Protagonismo de estudantes é reconhecido no Desafio Criativos da Escola
Iniciativas transformadoras realizadas por crianças e adolescentes de todo país são valorizadas na premiação. Conheça os vencedores da 7ª edição
por Beatriz Cavallin 10 de dezembro de 2021
Mapeamento de ações de acolhimento à população LGBTQIA+, debates sobre tolerância religiosa, iniciativas nas redes sociais sobre a influência das mulheres na ciência. Estes são alguns exemplos dos 50 projetos premiados na 7ª edição do Desafio Criativos na Escola, divulgados nesta sexta-feira (10) durante o evento Be The Change 2021: Bora Sonhar Juntos. Desde 2015, o projeto incentiva e reconhece mudanças feitas por estudantes do ensino fundamental e médio em seus bairros, escolas e comunidades. As equipes vencedoras receberão R$ 2 mil para investir em suas propostas, além de ser nomeadas como Embaixadoras do Criativos da Escola.
“Nesse ano, que exigiu da gente muita paciência para conseguir continuar estudando e se concentrar em nossos projetos, só o fato de pensar em ações diferentes e colocá-las em prática junto a outras pessoas já é uma super vitória”, afirma Gabriel Maia, coordenador do programa Criativos da Escola, no evento que marca também a entrega do prêmio.
Passo a passo da premiação
O desafio de 2021, que contou com 315 projetos inscritos, foi dividido em duas fases independentes. Na etapa “Chama”, entre os meses de maio e agosto, os grupos precisaram cumprir sete missões. A primeira delas, “Chama no grupo”, consistia na criação de uma imagem para representar a equipe. Com nome e logo criados, as equipes decidiram os temas, identificaram os problemas e definiram as práticas a serem aplicadas. Ao final do roteiro, desenvolveram um projeto para ser inscrito na próxima etapa, “Premiação”, na qual contaram com o apoio de um educador mentor. Grupos que não participaram da primeira fase também puderam inscrever seus projetos.
As equipes que realizaram todas as atividades na primeira etapa tiveram a oportunidade de participar de um bate-papo com o ator Lucas Penteado. Além disso, os grupos com mais curtidas no site do desafio ganharam um kit com jogos, livros e histórias em quadrinhos.
Conheça alguns dos vencedores:
Cartografia da violência contra pessoas trans – o alvo e o avesso
De Belo Horizonte (MG), o projeto “Cartografia da violência contra pessoas trans – o alvo e o avesso” foi idealizado por estudantes do Colégio Mangabeiras Parque. Sensibilizados com as violências sofridas pela população LGBTQIA+, especialmente das pessoas trans, os alunos decidiram investigar iniciativas de acolhimento e ações afirmativas. A partir disso, o grupo passou a visitar diversos estabelecimentos que pudessem servir de apoio e/ou emprego às pessoas desses grupos, criando um mapa no Padlet para divulgar essas oportunidades.
Intolerância? Aqui não
Com o objetivo de promover a liberdade e combater a intolerância religiosa dentro da escola, estudantes do Colégio Jesus Cristo Rei, em Cachoeiro de Itapemirim (ES), desenvolveram o projeto “Intolerância? Aqui não”, no qual têm realizado uma série de entrevistas com lideranças religiosas do município. Os programas estão disponíveis no Spotify, espalhando suas reflexões dentro e fora da escola.
Book Live:estimulando a interação e prática de leitura
O projeto “Book Live: estimulando a interação e prática de leitura”, idealizado por alunos do Colégio da Polícia Militar Cel.Hervano Macedo Júnior, em Juazeiro do Norte (CE), organiza lives no Instagram, nas quais convidam alunos e professores para comentarem sobre livros que leram recentemente e, com isso, despertar o interesse de outros colegas.
Sertanejas Cientistas – A Ciência do Alto Sertão
Alunas do Centro de Excelência Dom Juvêncio de Britto, em Canindé de São Francisco (SE), criaram o projeto “Sertanejas Cientistas – A Ciência do Alto Sertão”. Incomodadas com a baixa participação e representação feminina na ciência, as estudantes decidiram divulgar no Instagram e YouTube uma série de conteúdos, incluindo biografias de mulheres cientistas, além de transmitir lives que contam com a participação de convidadas da área.
Gincana Primavera X
Moradores de uma ilha da Amazônia, os integrantes do projeto “Gincana Primavera X” decidiram promover uma série de ações voltadas à preservação dos rios: dialogaram com os ribeirinhos sobre a importância da separação dos resíduos sólidos, realizaram um mutirão de limpeza dos rios e entraram em contato com o poder público em busca de soluções para o problema do acesso à água. A iniciativa foi feita por alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Dilcivane Viana Moia, em Cametá (PA).
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