a escola local transforma a realidade dos jovens e abre possibilidades para um futuro melhor.

“Contraturno” – Larissa Fernandes e Deivid Mendonça/Panaceia Filmes (GO)

Muitos jovens precisam trabalhar para ajudar no sustento da família, mas conciliar a rotina da adolescência, os estudos e o trabalho é um grande desafio. “Contraturno” acompanha a vida e as dificuldades de Vitor e Renata, dois adolescentes que estudam e trabalham na cidade de Urutai, interior de Goiás. O filme aborda alguns dos motivos de abandono e evasão escolar, evidenciando como os marcadores raciais atravessam tudo isso.

“DesConectados” – Márcio Bigly/ B&T Audiovisual (PI)

Quando a pandemia de Covid-19 e o distanciamento social obrigaram escolas, professores e alunos a se adaptarem ao ensino remoto, os desafios foram ainda maiores para cidades com menos infraestrutura. “DesConectados” acompanha educadores e estudantes do ensino médio da única escola pública estadual de Tanque do Piauí, no interior piauiense, onde o acesso à internet não é a realidade de todos. O documentário foca na luta pelo direito à educação e acesso digital, revelando a força transformadora das juventudes.

“Onde aprendo a falar com o vento” – André Anastácio e Victor Dias/Apiário Estúdio Criativo (MG)

“Quem não sabe de onde vem, não sabe pra onde ir”. O documentário “Onde aprendo a falar com o vento” conta a história de jovens de Oliveira, em Minas Gerais, que aprendem sobre a sua história e a história de seus antepassados, vivenciando tradições afro-diaspóricas, que nem sempre são abordadas na escola. O filme retrata como o festejo do Reinado e de outras tradições são espaços de cura e educação.

“Antes do Livro Didático, o Cocar” – Rodrigo Sena/ BOBOX Produções / ABOCA Audiovisual (RN)

A educação indígena enfrenta desafios muito próprios, da falta de reconhecimento à falta de estrutura. Com a pandemia, as dificuldades se afloraram, mas o desejo de aprender dos alunos das duas únicas escolas direcionadas aos povos originários no estado do Rio Grande do Norte manteve a esperança de toda a comunidade escolar. 

“Terremoto” – Filmes de Plástico/Gabriel Martins (MG)

Em 2010, o Haiti sofreu com um terremoto de grande magnitude que deixou mais de 300 mil mortos. Imagine perder tudo, casa, trabalho, escola, amigos e familiares em 10 ou 15 minutos. Foi isso o que Nicolson e Niky Augustin, dois jovens haitianos, que viveram o terremoto que atingiu o Haiti em 2010. O documentário mostra como a família dos garotos, que se mudaram para a periferia de Contagem, em Minas Gerais, tiveram que se adaptar a uma nova realidade e educar seus filhos.


TAGS

educação antirracista, educação indígena, ensino híbrido, evasão

Cadastre-se para receber notificações
Tipo de notificação
guest

0 Comentários
Comentários dentro do conteúdo
Ver todos comentários
0
É a sua vez de comentar!x