Prêmio de R$ 25 mil reconhece iniciativas que incentivam a leitura
Projetos de bibliotecas e escolas públicas, entidades da sociedade civil e pessoas físicas podem ser inscritos até o dia 13 de março
por Redação 1 de março de 2016
Qual é o papel da leitura em sua vida? Você desenvolve algum projeto que incentiva o gosto de crianças e jovens pelos livros? Se sim, deve conhecer o Prêmio VIVALEITURA. Com o objetivo de estimular, fomentar e reconhecer experiências que promovam as boas práticas de leitura, a oitava edição da premiação está com inscrições abertas até o dia 13 de março.
A iniciativa, criada em 2006, é resultado de uma parceria entre o Ministério da Cultura (MinC) e da Educação (MEC) e busca reconhecer projetos de todo o país. Os candidatos podem concorrer em quatro categorias: Biblioteca Viva, Escola Promotora de Leitura, Territórios da Leitura e Cidadão Promotor de Leitura. A diferença de uma para outra é o órgão que propõe a atividade.
Por exemplo, na categoria Biblioteca Viva, bibliotecas públicas e comunitárias podem inscrever ações como circulação de acervos, captação de novos usuários, realização de rodas e clubes de leitura, cineclubes, mediação de leitura, mobilização da sociedade, entre outras iniciativas desenvolvidas nas dependências da biblioteca. Já em “Escola Promotora de Leitura” são as escolas públicas que devem inscrever os projetos desenvolvidos para estimular o gosto dos alunos pelos livros. Gincanas, clubes e rodas de leitura, ações sociais de promoção da leitura voltadas para a comunidade escolar e seu entorno serão consideradas. As iniciativas mais criativas e que façam uso de diferentes suportes e meios têm mais chances de ganhar.
Profissionais ou voluntários vinculados a ONGs, a instituições de ensino superior, instituições sociais e empresas públicas e privadas podem se inscrever na categoria “Territórios da leitura”. São permitidos projetos desenvolvidos por entidades da sociedade civil em espaços alternativos, como estações, pontos de ônibus, aeroportos, hospitais, presídios, entre outros. Por fim, a categoria 4, “Cidadão Promotor de leitura (pessoa física)”, é aberta a qualquer pessoa que desenvolva um projeto que ressalte a importância da leitura. Para competir nessa modalidade, o interessado deve realizar uma ação independente, sem ter um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Além disso, se a ação for desenvolvida em uma biblioteca ou escola pública, deve concorrer na categoria específica desses locais (categoria 1 e 2, respectivamente). Caso a pessoa inscreva o projeto na categoria específica e também na categoria quatro, será automaticamente desclassificada.
Inscrição
Para que um projeto seja inscrito, ele deve ter sido realizado e concluído entre janeiro de 2014 a dezembro de 2015. Propostas iniciadas antes de 2014 também podem ser inscritas, desde que estejam em andamento no ato da inscrição. As experiências permanentes devem comprovar resultados.
Para realizar a inscrição, o responsável ou representante do projeto deve preencher a ficha de inscrição, disponível aqui, além de elaborar um relato breve (de, no máximo, seis páginas), contendo os itens: justificativa (por quais razões o projeto é realizado), objetivos (o que o projeto pretendia atingir), metodologia (como o trabalho foi/é realizado) e a avaliação (resultados alcançados).
Premiação
Ao final da seleção, o melhor projeto de cada categoria será selecionado e receberá um prêmio em dinheiro no valor de R$ 25 mil. Os vinte finalistas irão receber um diploma e um troféu pela participação. Ainda, a comissão de seleção poderá conceder “Menção Honrosa José Mindlin” a participantes de qualquer categoria, elegendo os trabalhos que mais se destacaram nos quesitos impacto e abrangência.
Vale ressaltar que o prêmio será pago somente àquele que inscreveu o projeto. A organização do Prêmio VIVALEITURA diz ainda não se responsabilizar pela divisão do prêmio entre os demais integrantes, caso o projeto seja realizado por um grupo.
Em 2014
A edição de 2014 do Prêmio VIVALEITURA contou com 998 projetos inscritos, vindos de todas as regiões brasileiras. Foram selecionados 20 finalistas, cinco de cada categoria.
Na categoria das bibliotecas públicas, privadas e comunitárias, um dos projetos selecionados foi o “Sarau do Terror: contos de morte e de medo na biblioteca do cemitério”. A proposta baseava-se na leitura de histórias de terror na Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura, instalada no terreno de um cemitério em Parelheiros (SP).
Já a Escola Estadual Luiz Salgado Lima Leopoldina, de Minas Gerais, foi selecionada pelo projeto que estimula a leitura de textos e documentos históricos pelo celular, como uma forma de incorporar didaticamente essa ferramenta tão utilizada pelos alunos.
O projeto “Rodas de leitura no ponto de cultura Tambor de Crioula”, de São Luís (MA), recebeu menção honrosa José Mindlin. Com a leitura de mitos da cultura afro-brasileira, como mitologia africana, indígena e cultura popular, a ideia é fortalecer a cultura da infância por meio da leitura.